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O Campeão do Mundo de MotoGP™ Marc Márquez parece ter finalmente voltado à boa forma e depois de ter dominado todas as sessões de treinos e qualificação, venceu o Grande Prêmio da Alemanha sem qualquer problema para conquistar a segunda vitória do ano e a sexta no traçado de Sachsenring, reforçando o seu domínio no circuito germânico. Durante praticamente toda a corrida o que se viu foram duas corridas acontecendo simultaneamente, uma com Márquez, Pedrosa, Rossi e Lorenzo e outra, mais atrás, com o restante dos pilotos que competem na temporada, uma inquestionável demonstração de superioridade da Repsol Honda e Movistar Yamaha sobre as demais escuderias.

Márquez volta à sua boa forma e faz as pazes com a vitória na Alemanha

Márquez volta à sua boa forma e faz as pazes com a vitória na Alemanha

Vindo da pole position, o espanhol da Repsol Honda foi surpreendido por um fortíssimo Jorge Lorenzo. O compatriota da Movistar Yamaha MotoGP fez uma largada brilhante para assumir a liderança logo no início da corrida, levando mesmo a crer, por momentos, que poderíamos estar perante mais uma das suas tradicionais fugas rumo à vitória.

Contudo, após cinco voltas Lorenzo foi superado por Márquez, que não largou mais a liderança até à bandeira quadriculada, a primeira do ano desde Austin e o segundo pódio consecutivo. Um resultado muito positivo para o Campeão do Mundo que, depois das desistências em Mugello e Barcelona, está agora a apenas quatro pontos do terceiro lugar da geral.

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Com o vencedor conhecido ainda na primeira metade da corrida, as atenções voltaram-se para as restantes posições do pódio. Lorenzo ainda se manteve no segundo posto por três voltas e depois em terceiro por outras tantas, mas sucumbiu ao final de 11 voltas, altura em que se viu relegado para o quarto posto posição em que terminaria a corrida. Um desfecho bem aquém do que o espanhol esperava depois de cinco pódios consecutivos e de ter chegado a ocupar a liderança provisória do Campeonato quando, nos momentos iniciais da prova, o colega de equipe Valentino Rossi estava em quarto.

Marc Márquez: “Talvez eu tenha me sentido um pouco melhor com o pneu macio, mas no Warm Up vi que estava confortável com o pneu duro, o que queria usar na corrida porque queria ter pneu para as últimas voltas. Senti-me bem desde o início e quando consegui alguma vantagem comecei a gerir. Estou contente porque estive sempre em primeiro este fim‑de‑semana e há muito tempo que isso não acontecia. É bom entrar em férias com um resultado destes e quero continuar a melhorar”.

Desde a oitava volta, era o líder da temporada, Rossi, quem corria atrás de Márquez na tentativa de vencer pela quarta vez na temporada. Mas a verdade é que a Honda mostrou-se muito forte e não só o Campeão do Mundo se revelou inalcançável, como o colega de equipe Dani Pedrosa mostrava estar em condições para superar Rossi, que tinha largado do sexto posto. Ainda assim, o italiano manteve-se com 100% de pódios este ano e garantiu o décimo consecutivo, o que demonstra bem a sua forma física, apesar de estar passando dos 36 anos de idade. Pedrosa, ao contrário do que aconteceu em Assen, fez uma prova muito positiva, protagonizando interessante duelo com Rossi e acabando por garantir o segundo pódio da temporada para dar à Repsol Honda a primeira dobradinha da temporada.

Rossi: 100% de pódios e liderança do campeonato

Rossi: 100% de pódios e liderança do campeonato

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Valentino Rossi: “Penso que o Dani tinha algo na manga o final. Eu estava no limite, acelerei forte e mantive um ritmo constante, mas o Dani conseguiu fazer duas voltas muito rápidas. Creio que para hoje foi o máximo. Queria lutar com ele, mas ele estava demasiado rápido. Sabemos que sofremos nesta pista em comparação com a Honda, mas mais um pódio e ganhar três pontos ao Jorge é muito bom. Agora esperamos uma pista que seja mais favorável à M1”.

Enquanto isso, atrás dos quatro primeiros dominados pela Honda e Yamaha, Andrea Iannone concluía as 30 voltas num solitário quinto posto. O piloto da Ducati Team arrancou para a prova da quarta posição, mas desde logo se viu superado pelos homens da Repsol Honda e Movistar Yamaha para cruzar a linha de chegada a mais de 20 segundos dos pelotão da frente. Uma diferença muito significativa que a marca de Borgo Panigalle tentará reduzir com trabalho de casa na fábrica durante a parada das férias do verão Europeu que começa agora.

A pouco mais de três segundos, em sexto, terminou Bradley Smith. O britânico da Monster Yamaha Tech3 voltou a ser o melhor piloto satélite superando uma vez mais a Cal Cruchlow em duelo direto. O compatriota da CWM LCR Honda foi sétimos, a mais de 6,6s de distância.

O colega de equipe de Smith, Pol Espargaró, também esboçou vontade de lutar pela vitória entre os pilotos privados, mas acabou terminando em oitavo, com Danilo Petrucci (Octo Pramac Racing) a ser o segundo melhor entre as Ducati e Aleix Espargaró garantindo o quinto Top 10 do ano e a levar o Team Suzuki Ecstar aos dez primeiros pela 11ª vez neste ano de retorno da marca à categoria rainha.

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Em termos de Campeonato do Mundo, Valentino Rossi não só mantém a liderança como acabou por ver a vantagem sobre o colega de equipe Jorge Lorenzo dilatada para 13 pontos. O italiano soma 179 pontos contra os 166 do espanhol, enquanto Iannone segue na terceira posição (118), mas agora com Márquez na cola (114). Quem perdeu terreno foi Dovizioso que voltou a desistir, desta vez por queda.

Situação do campeonato após 9 etapas:

MotoGP_campeonato_12_07

O Circuito de Sachsenring:

MotoGP_Sachsenring_12_07

Os arredores da cidade germânica de Chemnitz foram palco de corridas de carros e motos em estradas públicas desde a década de 20 e ainda eram disputadas em 1990. Contudo, foi decidido que um circuito de 8 km numa zona tão densamente povoada já não era seguro e em 1996 construiu-se um traçado 8 km a Oeste de Chemnitz. Apesar de ser mais usado como centro de treino de pilotos e para cursos de condução defensiva para empresas de transportes, Sachsenring recebeu o MotoGP pela primeira vez em 1998 e desde então foram várias as melhorias implementadas no circuito, incluindo a radical alteração de 2001. As muitas curvas apertadas fazem da pista uma das mais lentas do calendário, mas o que nunca lhe falta é muita ação.

A MotoGP™ dá uma parada para as férias do verão europeu e retorna no dia 9 de agosto para o Grande Prêmio de Indianápolis, nos Estados Unidos.

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