Publicidade

Na 37ª edição, o Rally Dakar tem muita história para contar e os números da principal competição off-road do planeta impressionam. A prova de 2015 reunirá 665 competidores de 53 nacionalidades, em quatro categorias. Serão 414 veículos, sendo 164 motos, 48 quadriciclos, 138 carros e 64 caminhões. Conhecido como o rali mais duro e perigoso do planeta, o Dakar dá largada na próxima semana, em 4 de janeiro, em Buenos Aires, na Argentina, e desafia os limites dos participantes, em uma jornada de 14 dias e mais de nove mil quilômetros pela América do Sul.

 

Marc Coma vence e amplia sua vantagem para o segundo colocado, Joan Barreda - foto de divulgação Dakar

Marc Coma foi o campeão da edição de 2014 do Dakar - foto de divulgação Dakar

Até o dia 17 de janeiro, quando a caravana retorna à capital hermana para a chegada, os participantes terão passado por 12 cidades, entre Argentina, Chile e Bolívia, e por inúmeras dificuldades, como as dunas do Deserto do Atacama, a altitude da Cordilheira dos Andes, o Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, entre outras. Apesar do longo trajeto, os pilotos terão tempo para descansar. No dia 10, os competidores das motos e quadris estarão de “folga” no acampamento de Iquique.

Publicidade

Motos e quadris precisarão passar por duas etapas maratonas, que somadas darão 2.925 km de trajeto total. A primeira será entre os dias 11 e 12, com início e fim em Iquique (CHI), após pernoite na Bolívia, em Uyuni. Já a segunda marca a saída da competição do Chile, através de Calama, no dia 14, descanso em Salta, já na Argentina, e conclusão em Termas de Rio Hondo, em 15 de janeiro.

Jean Azevedo, piloto da equipe Honda Racing de Rally

Jean Azevedo é o único brasileiro nas motos na edição de 2015 - foto: divulgação Honda

Para Jean Azevedo, brasileiro que disputará pela 17ª vez o Dakar, sendo a 14ª nas duas rodas (as outras três foram nos carros), todo cuidado é pouco. “Sem dúvida as etapas maratona serão as mais perigosas, mas temos que ter atenção em todas as especiais. É necessário ter um cuidado com a CRF 450 RALLY durante todo o rali, para que não tenhamos surpresas desagradáveis”, afirma o paulista de São José dos Campos, da equipe Honda South America Rally Team, que será o único brasileiro competindo nas motos.

Em 2014, o Dakar contou com um público de 3,9 milhões de pessoas, sendo 2,5 milhões na Argentina; 1 milhão no Chile e 410 mil na Bolívia. Um dos destaques foi a multidão reunida em Rosário para a largada promocional. Segundo estimativa da polícia local, cerca de um milhão de pessoas assistiram nas ruas à apresentação de todos competidores que encararam o desafio.

Publicidade
Roteiro do Rally Dakar 2015

Roteiro do Rally Dakar 2015

Cobertura de mídia e imprensa: Na última edição do Rali Dakar, 70 emissoras de televisão de 190 países distribuíram imagens da competição. Foram mais de 1.200 horas de cobertura, o que se estima um valor de 420 milhões de dólares. Cerca de dois mil jornalistas se credenciaram para o evento, que contou com o acompanhamento de 300 profissionais da comunicação durante toda a jornada.

Internet e redes sociais: O Dakar atrai apaixonados pela competição em todo o mundo. O site oficial conta com 78 milhões de page views e 7,2 milhões de visitantes únicos. São 4,6 milhões de vídeos assistidos. A página no Facebook reúne mais de um milhão de fãs. No Twitter são quase 170 mil seguidores; no Instagram, 35 mil e os aplicativos de celular contam com 508 mil downloads.

Impactos econômicos: Nos três países por onde passou em 2014, Argentina, Bolívia e Chile, o Rally Dakar promoveu ao todo um impacto econômico de 252,3 milhões de dólares. Segundo um estudo de 2013 sobre a sensibilização do público de sete países (França, Espanha, Holanda, Reino Unido, México, Austrália e África do Sul), mais de dois terços das pessoas disseram conhecer o Dakar. Desses, mais da metade afirmou que gostaria de viajar para alguns dos países-sede devido às imagens transmitidas.

Publicidade

Ações sociais e ambientais: Nos últimos cinco anos, o Rally Dakar compensa todas suas emissões diretas de carbono. Desde 2011, 460 mil dólares foram investidos no projeto “Madre de Dios” para reflorestamento da parte peruana da Amazônia. Cerca de 120 mil hectares de florestas já foram salvos. Outra ação é a “Um Techo”, focado na construção de moradias e um milhão de dólares foi doado pelo Dakar e seus competidores desde 2009.