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Nova Gladius SVF 650 aposta em visual moderno e facilidade de pilotagem

Com design atual, naked da Suzuki com motor V2 a 90° é destinada à jovens motociclistas

Em países europeus, como Itália, França, Inglaterra, onde a cultura das duas rodas está mais difundida do que no Brasil, os fabricantes oferecem diversos modelos de média cilindrada, uma das fatias mais concorridas do mercado de motocicletas no Velho Continente. Há esportivas com motores de quatro cilindros em linha, big-trails com propulsores V2, nakeds com dois cilindros, enfim modelos para todos os gostos e estilos de motociclistas. Um bom exemplo é a Suzuki que, além da linha Bandit de 650 cc famosa entre os brasileiros, comercializava também a família SV 650 com motor de dois cilindros em “V”.
Depois de muitos anos na estrada, a naked SV 650 foi aposentada e substituída pela Suzuki Gladius SFV 650 apresentada nos salões europeus de 2008. Sua proposta fica explícita nas siglas que a fábrica de Hamamatsu tanto gosta. “S” de Stylish (estilosa), “F” de Friendly (amigável) e “V” em referência à arquitetura de seu motor. A Gladius é uma moto com muito estilo e amigável para motociclistas menos experientes em função de seu reformulado propulsor V2.

Nova Gladius SVF 650 aposta em visual moderno e facilidade de pilotagemPersonalidade marcante
Desde o esboço do projeto da Gladius, os engenheiros da Suzuki pensaram em um design que se adaptasse às características das vias urbanas e do tráfico citadino, mas que tivesse ao mesmo tempo uma personalidade marcante. Seu estilo exprime uma imagem moderna e jovem que envolve o piloto – assim como a ciclística bastante balanceada com um chamativo quadro em treliça, lembrando muito as nakeds italianas Ducati Monster, que também trazem motor V2. Também de inspiração italiana é seu nome Gladius, um tipo de espada utilizada pelos gladiadores romanos.
A personalidade da Gladius é marcada pelo farol excêntrico com um pequeno painel sobreposto. As linhas fluem para um tanque de formato circular e um banco muito bem desenhado e com baixa distância do solo, o que facilita a pilotagem. Para completar uma rabeta minimalista, com a lanterna traseira embutida. As alças do passageiro completam o desenho, assim como a curta ponteira de escape na lateral direita da Gladius.
Apesar de ter sua própria personalidade, essa nova Suzuki traz em suas linhas as últimas tendências européias no desenho de motos nakeds. Uma mistura de muito bom gosto e que deve agradar motociclistas jovens que queiram uma moto para o dia-a-dia ou para viagens.

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Coração renovado
Para fazer pulsar seu novo modelo de 650cc, a Suzuki também renovou completamente o coração de dois cilindros em “V” dispostos a 90°, que alguns chamam de “L”. Com refrigeração líquida, duplo comando de válvulas (DOHC) e 645 cm³ de capacidade, as mudanças tinham como objetivo tornar a queima de combustível mais eficaz e proporcionar o máximo de torque desde as mais baixas rotações, facilitando assim a vida dos motociclistas menos experientes.
Primeiramente a Suzuki dotou cada cilindro com duas velas de ignição para melhorar a combustão. Trocou as molas duplas das quatro válvulas por cilindro por molas simples, que diminuem a perda mecânica e garantem um funcionamento mais suave. Os bicos da injeção eletrônica ganharam 10 furos para otimizar a mistura ar-combustível. Além disso, equipou a Gladius com todas as siglas tecnológicas possíveis: SDTV, dupla borboleta de aceleração no corpo injetor; TI-ISC, um moderno controle de marcha lenta para reduzir a emissão de gases; e para completar um novo ECM, um módulo de gerenciamento mais atual.
Com isso, a Suzuki afirma que o motor responde melhor ao acelerador e oferece mais torque em baixos e médios giros, graças também à válvula que regula a saída de gases no escapamento. Com isso, a Gladius parece ser a moto ideal para se rodar na cidade, sem exigir muitas torças de marchas. Aliás, o acionamento da embreagem também foi atualizado para suavizar o funcionamento e garantir mais conforto ao motociclista. Apesar de todas as modificações feitas, a Suzuki não revelou os números de torque e potência máxima.

Ciclística balanceada
Por último, mas não de menor importância, foi a ciclística que a Suzuki escolheu para a Gladius. O quadro de aço em treliça tem garfo telescópico convencional com ajuste na pré-carga da mola, na dianteira. Atrás a balança de formato tradicional e feita em aço tem um único conjunto mola-amortecedor com sete regulagens da pré-carga da mola.
As rodas de liga-leve são aro 17 polegadas e calçadas com pneus Dunlop Qualifier sem câmara nas medidas 120/70, na dianteira, e 160/60 na traseira. Completam o conjunto, disco duplo de freio na dianteira e um disco simples, na traseira. Com a opção do sistema antitravamento (ABS).
Claro que essas especificações não fazem da Gladius uma moto de pista, mas essa nem é sua proposta. Pelo contrário, ela veio para atender os jovens pilotos que já deixaram as motos menores e buscam uma naked versátil e fácil de pilotar – seja para rodar na cidade ou nas sinuosas estradas européias. Digo isso porque, por enquanto, a J.Toledo/Suzuki não pretende trazer o modelo para o Brasil. Porém já está à venda por aqui a big-trail Suzuki V-Strom DL 650, que usa o mesmo motor. Além de comercializar a Bandit 650 (versões naked e semicarenada), mas com propulsor de quatro cilindros em linha.

Na Europa, a Suzuki SFV 650 Gladius começou a ser comercializada no mês passado. No mercado italiano a moto custa 6.390 Euros. Já Bandit 650, com seus quatro cilindros em linha, tem preço sugerido de R$ 6.350 Euros. Só para comparar, a rival Honda CB 600F Hornet custa 7.590 Euros.

A imprensa especializada que teve a oportunidade de testar a nova naked não economizou elogios ao modelo, principalmente ao motor e à facilidade de pilotagem.

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