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Não se assustem: é o que a Honda imagina para os próximos 50 anos, quando nossos tataranetos talvez venham a se divertir com o ‘cavalo inteligente’ da Honda.

O cavalo foi a principal forma de transporte pessoal humano por incontáveis milhares de anos, executou mais serviços para o homem do que qualquer outro animal e tornou-se a tecnologia fundamental para guerras, descobertas e aventuras.

Companheiro leal, confiável e inteligente,e já foi várias vezes até mesmo melhor ator de cinema do que seu dono humano. Poucos merecem mais homenagens do que ele.

Reconhecendo tudo isso, a Honda deu a seu protótipo do ano 2061 este nome.

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O Cavalo Inteligente da Honda usa a inteligência artificial para desenvolver a personalidade de seu carro do futuro como um misto de assistente pessoal e companheiro do motorista ou passageiro, dotado de algumas tecnologias autônomas e semi-autônomas, que o tornam capaz de ‘sentir’ o meio ambiente e tomar decisões baseados naquilo que ele percebe.

A Honda não inventou a motocicleta, mas foi a primeira a torná-la confiável para as massas, desejável e popular como um meio de transporte pessoal – e há mais de meio século é a maior produtora desses veículos.

Ela também não inventou o automóvel, mas há décadas os produz com muita pesquisa e desenvolvimento e está liderando nos campos de híbridos, elétricos e de célula de combustível, sem se falar no desenvolvimento de sua infra-estrutura.

Há cinqüenta anos a Honda aplica uma forte porcentagem de seus negócios a seu trabalho de pesquisas e desenvolvimento. Em seus conceitos de transporte pessoal, como o U3-X elétrico (cuja roda usada é uma obra-prima), o triciclo elétrico, sua assistência andarilha e aparelhos de apoio do peso da carroçaria indicam um conhecimento profundo do que o mundo vai precisar dentro das próximas décadas.

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Assim, o conceito de uso de tecnologias avançadas para imitar e estender a personalidade e a funcionalidade do cavalo dentro de algumas dezenas ou centenas de anos deu à Honda uma magnífica plataforma de exploração – um pouco de ciência ficção misturada a tecnologias de bola de cristal.

A maior diferença entre o cavalo e o cavalo inteligente está em suas pernas. As magnificamente competentes mas delicadas pernas dos cavalos que conhecemos desaparecem e em seu lugar ficam quatro rodas compostas de 10 pernas em compósitos, cada uma delas com pontas de patas extremamente duráveis, projetadas de maneira a negociar qualquer terreno à sua frente.

A pesquisa da inteligência artificial já é bastante avançada no Japão na área de robôs acompanhantes, para pessoas mais velhas ou doentes, ou como interfaces avançadas de computadores – como estamos vendo na interface por apoio inteligente do iPhone da Apple de comando por voz. O conhecimento na área de Interface Humano-Computacional já é de vital importância para os fabricantes de aparelhos eletrônicos para consumidores e será cada vez mais importante no futuro.

A associação com a primeira forma de transporte pessoal do homem é profunda, com sua imitação estendendo-se a todos os níveis, do chassi todo-terreno parecido com um esqueleto feito de ossos leves e de alta resistência, até sua personalidade artificial.

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A Honda prevê o aparecimento de três elementos-chave que darão lugar à produção de máquinas como o Cavalo Inteligente: produção local, inteligência artificial e tecnologia aditiva.

Ela prevê que a nanotecnologia mais cedo ou mais tarde vai dar aos seres humanos a capacidade de produzir localmente os recursos materiais e as peças necessárias numa espécie de manufatura distribuída, de tal forma que no caso do cavalo inteligente, CI, se uma das 10 pernas em cada canto quebrar, uma nova perna substituta será criada.

A tecnologia aditiva é uma tentativa revolucionária de se produzir peças muito pequenas ou muito grandes de maneira eficiente, para economizar peso e recursos ao mesmo tempo em que melhora a resistência e a flexibilidade do produto. O veículo CI combina o caráter e a simplicidade de um cavalo com as idéias futuristas estruturais, de segurança e inovação tecnológica.

O conceito do Cavalo Inteligente será apresentado na competição de design deste ano do Salão de Automóveis de Los Angeles, epicentro de onde os cowboys ganharam sua fama. Existente há oito anos, o Desafio de Design ganhou credibilidade instantânea na cidade onde há a grande maioria (e os melhores) estúdios de design. No ano passado, a competição atraiu mais de 500 designers profissionais do mundo todo.