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Foto: Wall paper do site Honda Japan

Foto: Wall paper do site Honda Japan

Responsáveis pelo aumento de acidentes, pelo caos e hostilidade nos centros urbanos, baderneiros com os -delicados- sons de escapes. Ou aquele que entrega documentos na hora, o almoço quentinho, ou que está a passeio e descobrindo novos lugares e amigos por puro prazer.

Quem acompanha o Motonline, assim como o contexto das motocicletas, provavelmente já está saturado ver, ouvir e viver as situações contrastantes que o status (se é que posso chamar assim) de “motociclista” carrega consigo.

Mas afinal, o que explica o coração acelerar ao ouvir um zunido longe, ou “quebrar o pescoço” para ver uma máquina passando, ou meter a mão na graxa para deixar a moto cada vez melhor, procurar novos roteiros, caçar passeios ou qualquer desculpa para seguir na estrada? Apenas um gosto? Ou vício mesmo?(!)

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Além de compartilhar com vocês generalizações injustas e essa dose de passionalidade, tenho a alegria de começar a colaborar no Motonline, para falar mais do que de motos, de motociclistas. É uma honra poder contribuir com o site, que acompanho há muitos anos, antes mesmo de adquirir uma moto. Sou motociclista “efetivamente” há três anos, mas admiradora de duas rodas desde sempre.

A chegada até aqui se deu entre prazeres e obrigações. Explico: como jornalista recém-formada, acabo de concluir um trabalho relacionado às motos e motociclistas. Para tal, contei com a ajuda de vários motociclistas, entre eles alguns motonliners. Precisei também mergulhar em dados sobre as motos, desde a história até a situação atual, através das informações da mídia especializada, além de números e mais números e matérias da imprensa em geral.

A idéia principal: mostrar que o motociclista não é um número! Ou seja, por trás de estatísticas negativas relacionadas às motos existem também pessoas que se preocupam, sim, com a segurança, que trabalham, que se divertem com o veículo sem prejudicar ninguém. Enfim, existe uma cultura que na maioria das vezes permanece oculta no noticiário cotidiano, que prima pela guerra do trânsito ou do comércio.

Neste trabalho, fui muito feliz em poder contar com motociclistas apaixonados pela sua condição (e condução!), o que me propiciou um aprendizado sem tamanho e me ajudou também a conseguir refletir essa face muitas vezes ignorada do motociclista. Sem contar a possibilidade de unir o útil ao agradável: a profissão com o gosto pessoal.

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Enfim, vagando por essas estradas (e contando histórias de pessoas que vivem muito bem com a moto, obrigado!), é que chego ao Motonline, com o desafio de colaborar, agregar e aprender também, considerando que essa é a premissa aqui.

É uma grande responsabilidade dar conta de um espaço assim, o que me deixa até meio sem saber como começar, mas a idéia de caminharmos juntos me anima e tranqüiliza. Afinal, é um privilégio estar entre quem busca e oferece informação, nutrindo essa paixão pelas motos que não se limita a números. Afinal, o motociclista NÃO é mais um.