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Na categoria de motos superesportivas, talvez nenhuma marca tenha adaptado tão bem seu modelo para as ruas quanto a Suzuki. A sua 4 tempos de competição GSX-R 750 foi lançada em 1985 e evolui ano a ano, incorporando quase tudo o que se desenvolvia nas pistas para o uso civil. A pioneira Suzuki praticamente inaugurou o segmento e se mantém firme nele há mais de 35 anos. Acompanhe esta história.

GSX-R 1985

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ficha técnica Suzuki GSX-R 1985

Primeiramente, o modelo original já tinha chassi em liga de alumínio, carburadores com pistonetes chatos, para melhor atomização, freios a disco duplos de pinças com quatro pistões e rodas de 18 polegadas. Nessas motos a refrigeração ainda era a  ar/óleo com objetivo de redução de peso.

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De antemão esta foi uma das motocicletas que modificou o esporte. Assim, num contexto de motos pesadas e instáveis, a primeira  GSX-R750 era incrivelmente leve, com 176kg, suspensão sofisticada e freios próprios para competição. Desse modo, em 1985 não havia nada igual. Simultaneamente, nas pistas, começou o sucesso com Kevin Schwantz batendo lado a lado com Wayne Rainey de Honda VFR750.

Então, em 1986, ela recebeu uma balança traseira 25 mm mais longa para acalmar a dirigibilidade. Além de uma modificação no carter e faróis, pouca coisa mudou. Mas nesse ano ela chegou no mercado dos EUA. Bem como a GSX-R750 1986 foi homologada para competição em uma versão de produção limitada. Assim, o modelo tinha embreagem a seco, banco monoposto e pintura em grafismo especial.

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Depois, o modelo de 1987 recebeu bengalas de 41 mm de diâmetro e suspensão ativada eletronicamente vinda da versão de pista do ano anterior. Desse modo, como resultado, o tanque também era maior, com 21 litros, substituindo o antigo de 19 litros.

GSX R 750 1988

Ficha Tecnica Suzuki GSX R 750 1988

Ficha Tecnica Suzuki GSX R 750 1988

Em 1988 veio a primeira grande alteração. Novo chassi, revisões no motor e carenagens. O curso do pistão foi encurtado no motor refrigerado a óleo, deslocando 748 centímetros cúbicos.

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Além disso, o diâmetro de 73 mm e curso de 44.7 mm atingia mais altas rotações (13.000 rpm, indicadas no conta-giros), mas limitado em 12.500 pela ignição. Por fim, as dimensões internas do motor foram alteradas para acomodar o novo diâmetro e curso do pistão, válvulas maiores foram colocadas e um novo carburador Mikuni de 36 mm de diâmetro, eram operados a vácuo.

Ademais, a moto tinha embreagem com quatro molas, novo desenho das carenagens e novos escapamentos duplos.  Além disso, novas rodas de 17 polegadas com três palitos eram calçadas com pneu 160/60VR17 na traseira e 120/70VR17 na frente. Igualmente, havia nova suspensão dianteira, de 43 mm com cartuchos. Assim, a segunda geração da Suzuki GSX-R 750 ficou mais pesada, porém com um chassi mais estável e motor mais potente.

GSX-R 750 (K) 1989

No ano seguinte, pequenas mudanças. Desta para o grafismo na parte baixa da carenagem, escapamentos e mudanças na suspensão para melhorar o vão livre do solo. Uma edição limitada feita apenas para homologação retornou à configuração de curso mais longo, 70 x 48.7mm. Carcaças, virabrequim, bielas e embreagem foram modificadas para a plataforma de competição.

Assim, em suma essa versão RR também recebeu nova carburação de 40 mm e escapes 4 x 1. Câmbio de relação mais ajustada, reforços na balança traseira, rabeta integrada ao banco monoposto e tanque em alumínio.

GSX-R 750 (L) 1990

Apesar de ter poucas mudanças no visual, em 1990 a moto sofreu maiores alterações no motor, suspensão, carenagem e chassis. Desse modo, essa foi a primeira versão com garfo invertido, diâmetro e curso voltou à configuração de curso longo.

O motor voltou a 749 cc com as dimensões originais do curso longo, mas mantendo os 13.000 rpm de faixa de giro. Válvulas novas e carburadores maiores tipo BST38SS com 38 mm de diâmetro com circuito especial de alta rpm. Os respiros dos pistonetes ficaram fora da caixa de ar.

Além disso, o novo escapamento único e eixo secundário do câmbio chegaram para alinhar à rodagem mais larga. Ainda, foi desenvolvido novo radiador de óleo em curva.

A geometria foi refeita para o chassi que agora oferece 25.5º e entre-eixos de 1.410 mm. Além disso, a suspensão dianteira invertida recebeu mesas compatíveis e na traseira um novo sistema de amortecedor ajustável com reservatório remoto de expansão. A balança recebeu peças fundidas integrando o componente para ajuste da corrente. A roda aumentou na largura para 5.5 polegadas  (antes era 4.5 polegadas), mas o pneu se manteve.

