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Depois de 23 provas representando a escuderia italiana, enfim Jorge Lorenzo debutou na Ducati. O piloto conquistou sua primeira vitória pela marca neste domingo, no circuito de Mugello, na 6ª etapa desta temporada da MotoGP. Mais uma vez, a Itália dominou a prova, com dobradinha da Ducati e dois pilotos italianos no pódio, com Andrea Dovizioso (04, Ducati Team) em segundo e Valentino Rossi (46, Movistar Yamaha MotoGP), que também fez a pole, em terceiro. No top 5, duas Suzuki e mais um italiano: Andrea Iannone (29, Suzuki Ecstar), na quarta colocação, e Alex Rins (42, Suzuki Ecstar), com o quinto posto.

Italianos na Itália. Dobradinha da Ducati e dois conterrâneos no pódio. A vitória pode até não salvar o futuro de Lorenzo na equipe, mas dá um tapa nos haters e mostra a maturidade e talento de um pentacampeão Mundial

Italianos na Itália. Dobradinha da Ducati e dois conterrâneos no pódio. A vitória pode até não salvar o futuro de Lorenzo na equipe, mas dá um tapa nos haters e mostra a maturidade e talento de um pentacampeão Mundial

Lorenzo is back! Piloto crava bandeira 'terra de Lorenzo' e comemora com torcida da Ducati após vitória

Lorenzo is back! Piloto crava bandeira ‘terra de Lorenzo’ e comemora com torcida da Ducati após vitória

Lorenzo largou muito bem, como já vinha fazendo nas últimas corridas, mas desta vez conseguiu manter o alto rendimento ao longo de todas as 23 voltas, contornando o desgaste dos pneus macios e vencendo sem ameaças de concorrentes. O resultado chega em um momento especial da carreira do piloto. Cinco vezes campeão mundial (sendo três pela MotoGP), JL99 viveu maus bocados na Ducati, sem corresponder as expectativas da equipe, fãs e até mesmo às próprias, sendo que em 2017 somou apenas 137 pontos (e obteve o 7º lugar) na temporada – resultado que muito ameaça a renovação do piloto na equipe. Com esta vitória indiscutível, Lorenzo mostrou a maturidade, técnica e talento dignos de um multicampeão mundial.

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Um dia é da caça, outro do caçador. Desta vez a 'salvada' de Márquez não funcionou e ele não conseguir se reerguer com o joelho e cotovelo. Como resultado, deixou o segundo lugar e foi para o final da fila

Um dia é da caça, outro do caçador. Desta vez a ‘salvada’ de Márquez não funcionou e ele não conseguir se reerguer com o joelho e cotovelo. Como resultado, deixou o segundo lugar e foi para o final da fila

Mugello é um dos circuitos mais tradicionais do Mundial de Motovelocidade

Mugello é um dos circuitos mais tradicionais do Mundial de Motovelocidade

Em pista, JL99 largou muito bem (e da segunda posição) e tomou a ponta logo na primeira curva da primeira volta, e de lá não saiu. A partir da segunda volta não foi ameaçado em momento algum por outros pilotos . Quem chegou mais perto de alcançar o espanhol foi o atual campeão Marc Márquez (93, Repsol Honda Team), que caiu sozinho na curva 10 da 4ª volta (mesmo tentando mais um de seus ‘saves’) e teve de voltar na 18ª – e última – colocação. Sem MM93 em pista, Dovizioso teve mais liberdade para subir posições e tomar o segundo lugar, mas sem conseguir alcançar o colega de equipe. Assim, ambos se isolaram dos demais. Pouco a pouco, Lorenzo abria uma vantagem de mais de seis segundos sobre Dovi, que por sua vez criava uma diferença de 2 segundos para o pelotão que disputava o terceiro lugar. Na frente, estava morno.

Com holofotes voltados à Ducati e Yamaha, com Lorenzo, Dovi e Rossi, outra marca também se destacou. A Suzuki colocou seus dois pilotos e fez dois pódios até aqui. A escuderia azul volta ao jogo!

Com holofotes voltados à Ducati e Yamaha, com Lorenzo, Dovi e Rossi, outra marca também se destacou. A Suzuki colocou seus dois pilotos e fez dois pódios até aqui. A escuderia azul volta ao jogo!

