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Foto: Muita  gua pela frente

Foto: Muita gua pela frente

Parece que os c‚us estÆo castigando o Sudeste com chuvas torrenciais: ‚ hora de saber o que fazer. Nada ‚ mais bem-vindo na hora da chuva do que uma capa de chuva. Mas como um motociclista pode encontrar desde uma garoa fina at‚ uma tempestade diluviana ‚ melhor estar preparado para tudo.

Motociclista prevenido sempre anda com um abrigo de chuva por perto, principalmente. Para aqueles que vÆo enfrentar estrada, pode-se preparar antes mesmo da chuva cair, come‡ando pela forma de armazenar suas bagagens na mochila.

Com a bagagem deve-se separar diversos montes de roupas e coloc -las em v rios sacos pl sticos. Depois ponha tudo dentro de um saco pl stico maior. Desta forma, se houver um vazamento, ‚ pouco prov vel que molhe todas as roupas. O mesmo vale para equipamento fotogr fico, documentos, dinheiro, tudo deve estar protegido.

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As extremidades do corpo sÆo as que mais sofrem. NÆo tem nada pior do que estar com as botas completamente encharcadas e ficar todo mundo olhando aquele ser vestido de macacÆo e fazendo chap. chap quando anda. As velhas galochas de borracha sÆo totalmente … prova d gua.

Foto: Na terra, com todo cuidado

Foto: Na terra, com todo cuidado

Outro macete ‚ utilizar as luvas de borracha que as donas-de-casa (ou maridos bonzinhos) usam para lavar lou‡as por cima das luvas de couro. Estas luvas de borracha tˆm a vantagem de ter um punho mais longo e podem ser colocadas por cima do casaco para evitar a infiltra‡Æo de  gua por dentro da manga.

Em viagens, com ou sem chuva, o capacete integral ‚ sempre mais aconselh vel, mas quando h  chuva, a viseira costuma emba‡ar por dentro e a n‚voa de  gua espirrada dos outros ve¡culos suja por fora. Para nÆo acumular  gua na parte externa da viseira basta polir com lustra-m¢veis Na parte interna pode-se usar os anti-emba‡antes existentes no mercado.

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Os primeiros minutos de chuva sÆo os mais perigosos, porque a  gua se mistura com a terra e ¢leo que estÆo no piso, formando uma pasta escorregadia. Depois de uma boa tempestade, o asfalto fica lavado e a aderˆncia melhora. Na cidade existem algumas armadilhas escondidas sob a  gua. Por exemplo: os c¢rregos que foram canalizados, e que depois de uma chuva forte transbordam, arrancando as tampas de bueiros e bocas de lobo. Sempre que o motociclista encontrar uma avenida coberta de  gua, mesmo que de baixa profundidade, conv‚m mudar de caminho, ou esperar a  gua escoar um pouco. para evitar uma surpresa desagrad vel de sentir o chÆo sumir sob a roda dianteira.

Um local que exige pilotagem cuidadosa ‚ o pavimento de paralelep¡pedo, porque acumula muita terra entre as pedras, que j  sÆo naturalmente escorregadias. O perigo aumenta nas subidas e descidas e quando nÆo for poss¡vel evitar uma daquelas pirambeiras ensaboadas existe a op‡Æo de recorrer … cal‡ada, ou sarjeta. se for de cimento, mas em velocidade bem reduzida e sinalizando com farol e buzina quando passar em frente aos portäes.

Andando no trƒnsito, o motociclista precisa ficar duplamente atento aos carros que vÆo … frente e os que vˆm de tr s. Lembre-se que os espa‡os de frenagem aumentam em dobro no piso est  molhado. Para os motociclistas urbanos uma dica extra: quando parar sob viadutos, esperando a chuva passar, fique em cima da cal‡ada e nunca na rua, porque na chuva a visibilidade diminui nÆo apenas para os motociclistas, mas para os motoristas tamb‚m.