Ainda, foi adicionado amortecedor de direção e outras pequenas mudanças na flange da coroa traseira e freios dianteiros. Enfim, mudanças na carenagem fizeram as entradas de ar laterais mais arredondadas e em lugar diferente, com novo para-lama.

GSX-R 750 (M) 1991

A GSX-R750M em 1991 ganhou consideráveis 15 kg em comparação com o modelo anterior. Assim, a principal mudança foi no farol, que teve sua aerodinâmica melhorada, banco mais confortável e duas lâmpadas na lanterna traseira.

Esse foi o último modelo com arrefecimento a ar/óleo. Dessa forma, mudanças no cabeçote fizeram com que os excêntricos do comando fossem agora um por válvula, diferente de antes, que contava com um excêntrico sobre uma válvula e um balancim para as outras duas. Assim, o ajuste das folgas de válvulas passaram a ser por meio de pastilhas. Isso permitiu outro enquadramento das válvulas do motor (duração e ângulo de abertura e fechamento). Ainda, o pneu traseiro passou para 170 mm.

GSX-R 750 (WN) 1992

O mercado americano não recebeu o novo motor de arrefecimento líquido GSX-R750 (N) 1992. Enquanto isso, todos os outros locais já tinham a nova configuração. O novíssimo propulsor de arrefecimento líquido em chassi revisado, acompanhava carenagem e suspensão revisadas (WN).

GSX-R 750 (WP) 1993

Mudanças na pintura e ajustes no motor melhoram nível de potência

GSX-R750 SPR 1994-1995

A GSX-R 750 (WR) 1994 perdeu potência em relação ao modelo anterior e nesse ano as bengalas receberam anodização em azul. Entretanto, uma edição limitada foi produzida também entre 1994 e 1995. A versão SPR era 10 quilos mais leve que a WR e, além disso, tinha peças especiais de fábrica, que incluíam carburadores de boca larga TRM40, câmbio de relação próxima, carcaças de magnésio, pinças de freio de seis pistões e balança traseira reforçada. Enfim, um pneu 180 mm foi colocado na traseira completando o conjunto.

GSX-R750 (WS) 1995

Aqui foi o último ano em que foi usado chassi de berço duplo – mas reforçado em relação ao anterior. Mais potência e peso sobre os modelos anteriores também, bengalas invertidas foram anodizadas em alumínio natural. Além disso, os faróis receberam refletores duplos e a parte alta da carenagem foi renovada. Ainda, esse modelo permitia maior inclinação nas curvas.

Aqui chegou uma palavra que acabaria por se tornar uma marca do modelo: SRAD, acrônimo de Suzuki Ram Air Direct. Assim, além do trocadilho em inglês que remete a “(it’)s rad(ical)” que quer dizer “essa é radical”, a sigla dá o nome ao sistema de indução para a caixa de ar forçando um aumento de pressão conforme o vento frontal aumenta. Desse modo, todos os modelos a partir de 1996 passaram a ter esse sistema.

GSX-R 750 (T) 1996

Para a linha de 96 a GSX-R introduziu um novo chassi de viga dupla derivada da famosa Suzuki RGV 500 GP de competição. O novo motor, mais compacto, recebeu tampas de liga de magnésio no cabeçote, motor de partida e embreagem para ajudar na redução de peso. Essas alterações resultaram em 20Kg a menos, chegando na escala de 179Kg enquanto a potência subia a 118 hp.

Assim, esse modelo terminou por resolver o problema de peso que estigmatizou as GSX-R do começo dos anos 90. Outras características são: carburadores com controle eletrônico, bengalas invertidas de 43mm totalmente ajustáveis e um pneu traseiro 190/50-17, que passou a ser usado em toda linha, de 1996 até 1999.

GSX-R 750 (V) 1997

Poucas mudanças internas no modelo de 1996, que incluíram aprimoramento da aerodinâmica.

GSX-R 750 (W) 1998

Finalmente, a injeção eletrônica. Assim, adoção do sistema de alimentação elevou a potência para 134 hp.

GSX-R 750 (X) 1999

Modificações no grafismo e a roda traseira agora em 6 polegadas de largura passa a usar pneu de 190 mm. O ano de 1999  foi o último ano do desenho “SRAD”.

GSX-R 750 Y – 2000

Esse modelo durou de 2000 até 2003. Mais leve, mais resistente e mais rápida, recebeu o apelido de Super Homem por causa do formato do farol, que lembra o seu símbolo.

Assim, as principais mudanças foram motor menor e mais potente, nova injeção, cabeçote mais estreito com dutos mais retos na admissão, caixa de ar com maior volume, aprimoramento do sistema RAM AIR (efeito do vento aumentando a pressão na admissão) escapamento 4×1 em aço inox, melhorado o sistema de arrefecimento.

