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Foto: Cairoli - Campeão Mundial MX1 2010 - Bitenca

Foto: Cairoli - Campeão Mundial MX1 2010 - Bitenca

As vinte uma mil e quinhentas pessoas que estiveram presentes no motódromo de Campo Grande, MS, para acompanhar a antepenúltima etapa do Campeonato Mundial de Motocross neste fim de semana (21 e 22 de agosto) finalmente puderam ver de perto no Brasil um dos maiores fenômenos do esporte na atualidade: o italiano Antonio Cairoli. O piloto foi o grande vencedor na categoria MX1 e conquistou seu quarto título mundial no país.

Para sair do Brasil com o campeonato, Cairoli contou com uma falha elétrica na moto de seu maior rival, o belga Clement Desalle. Ele havia vencido a primeira bateria e estava liderando a segunda até três voltas para o final, quando teve que abandonar a prova.

Melhor para o italiano que aproveitou a falha do rival e conquistou a vitória na bateria, na etapa e venceu o título com antecedência. “Ano passado vim pra cá me recuperando de uma contusão no joelho e não estava no auge das minhas condições. Este ano, pude mostrar aos brasileiros o verdadeiro Cairoli”, comentou o piloto italiano.

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Em segundo lugar ficou o seu compatriota David Philippaerts que também teve um fim de semana sensacional. Ele venceu a primeira bateria de ponta a ponta e, na etapa final, conquistou a segundo posição somando 47 pontos, o mesmo número de Cairoli. O alemão Maximilian Nagl completou o pódio. Steve Ramon foi quarto colocado e o português Rui Gonçalves terminou na quinta colocação.

Foto: DNF - Tristeza de quem não terminou a prova - Bitenca

Foto: DNF - Tristeza de quem não terminou a prova - Bitenca

Entre os brasileiros, o melhor foi Jorge Balbi, da equipe 2B Duracell Racing, que terminou na 11ª colocação e repetiu o feito do ano passado, quando já havia sido o melhor no país. Apesar disso, o mineiro acredita que poderia ter feito ainda melhor.

“Ano passado eu realmente competi com os gringos e, este ano, não consegui fazer isso. Estou voltando de contusão e não consegui manter um ritmo forte de prova mas, mesmo assim, fui o melhor brasileiro. Agora tenho um mês para me preparar para o Mundial das Nações e acredito que lá terei um desempenho ainda melhor”, declarou o piloto.

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MX2

Já na MX2, o título continua em aberto. O alemão Ken Roczen teve um domingo perfeito, venceu as duas baterias e diminuiu em seis pontos a diferença para o francês Marvin Musquin, segundo colocado na etapa do Brasil.

Na primeira bateria, Roczen liderou treze das dezessete voltas, mas teve muito trabalho para conseguir a vitória. O alemão se mostrou muito rápido durante o dia, assumiu a liderança da prova mas, na oitava volta, errou e viu Marvin Musquin, seu principal rival, ultrapassá-lo.

Mas Roczen mostrou que realmente queria deixar a luta pelo título viva e, na décima volta, recuperou a ponta e a manteve até a bandeira quadriculada. Na segunda bateria, o alemão assumiu a liderança quando faltavam seis voltas para o final e conquistou sua segunda vitória no dia.

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O melhor brasileiro na bateria foi Pipo Castro, da equipe 2B Duracell Racing, que terminou na 13ª colocação. Muito constante, o catarinense terminou as provas em 13º e 14º lugares, no geral. Após a corrida, ele fez um desabafo.

“Foi uma prova muito boa e eu mostrei, com esse resultado, que estou apto a representar o Brasil no Motocross das Nações. Ainda tenho um mês para me preparar para a prova e espero chegar lá ainda melhor para representar o meu país da melhor forma possível”.

Troféu Honda

Na última bateria do dia, o Troféu Honda, o vencedor foi Endrews Armstrong, seguido de Anderson Amaral e Leonardo Lizott. Anderson liderou boa parte da prova, mas um erro fez com que o paulista fosse ultrapassado por Endrews, que vinha na segunda colocação.

Após o erro do seu principal rival, o piloto paranaense administrou a prova e conseguiu uma vitória tranqüila. Anderson ainda conseguiu se recuperar da queda e terminou na segunda posição. Leonardo Lizott foi o terceiro.

“Consegui fazer uma boa largada. No final, o Anderson Amaral se aproximou, mas com a queda dele, deu para abrir uma boa distância. Foi sensacional correr na pista do Mundial. É uma experiência que eu espero repetir mais vezes e quem sabe no ano que vem nas categorias principais”, disse Endrews.

Pela primeira vez em Campo Grande, MS, a etapa foi considerada um verdadeiro sucesso pela organização do evento. A pista foi considerada por todos os pilotos como uma das melhores do mundial e a estrutura também foi muito elogiada por todos os presentes.

“A cada ano que passa, o Brasil se firma mais e mais como uma etapa importante do Mundial de Motocross. Pelo segundo ano consecutivo, recebemos muitos elogios dos competidores e de todos os presentes e acreditamos muito que voltaremos a receber uma etapa no ano que vem”, afirmou Federico Carli, diretor executivo da Bracco Internacional.

O GP Brasil de Motocross 2010 tem o patrocínio do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, Honda, Enersul, Banco Rural, Mormaii, Red Bull, Teka Group, Sidi, KTM, Rebootizer, Cablelettra e Came do Brasil. Realização Bracco Internacional e YouthStream. Supervisão CBM, Federação de Motociclismo do Mato Grosso do Sul e Federação Internacional de Motociclismo.