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Freddie Spencer, o rápido Rápido na pista e rápido na carreira. Freddie “fast” Spencer apareceu arrasador no mundial de motociclismo. Venceu o primeiro GP aos 20 anos e aos 21 foi campeão mundial. Aos 23 venceu seu último GP e depois, tão rápido como surgiu na cena, saiu, deixando um rastro de mistério. Mas foi o maior nome do motociclismo na década de 80.

Ainda menino mostrou-se um gênio, correndo nas provas dirt-tracks norte-americanas. Quando foi para as pistas de asfalto venceu o AMA 250, derrotando outra lenda, ninguém menos que Eddie Lawson.E tinha apenas 18 anos quando deixou para trás os monstros sagrados do mundial das 500 cc da época, Barry Sheene e Kenny Roberts, no Desafio Transatlântico, enfrentando o que havia de melhor entre os pilotos norte-americanos e britânicos.

E a Honda o contratou. O fez correr primeiro nas superbikes norte-americanas e na se sequência imediata no mundial de 500, com vitória em sua primeira temporada, aos 20 anos. Nessa época se juntou ao preparador Erv Kanemoto, com quem no ao seguinte conquistaria o primeiro dos seus dois títulos mundiais ? o terceiro foi nas 250 cc.

Neste primeiro título, em 1983, derrotou o tri-campeçao mundial da Yamaha Kenny Robets. Tinha 21 anos quando fez isso, algo que não se repetiu no mundial de motociclismo até hoje. Na temporada seguinte, foi campeão mundial ao mesmo tempo na 500 e na 250. Outro feito que o mundial de motos nunca mais viu.

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De sua origem nas dirt-tracks norte-americanas, o estilo agressivo na moto GP, “devolvendo” em derrapagens nas curvas do mundial de motos. Enquanto brilhava nos mundiais, ainda antes do duplo título, alcançou mais uma vitória épica na corrida mais importante dos EUA, as Daytona 200, vencendo-as em três classes diferentes.

Após os títulos mundiais, começaram seus problemas físicos, com as lesões minando sua performance já em 1984. Além da dificuldade de lidar com a fama com tão pouca idade, fala-se que foi vencido também pela síndrome conhecida como do túnel cárpico, moléstia comum entre pilotos pelo esforço nos punhos e antebraço.

E já em 1984 que venceu seu último GP, saindo então de cena tão “fast” quando entrou. Teria concorrido para sua derrocada na carreira o também o polêmico projeto da Honda, com a sua radical NSR-500 V4, que não foi bem. E Freddie Spencer inciou-se então em empreitadas fora do mundial, especialmente numa fabulosa escola de pilotagem em Las Vegas, que o levou à breca. Em 2008 precisou fechá-la definitivamente, deixando dívidas com parceiros, instrutores e empregados a ponto de recentemente precisar botar à venda algumas de suas motos campeãs dos mundiais que venceu, como a NS500 tricilíndrica do Mundial de 500cc em 1983 e a NSR250 campeã de 250cc em 1985.

Freddie Spencer disputou 72 GPs, com dois títulos nas 500 e um na 250. Teve 27 vitórias, subiu ao pódium 39 vezes, fez 33 pole-position e 24 voltas mais rápidas nos GPs. Estreou no GP da Argentina em 1982, no mesmo ano veuceu o GP da Bélgica e a útima vitória foi no GP da Suécia em 1985. Seu último GP, já no ostracismo, foi o da Itália, em 1993.

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