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Rádio SulAmérica Trânsito promove debate em São Paulo

Para comemorar seus três anos de existência, a Rádio SulAmérica Trânsito (92,1) e a SulAmérica Seguros e Previdência promoveram em parceria com o Grupo Bandeirantes o evento “Rádio SulAmérica Trânsito – Três anos de trânsito em debate”. O evento aconteceu hoje e reuniu os principais formadores de opinião e representantes das principais instituições de trânsito e transporte do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo.

Durante o encontro, foi apresentado o resultado de uma pesquisa sobre a evolução do trânsito em São Paulo nos últimos anos e os impactos deste cenário no mercado de seguro de automóvel. Entre os pontos levantados estão os índices de acidentes, a média de congestionamento, a influência dos fenômenos naturais no trânsito, a importância e a efetividade das obras municipais (transtornos causados e resultados efetivos), entre outros temas.

Com base nesses dados, foi realizado debate sobre medidas que melhorem o tráfego no futuro. Os convidados responderam os questionamentos da platéia, que só pode ser por escrito, o que inviabiliza a troca de idéias democraticamente entre ouvintes e debatedores. Entre os debatedores estavam Alexandre Moraes, secretário de transportes do Município de São Paulo e presidente da CET/SP, Sérgio Marques, da Polícia Militar do Estado de São Paulo e João Paulo Jesus Lopes, secretário adjunto dos transportes metropolitanos do Estado de São Paulo.

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Em São Paulo, a população perde, em média, três horas do dia paradas no trânsito da cidade. Não bastasse o tempo desperdiçado, a população fica exposta à poluição e corre risco de acidentes de trânsito, que são responsáveis pela morte de cerca de quatro pessoas por dia na cidade – 44% pedestres, 18% motociclistas, 9% passageiros ou motoristas de autos e 3% ciclistas.

“Com esses dados, nossa preocupação na rádio deixou de ser, logo cedo, a simples situação do trânsito e alternativas a congestionamentos; passamos a dar peso igual ou maior à segurança e à qualidade de vida de quem está nas ruas; o ouvinte tem de chegar mais cedo ao seu destino, mas com segurança, sem correr riscos”, afirma o diretor da Rádio SulAmérica Trânsito, Felipe Bueno.

Várias questões foram discutidas em termos de transporte público, obras viárias e ferroviárias, utilização da bicicleta, entre outros. Porém, uma vez mais, o que se nota é a falta no poder público de alguém que compreenda e saiba lidar com a questão motocicleta, por um simples motivo: não temos gestores ou políticos que pilotem motocicleta.

O secretário e presidente da CET/SP, Alexandre Moraes, defendeu a proibição da utilização dos corredores pelas motocicletas e mencionou que o Governo Municipal pretende felizmente padronizar o motofrete, exigindo que as motocicletas sejam numa única cor, talvez a branca, como ocorre com os táxis. O combate as empresas clandestinas de motofrete e maior verba para educação também foram defendidos pelo secretário.

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Apesar de não mencionado, subentendi que seja o curso “Pilotagem Segura” que realizei e foi alvo da matéria publicada em 27/02/2010 – “O Caminho é Educação e não Proibição”.

Por outro lado, infelizmente demonstrou falta de conhecimento na questão motocicleta quando defendeu a proibição dos corredores, algo que só quem pilota motocicleta e conhece toda dinâmica de tal veículo poderia opinar e quando afirma que a motocicleta polui 9,5 vezes mais do que um veículo de quatro rodas, algo que a ABRACICLO, presente na pessoa do Diretor Moacyr Alberto Paes pode ajudar a esclarecer.

No entanto, a pergunta por mim formulada não foi respondida: “Segundo informações de ordem financeira colhidas no site da CET/SP, ano após ano diminui o repasse de verba da Prefeitura de São Paulo para a CET/SP (que explico na matéria de 27/02). Todavia, a Prefeitura arrecadou no ano de 2009 pouco mais de R$ 430 milhões de reais em multas. Pergunto: Por que esse dinheiro não é utilizado em sua totalidade para: 1) Segurança no Trânsito; 2) Educação no Trânsito; 3) Melhorias no pavimento de rodagem viário da cidade.

O canal está aberto para o secretário Alexandre Moraes para resposta e nós do Motonline nos colocamos a disposição do Secretário e Presidente da CET/SP para demonstrarmos tecnicamente porque a proibição do corredor é um equívoco do poder público, corredor que existe em todos os países do mundo, especialmente, Espanha, Inglaterra, França e Portugal. Espanha que deveria servir de exemplo em algumas soluções ao Brasil.

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