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O poder de compra é dela - por Rita Almeida.

Foi-se o tempo em que o homem era o chefe da casa, hoje milhares de mulheres comandam seus lares, cuidam dos filhos e ainda são economicamente ativas.

Segundo os últimos dados do IBGE, publicados no Censo 2000, o Brasil tem quase 170 milhões de habitantes. A população é dez vezes maior que a existente no país em 1900. Deste total, existem aproximadamente 86 milhões de mulheres. Que é quem tem o poder de decisão sobre a compra em vários segmentos.

Atender esse mercado como um todo ou segmentar é a dúvida que atormenta a cabeça dos empresários e com certeza traz resposta fundamental para o sucesso do Plano Estratégico da empresa. A CO.R Inovação pesquisou sobre o mercado feminino e comprovou que as mulheres estã dominando grande parte do mercado. Segundo a pesquisa, em decorrência das conquistas no mercado de trabalho, as mulheres se sentem mais livres para se expressarem sem preconceitos e fazerem o que quiserem de suas vidas.

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O estudo coordenado pela publicitária, Rita Almeida, mostrou ainda que muitas marcas não transmitem segurança na hora de abordar o público feminino. Hoje, a mulher é o alvo mais importante da indústria dirigida ao consumidor final. Além de aproximadamente metade dos lares brasileiros serem dirigidos por mulheres, em todas as situações elas têm um enorme poder de decisão na compra.
A metodologia utilizada pela empresa para o levantamento das informações é co-criatividade. O consumidor, que geralmente é visto apenas como um comprador em potencial, é olhado de maneira mais humana, que inclui valores, gostos, preferências, medos e desejos.

Por sua própria natureza, as mulheres são também grandes compradoras por causa de sua capacidade de atenção pulverizada. Enquanto o homem é focado e provavelmente sai para comprar como quem sai para caçar — tendo um alvo só em mente –, a mulher tem um comportamento mais extrativista, mais de coleta, o que a leva a sair em busca de muitas coisas por ter também um espectro maior de interesses, como beleza, saúde, casa, filhos e até as necessidades do marido. São poucos os homens que compram para suprir necessidades da mulher, mas são muitas as mulheres que compram para suprir necessidades do homem.

A decisão de compra dos produtos de consumo diário são predominantemente das mulheres, pois elas têm uma habilidade maior para escolher e decidir o que é melhor. É fácil perceber isso. É só dar uma lista de produtos para um homem e uma mulher e comparar a qualidade dos produtos. A mudança de comportamento fica clara quando observamos que produtos antigamente eram decididos quase exclusivamente por homens, como por exemplo, no caso do carro e do telefone, hoje têm grande participação das mulheres. A mudança foi mais de fundo cultural e tecnológico, já que antigamente o que interessava era que o carro fosse possante, não quebrasse etc., características puramente técnicas. As mulheres ganham dos homens quando a questão é estilo, bom gosto, conforto etc. Daí seu extraordinário poder de compra e consumo.