Faziam parte do conjunto área frontal menor e novo painel com cristal líquido (LCD). O chassi foi redesenhado, balança traseira alongada. Ainda, houve a adoção de novos freios e rodas, que fizeram o peso não suspenso menor, melhorando a dirigibilidade por causa da menor massa em rotação.

GSX-R 750 K1 – 2001

Depois de todas as mudanças na edição anterior, em 2002 houve apenas ajustes nas cores e grafismos.

GSX-R 750 K2 – 2002

Poucas mudanças para 2002: Injeção recalibrada, nova balança traseira ajustável, novos retrovisores e escapamento em aço escovado.

GSX-R 750 K3 – 2003

Mudanças, apenas no grafismo.

GSX-R 750 K4 – 2004

Ficha técnica GSX-R 750 2004

Ficha técnica GSX-R 750 2004

Depois de três anos sem mudanças significativas, a GSX-750 2004 chegou refinada. A ECU agora tem 32 bits, válvulas de titânio, novas carenagens, chassi e balança pintados em preto, freios radiais. O motor de 749 cm³, DOHC, 4 válvulas por cilindro no motor 4 cilindros em linha.

GSX-R 750 K5 – 2005

Versão comemorativa dos 20 anos tinha pintura especial, escapamento modificado e rotores do freio dianteiro Sunex. Detalhes como corrente azul, banco da mesma cor e selo comemorativo dos 20 anos.

GSX-R 750 – 2006-07

Ficha Técnica GSX R 750 2006

Ficha Técnica GSX R 750 2006 e 2007

Novamente, renovação do modelo. Assim, houve adoção de novo chassi, balança e motor. Curso maior, câmbio recolocado na parte alta da carcaça e os rotores dos freios aumentaram de 300mm para 310mm.

Além disso houve outras modificações comparando aos modelos anteriores, como sistema de arrefecimento especialmente desenvolvido para redução de peso, maior eficiência na combustão pelo desenho da câmera e melhor curva de potência.

Ainda, com alta compressão (12.5:1), ocorreu adoção de válvulas de titânio com diâmetro maior seguindo comandos mais agressivos e aliviados para reduzir peso e inércia.

GSX-R 750 K8/K9/L0 (2008/2009/2010)

Ficha Técnica GSXR 750 2008/2009/2010

Ficha Técnica GSXR 750 2008/2009/2010

Novo modelo com algumas modificações – faróis revistos, novas cores e seletor de modos de pilotagem.

GSX-R 750 (L1-L9) 2011-2020

Novo modelo, com corpo mais fino e limpo, novo farol, pinças italianas marca Brembo nos freios. Assim, o modelo 2011 ficou 9 kg mais leve e agora conta com embreagem deslizante, que melhora o controle nas reduções de marchas. Garfos dianteiros de pistões grandes são standard assim como o amortecedor traseiro da Showa, além de painel mais compacto, na linha da GSX-R1000.

GSX-R 750 – 2015

Para 2015, a GSX-R750 manteve a receita aplicada na motocicleta nos últimos anos. Entretanto, a data marcava um aniversário especial para o modelo. Desse modo, a moto ganhou cores comemorativas aos 30 anos de marcado da esportiva. Além disso, o azul com detalhes em amarelo também celebrava o retorno da marca às pistas da MotoGP. O ano seguinte, 2016, marcou a despedida do modelo do mercado brasileiro.

GSX-R750 – 2020

Em 2020, a GSX-R750 chegou ao mercado trazendo como destaque o novo esquema de cores, o Sparkle Black e Pearl Glacier White. Atualmente, o motor de quatro cilindros e injeção de combustível de 750 cm³ se mantém proporcionando uma experiência equilibrada.

Da mesma forma, como característica do propulsor ele empurra o conjunto como uma maior cilindrada, enquanto produz rotações como uma menor – é o melhor dos dois mundos. Enfim, fatores que fazem da GSX-R750 uma moto relevante em todos os momentos em que esteve no mercado.

Motor tipo 16-valvulas, 4-tempos, DOHC quatro em linha
Potência 106.00 HP a 10500 RPM
Torque 73 N.m a 10000 RPM
Cilindrada 749cc
Compressão 9.8:1
Diâmento e curso 70.0mm x 48.7 mm
Alimentação 4 carburadores
Ignição Transistorizada
Arrefecimento a ar e óleo
Câmbio seis matchas
Transmissão final Corrente
Peso seco 176 Kg
Altura do banco 755 mm
Altura total 1200 mm
Comprimento total 2130 mm
Largura total 620 mm
Vão livre do solo 140 mm
Distância entrte eixos 1425 mm
Pneu dianteiro 110/80-18
Pneu Traseiro 140/70-18
Freio dianteiro Disco duplo com pinças de 4 pistões (2 opostos)
Freio traseiro Disco simples
Capacidade do tanque 19 litros