Na estrada existe a vantagem (ou desvantagem) de se perceber a chuva com uma certa antecedˆncia. A informa‡Æo sobre os primeiros minutos de chuva tamb‚m vale na estrada, que ainda tem o agravante de ser mais oleosa por causa da grande quantidade de caminhäes e “nibus que trafegam.

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Na cidade um cuidado especial deve ser tomado com ruas de paralelep¡pedos, que sÆo muito escorregadias. Sempre guardando urna distƒncia segura do ve¡culo que vai … frente. Evidentemente os pneus devem estar em bom estado para quebrar a camada de  gua do piso.

De repente,o asfalto acaba e aquela estrada que o mapa indicava ser de terra, transformou-se num imenso lama‡al depois de trˆs dias de chuvas ininterruptas. Se a moto for trail, o motociclista est  tranqilo, mas se for street, o baiÆo vai ser dureza.

Para come‡ar, os p ra-lamas das motos street nÆo foram dimensionados para suportar uma quantidade muito grande de barro, portanto, a viagem ser  demorada porque o motociclista ter  que parar v rias vezes para retirar a lama com um peda‡o de pau. Ou entÆo, retirar pelo menos o p ra-lama dianteiro e enfrentar o barro bem devagar.

A pilotagem na lama exige a delicadeza de um neurocirurgiÆo e a calma de professor de cursinho. Deve-se evitar as frenagens e acelera‡äes bruscas, e para fazer curvas e recomend vel esticar a perna para o lado interno da curva para consertar poss¡veis derrapagens.

Normalmente, em caso de chuvas fortes nas estradas de terra, formam-se enormes po‡as d gua, que podem esconder as mais variadas surpresas, desde um piso mais escorregadio do que o da estrada, at‚ um enorme tronco de  rvore ou um buraco escondido pela  gua. Quando se deparar com uma po‡a onde nÆo seja poss¡vel visualizar o fundo, o mais seguro ‚ descer da moto, dobrar a barra da cal‡a e sondar o terreno com um galho de  rvore.

Quando a chuva parece j  estar aborrecendo o suficiente, a noite cai e o motociclista descobre que os aborrecimentos sÆo multiplicados. Para come‡ar, a visibilidade diminui mais ainda e a velocidade de cruzeiro deve ser menor. Para quem estiver com moto equipada com pisca-alerta, uma advertˆncia/amea‡a: por mais escuro que esteja, JAMAIS, NUNCA trafegue com o pisca-alerta ligado. Al‚m de ser ilegal, os motoristas que vˆm atr s podem achar que a moto est  parada e provocar uma mudan‡a de dire‡Æo desnecess ria e perigosa, j  que normalmente os ve¡culos parados em estradas devem estar no acostamento.

Agora, se a chuva e a escuridÆo estiverem incomodando, saiba que pode piorar: se o motociclista passar por uma regiÆo serrana e encontre neblina, para trazer um pouco mais de aborrecimento. Neste caso, o motociclista deve utilizar somente o farol baixo, porque o farol alto espalha o facho luminoso e provoca um v‚u branco nada angelical, diminuindo e atrapalhando a visÆo da estrada.

O melhor caminho a seguir ‚ reduzir ainda mais a velocidade e procurar seguir as faixas limitadores da estrada, se houver, sempre pelo lado direito da pista. Existem motociclistas que depois de passarem por estas situa‡äes nÆo podem nem ouvir falar em viajar com chuva, mas a cada nova experiˆncia, que nem sempre ‚ tÆo agrad vel, o motociclista passa a conhecer cada vez mais as suas possibilidades e limita‡äes como piloto, al‚m de conhecer ainda mais o seu ve¡culo de duas rodas. SÆo estas experiˆncias que levam o motociclista a encarar uma viagem ou passeio de moto com mais seguran‡a. A seguran‡a de quem dificilmente ser  pego de surpresa por uma situa‡Æo desconhecida.