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O Congresso SAE BRASIL debate custos e benefícios da globalização em veículos comerciais

A globalização impôs um desafio para o segmento de veículos comerciais: equilibrar custos e tecnologia nos projetos e, ao mesmo tempo, atender mercados com características próprias. O Congresso SAE BRASIL 2008, que será realizado de 7 a 9 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, reservou um painel exclusivo sobre o assunto, com especialistas do setor e representantes de montadoras e frotistas.

— A globalização possibilita o intercâmbio de inúmeros elementos tecnológicos, que tornam nossos veículos ainda mais eficientes, confiáveis e seguros. No entanto, para o segmento de veículos comerciais é preciso considerar os aspectos regionais e a especialização, para chegarmos ao produto adequado para cada aplicação–, ressalta o engenheiro Rogério Pires, diretor do Comitê Caminhões e Ônibus do Congresso SAE BRASIL.

De acordo com Rogério Pires, há montadoras que trazem projetos do Exterior e buscam um maior ou menor grau de regionalização nos veículos, em função de cada mercado. — Neste caso, todo o -take-out- tecnológico traz custos para adequação da produção local e pode gerar um desequilíbrio em aplicações específicas–, diz.

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Por outro lado, algumas montadoras optam por desenvolver seus produtos localmente e adaptar os mesmos para atender exigências específicas de determinados mercados ou segmentos. — O mercado de exportação, por exemplo, demanda, em muitos casos, um -take-in- tecnológico, com os custos agregados ao projeto e ao processo produtivo–, ressalta. Outro caminho traçado pelas montadoras é a busca da especialização, combinando, ou não, as demais estratégias.

Como as montadoras de veículos comerciais e os frotistas são afetados direta ou indiretamente por uma das estratégias adotadas e como equilibrar custos e tecnologia para a realização de cada projeto serão os pontos-chave do painel — Veículos comerciais – custos e benefícios da globalização–, no dia 9 de outubro, às 13h30.

O painel trará a visão das montadoras de caminhões, na palestra de Celso Mendonça, engenheiro de Vendas da Scania; das montadoras de ônibus, com Ricardo Barion, gerente de Marketing da Volkswagen; e a experiência de frotistas, com Antonio Roberto Berti, diretor da Viação Itaim Paulista. A mediação será do jornalista Marcos Villela.

Congresso – O painel faz parte das 16 apresentações temáticas programadas para o XVII Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL. Além de veículos comerciais, os fóruns e painéis abrangem as áreas de veículos de passeio, transportes ferroviários, veículos de duas rodas, gestão, educação, aeroespacial, máquinas agrícolas e de construção, TI, manufatura e qualidade.

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Uma exposição com as últimas tecnologias desenvolvidas pelas principais marcas do setor da mobilidade do País e Exterior, entre montadoras, sistemistas e demais empresas do segmento, interessadas em mostrar produtos, tecnologias e serviços em seu estado de arte, está na pauta do Congresso, que terá, ainda, 120 trabalhos técnicos, de profissionais de indústrias e universidades, sobre veículos de passeio, comerciais e fora-de-estrada, aeroespacial, ferroviário, hidroviário e aeroespacial, no âmbito de chassis/cabine, combustíveis e lubrificantes, eletroeletrônica, emissões, ensaios, gestão, manufatura, materiais, meio-ambiente, motores, projetos, qualidade e produtividade, ruídos e ergonomia, segurança e ergonomia, suspensão, tecnologia da informação e transmissões.

Sob o comando da engenheira eletrônica Flávia Piovacari e com o tema -Projetos globais: oportunidades e desafios para a engenharia da mobilidade-, o Congresso SAE BRASIL 2008 é dirigido a executivos, engenheiros, representantes do governo, consultores e acadêmicos de toda cadeia automotiva.

Para Vilmar Fistarol, presidente da SAE BRASIL, o Congresso reflete o desenvolvimento tecnológico da indústria da mobilidade brasileira, ao apresentar a tecnologia em seu estado da arte. -É um excelente espaço de networking e para os profissionais se atualizarem tecnicamente por meio das sessões técnicas e dos fóruns de debates-, afirma Fistarol.