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Foto: do site Mogi Mirim, SP

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Um problema s‚rio: todo ano, no mundo todo, bilhäes de pneum ticos sÆo escrapeados, jogados em aterros ou empilhados em verdadeiras montanhas de borracha, para se decompor depois de literalmente centenas de anos.

Cientistas da Universidade de Swansea, em Gales, no Reino Unido, estÆo investigando novas maneiras de reciclar pneus e reduzir a quantidade de borracha jogada fora. Esta universidade ensina 12.000 alunos e tem como objetivo pesquisas em seus 500 cursos de gradua‡Æo e 100 cursos de p¢s. Sua id‚ia ‚ revolucion ria: fazer pneus novos, de alta qualidade, a partir de pneus cansados.

O Dr. David Isaac, da escola de engenharia, lembra que 65% de toda a borracha produzida no mundo ‚ usada pela ind£stria de pneum ticos. Ele hoje lidera o projeto Knowledge Transfer Partnership (KTP, parceria para a transferˆncia de conhecimento) do Departamento para Neg¢cios, Enpreendimento e Reforma Regulat¢ria do governo inglˆs. O KTP funciona: com o custo das pesquisas coberto parte pelo governo e parte por empresas, o resultado global at‚ hoje tem sido de 1 milhÆo de libras do governo para 3,3 milhäes de libras em lucros anuais antes das taxas e a cria‡Æo de 77 novos postos de trabalho e a reciclagem de 33 funcion rios j  existentes.

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No Reino Unido, ‚ ilegal jogar os pneus em aterros, mesmo ap¢s serem retalhados – e sÆo 50 milhäes deles que precisam ser jogados fora, todo ano, de alguma maneira.

Diz o Dr. Isaac: Temos de tratar a borracha velha – triturada – antes de mistur -la com borracha nova, ou ela nÆo vai se misturar corretamente, podendo levar a imperfei‡äes. Defeitos deste tipo nÆo sÆo problema em produtos para pisos, por exemplo, mas sÆo potencialmente perigosos em pneum ticos”.

O Dr. Isaac, em colabora‡Æo com uma firma de Swansea, a Haydale, descobriu que tratando a borracha picada com um plasma – um tipo de g s ionizado – ativa sua superf¡cie e melhora suas propriedades de colagem.

Acredita-se que estas t‚cnicas permitirÆo a constru‡Æo de novos pneus com uma propor‡Æo substancial de borracha reciclada, que respeitarÆo os atuais padräes rodovi rios. O Dr. Isaac novamente: “Materiais como metais e termopl sticos podem ser derretidos e reusados em novos componentes, sem perdas significativas de propriedades ou integridade. A borracha de pneum ticos ‚ um material termofixo, que nÆo derrete, mas que se aquecido degrada suas cadeias constituintes, perde suas propriedades el sticas e eventualmente queima e libera energia. Um de seus usos tem sido como combust¡vel em fornalhas de cimento, mas hoje isso ‚ visto como desperd¡cio de uma recurso limitado.

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Para algumas aplica‡äes off-road de baixa velocidade, alguns pneus j  utilizam entre 5% e 10% de borracha reciclada. As pesquisas da Universidade de Swansea, e de outras, j  estÆo sendo testadas na pr tica em testes coordenados com um fabricante de pneum ticos, para ver se essas t‚cnicas sÆo comercialmente vi veis e seguras.

Dados de Richard Maino, do Servi‡o de Imprensa Londrino

Jos‚ Luis Vieira


Jos‚ Luiz Vieira, Diretor, engenheiro automotivo e jornalista. Foi editor do caderno de ve¡culos do jornal O Estado de S. Paulo; dirigiu durante oito anos a revista Motor3, atuou como consultor de empresas como a Translor e Scania.  editor do site: www.techtalk.com.br e www.classiccars.com.br; diretor de reda‡Æo da revista Carga & Transporte.

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