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Enquanto os ponteiros abriam distância, um grupo aquecia a corrida e garantia interessantes disputas por posições – e pelo terceiro lugar, claro… e é neste pelotão que está mais um destaque desta prova: Valentino Rossi – maior vencedor da história de Mugello, com 9 vitórias. O italiano conquistou a pole, largou bem mas perdeu rendimento gradativamente ao longo da prova, cedendo ultrapassagens para Lorenzo, Dovi, Márquez e outros. Então, no pelotão (formado também por Danilo Petrucci, Andrea Iannone, Alex Rins e Cal Crutchlow), onde vários pilotos se revezaram na ponta, ele usou de sua experiência para disputar e defender posições, até que retomou a liderança nas voltas finais. Assim, garantiu seu 229º pódio da carreira.

Márquez cai, mas lidera a MotoGP

Você sabe qual é a sensação de subir ao pódio do Mundial de Motovelocidade (nada menos do que) 229 VEZES? Rossi, sim. Italiano assume a vice-liderança da MotoGP

Você sabe qual é a sensação de subir ao pódio do Mundial de Motovelocidade (nada menos do que) 229 VEZES? Rossi, sim. Italiano assume a vice-liderança da MotoGP

A vitória de Lorenzo, a ‘salvada’ mal sucedida de Márquez, o terceiro lugar de Valentino e o desempenho tímido de Maverick Viñales (25, Movistar Yamaha MotoGP) – que terminou a prova em oitavo, causaram nova dança das cadeiras no campeonato. MM93 segue líder, mas sua vantagem caiu para 23 pontos. Rossi é o novo vice-líder, com 72 pontos, seguido por Viñales, que possui 67. Dovi, com 66, e Johann Zarco (5, Yamaha Monster Tech3), com 64, fecham o top 5. Apesar da vitória, Lorenzo está em 10º na classificação, com 41 pontos.

Moto2: Miguel Oliveira mostra As Armas

O português Miguel Oliveira (#44 Red Bull KTM Ajo) finalmente conseguiu sua primeira vitória na Moto2 numa corrida muito disputada e indefinida até a última volta. Oliveira agora lidera a categoria com 13 pontos atrás de Francesco Bagnaia (#42 SKY Racing Team VR46), que terminou a prova na quarta posição. O grupo que brigou todo o tempo pela liderança tinha Lorenzo Baldassarri (#7 Pons HP40) que foi o segundo, seguido por Joan Mir (#36 EG 0,0 Marc VDS) que chegou ao seu segundo pódio consecutivo com na terceira posição. O “irmão” Alex Márquez (#73 EG 0,0 Marc VDS) fechou o Top 5 da categoria. O Pole position Matia Pasini (#54 Italtrans Racing Team) liderou boa parte da corrida, mas não teve vida fácil porque Miguel Oliveira não deu folga ao italiano. Talvez esta pressão constante o fez cometer o erro que o tirou da corrida.

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Eric Granado teve desempenho excelente, se considerarmos as dores no ombro ainda em decorrência da queda no GP de Le Mans. Mas o piloto brasileiro mostrou evolução ao largar na 30ª posição e finalizar a prova em 19º. Eric segue nesta semana com testes em Mugello e terá boa oportunidade para evoluir um pouco mais com sua moto. “Foi uma corrida muito dura fisicamente, tive dores no ombro durante todo o final de semana, vindas dos acidentes em Le Mans. “Consegui um bom ritmo no começo, mas no final a dor aumentou e eu não conseguia pilotar bem e meu único pensamento terminar a prova”, falou Eric após a prova.

Granado: dores e superação

Granado: dores e superação

Moto3: eletrizante de ponta a ponta

Se houvesse a possibilidade de declarar vitoriosos mais de um piloto num corrida de moto, os três pilotos que terminaram no pódio da Moto2 em Mugello, Jorge Martin (#88 Del Conca Gresini Moto3 Honda), Marco Bezzecchi (#12 Redox Prüstel GP KTM) e Fabio Di Giannantonio (#21 Del Conca Gresini Moto3 Honda) mereceriam a vitória. Como sempre a corrida foi eletrizante, mas desta vez os três se destacaram na ponta e foram trocando de posição ao longo da prova para a definição apenas na linha de chegada, praticamente sendo necessário o “photo finish” para ver quem cruzou na frente. Martin foi o primeiro, Bezzecchi o segundo e Giannantonio o terceiro. Completaram o top 5 Gabriel Rodrigo (#13 RBA BOE Skull Rider KTM) e Andre Migno (#16 Angel Nieto Team Moto3 KTM).

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Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza