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Estava saindo de uma loja e vi dois garotos comentando sobre algumas motos que estavam estacionadas em frente á porta, quando um deles falou: é, não tem pra ninguém! A Harley sim que é moto!

De certa forma, me vi no passado, quando era garoto e ficava em frente a oficina do Manolo e do Victor Macaya, em Moema, São Paulo, eles me mandando tirar as mãos da motos e lambretas, também achando que uma Harley era o ápice das motos! Tínhamos no Brasil um número inexpressivo de motos e lambretas, ainda patinávamos nesse segmento. Nos tempos atuais, só a Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, reúne 7 fabricantes (existem outros independentes no mercado), permitindo assim que o publico tenha acesso às mais diversas categorias, preços e estilos de motos.

Para se ter uma idéia, em 2007 a indústria brasileira de motocicletas aumentou em 10,3% sua produção e, segundo a Abraciclo, no primeiro quadrimestre de 2007 foram vendidas 669.880 motocicletas, um salto de 27,6% comparando com o mesmo período do ano de 2006. As exportações apresentaram leve melhora, com 10.626 motos destinadas ao mercado externo. O número é 34,3% maior que comparado a meses anteriores Atualmente, a motocicleta corresponde a 18% da frota nacional. Rodam pelo País aproximadamente 8 milhões de motos, quase metade delas com até três anos de uso. Em 2000, a quantidade de motos em circulação beirava a 2,5 milhões.

O baixo valor das prestações na compra de uma moto e o fato de ser uma alternativa ao trânsito pesado das grandes cidades são as principais justificativas para o crescimento acelerado desse mercado.

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Esse é um panorama superficial. Agora, imaginem quais seriam os números do que chamaríamos de “periféricos” das motos!

Se temos esse numero de fabricantes, importadores e afins, tudo isso precisa de gasolina, plástico, ferro, alumínio, tubos, óleos, lâmpadas faróis, pneus, tintas, refletivos, parafusos, bancos, velas, cilindros, pistões, anéis, despachantes, lojas, divulgação, etc, etc, imagine quanto dinheiro estaríamos falando? Imagine o quanto representa do PIB brasileiro?

Minha preocupação em relação a isso é que continuemos com a visão de um “mercado pequeno”, onde, para esconder as falhas debaixo do tapete, empurramos essa resposta e tentamos não enxergar o maravilhoso horizonte que se vislumbra.

Temos motos maravilhosas (poderíamos ter mais, claro!), modelos atuais, concessionárias muito bem estruturadas, produtos “periféricos” como macacões, capacetes, luvas, baús, parabrisas, etc, perfeitos, devidamente homologados, tudo de primeira. Pergunto: tirando a parte que onde o Governo atrapalha, como os altos impostos que incidem em toda a cadeia produtiva da motocicleta, o que mais falta para os empresários do setor investirem mais e mais?

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Novas lojas, mais gente contratada, um aprimoramento da Qualidade profissional, treinamentos, investimentos em Publicidade e Promoções, mais ofertas balanceadas, enfim, uma infinidade de ações podem trazer benefícios a todos. Com os números reais de mercado, é impossível ficar indiferente à esse crescimento.

Quem está esperando o quê?