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Segundo conhecido periódico internacional, esta moto foi considerada como o veículo de duas rodas mais estável do planeta. Com esta apresentação somada ao nosso conhecimento do desempenho da família Buell, foi criada excelente expectativa e, lógico, uma vontade extrema de acelerá-la.

Campeã de curvas

Só para lembrar este modelo, que compartilha da mesma mecânica e ciclística com suas irmãs, é também dotado de chassi de alumínio com dupla trave superior que sustenta seu motor e câmbio. Até aí, nenhuma novidade, a não ser que esta estrutura abriga no seu bojo o reservatório de combustível (com capacidade para 16,7 litros), no intuito de melhor distribuição de peso e massa, além de ajudar no rebaixamento do centro de gravidade, já planejado também com a colocação do silenciador do escapamento sob sua mecânica. Ainda não satisfeito, o Sr. Erick Buell, dentro desta filosofia, armazena o lubrificante na balança da suspensão traseira, bem pertinho do chão. Freio dianteiro

Tensor de correia

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Ponterira de escape

Radiador de óleo

Com este inusitado peso mais próximo do asfalto, somado à minúscula distância entre eixos, suspensões dianteira invertida e traseira, ambas de alto nível, e teremos realmente justificada a nossa expectativa teórica de podermos experimentar uma super-máquina de fazer curvas.

Seu motor V2, de comando simples no bloco, descende da Sportster 883, só que reformado por completo, a ponto de sair da casa dos 40 cv para habitar a cavalaria dos 103 CV a 6.600 rpm, com torque (11 kgf.m a 6.000 rpm) essencialmente plano com subida de giros progressiva até a faixa vermelha. Apesar de não se destacar em desempenho, pela sua contida potência específica (relação cc x cv), também não desaponta. A transmissão segue a tandência da família Harley, com uso de correia de aramida reforçada com hibrex, feita especialmente pela Goodyear para essa moto.

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Para frear bem dentro das curvas, outra novidade é a adoção do único disco de freio dianteiro perimetral, praticamente do mesmo diâmetro da roda de 17 polegadas, com pinça de seis pistões de tamanhos diferentes, mordendo pelo lado interno do aro. Com esta pegada, a partir dos pistões menores para os maiores, se consegue maior progressividade nas fantásticas desacelerações.

A maior esportividade e diferencial de suas irmãs fica mesmo por conta da carenagem do cockpit, guidões rebaixados ao nível da mesa superior e rabeta com cobertura do reduzido banco do garupa.

Ufa! O melhor de tudo fica na hora de colocá-la em movimento. O resultado superou a expectativa. A aproximação das curvas é radical, com poderosa frenagem de fazer soltar os olhos da cara, com total sensibilidade na modulação do piloto. Já dentro delas o comportamento é digno das melhores superesportivas da atualidade, denotando grande leveza, obediência e rara estabilidade. As saídas de curva são vigorosas, necessitando atenção para não termos cortada a ignição na faixa vermelha, em razão da rápida subida de giros.

Nas retas a melhor proteção aerodinâmica e o posicionamento mais deitado, garantem uns 20 km/h a mais na velocidade final, que pode chegar a 210 km/h. Já o consumo, com muita boa vontade, fica na casa de 15 km/litro, o que é bom para uma esportiva de 1.203cc.

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É isso aí, temos por aqui um espécime digno de compor o “Hall of Fame” das motocicletas terrestres, com relação custo-benefício difícil de encontrarmos na concorrência. O preço da esportiva era R$ 46.900 em São Paulo. Será que o nosso querido Brasil está mesmo entrando no Primeiro Mundo, apesar dos escândalos e incompetência dos nossos governantes?

Frente Nose-wheeling Painel

Em Interlagos Lateral esquerda Lateral direita