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Colaboração de Felipe Ribeiro, publicado no blog Tô na estrada

Ouvi uma vez que “amigos são a família que a gente mesmo escolhe”. Taí uma verdade incontestável. E como em toda família cada um desempenha um papel diferente, mas de igual importância em nossas vidas.

Tem aquele “paizão”, que muitas vezes é chato e puxa nossa orelha quando estamos fazendo alguma coisa errada (ou pretendendo fazer). Outras vezes é incentivador das nossas maiores loucuras, mesmo sabendo que são loucuras mesmo e que podemos quebrar a cara.

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Cananéia ainda é um dos poucos lugares do sul do País onde se pode andar de moto na praia - foto de Júlio Recchia

Cananéia ainda é um dos poucos lugares do sul do País onde se pode andar de moto na praia - foto de Júlio Recchia

Tem aquele (ou aquela) do tipo “mãezona”, que quando a gente fala que vai pro outro lado do mundo, começa a enumerar os riscos que podemos vir a correr e só falta terminar a conversa com o tradicional “não esquece de levar bastante roupa que lá faz um frio”. Mas você percebe que a preocupação dele(a) é autêntica, é de coração.

Encontramos também o “tio(a) doidão” que, normalmente é uns dez ou quinze anos mais velho que nós, é aquele para quem sempre pedimos dicas e informações quando vamos nos enfiar em uma nova aventura. Ele já esteve lá, conhece alguém que já esteve ou conhece alguém que está lá. Digamos que ele seja nosso Google do mundo real.

As motos literalmente tomaram as ruas de Cananéia (SP) - foto de Juan Reol

As motos literalmente tomaram as ruas de Cananéia (SP) - foto de Juan Reol

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Tem aqueles(as) “brothers/sisters” que estão contigo pro que der e vier, seja coisa boa seja coisa ruim (e principalmente nas ruins eles são fundamentais). São seus parceiros de verdade, para todas as horas e é na mão deles que você confia seus segredos e sua segurança. Verdadeiros brothers in arms.

Tem outros que fazem o estilo “tia velha”, reclamam de tudo, colocam defeito em tudo, mas você não manda praquele lugar por respeito ou carinho, ou às vezes até manda, mas o cara não vai de jeito nenhum e você vai aguentando enquanto dá.

Parte das motos lotando o ferry-boat de Cananéia - foto de Juan Reol

Parte das motos lotando o ferry-boat de Cananéia - foto de Juan Reol

Tem o “primo mais novo”, aquele que admira tudo que você faz e tá sempre te perguntando “como foi”, “como faz pra fazer igual”, “será que eu consigo” e com isso você se sente o cara mais importante do mundo ao poder ajudar alguém, passar as informações que custaram, muitas vezes, muitos perrengues, algumas cicatrizes e ralados para conseguir.

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Tem o “primo de segundo grau” que parece muito com o “primo” acima, mas como tem menos intimidade conosco, prefere ficar ouvindo nossa conversa sem se manifestar, mas também sem piscar os olhos enquanto estamos falando.

E a última figura familiar é o estilo “avô”, que começa as conversas com “no meu tempo…” e, claro, no “tempo dele” era quase tudo melhor do que “hoje”. Só que muitas vezes o “vovô” esquece que é apenas cinco anos mais velho que nós… vai entender.

Por que toquei nesse assunto agora? Porque nesse feriado de Corpus Christi (de 2013) encontrei muitos membros dessa minha “família”, desses amigos, e também tive a oportunidade de consolidar amizades até então virtuais. Foi o 5° V.M.A.S. (Encontro da Comunidade Viagens de Moto América do Sul), realizado desta vez na cidade de Cananéia (SP).

 

Perfiladas na praia - foto de Júlio Recchia

As motos perfiladas na praia - foto de Júlio Recchia

Esse encontro foi o quinto de uma turma que se reúne virtualmente há quase sete anos. Mérito inicial do – infelizmente – “falecido” ORKUT (com as comunidade Grandes Viagens de Moto e em seguida, com a Viagens de Moto América do Sul,  e que mais recentemente passou a honra de reunir esses amigos ao Facebook (nos grupos GVM & VMAS). E que se reúne pessoalmente há três anos, sempre com novos “familiares” chegando a cada reunião.

Quero agradecer à todos com quem tive o prazer de estar nesse final de semana. Muitos “pais”, “mães”, “tios”, “tias”, “primos”, “avós” mas principalmente, muitos “irmãos”.

O motonliner Felipe Ribeiro enviou esse texto através de do link “Você no Motonline”. Participe você também!

Mário Sérgio Figueredo
Motociclista apaixonado por motos há 42 anos, começou a escrever sobre motos como hobby em um blog para tentar transmitir à nova geração a experiência acumulada durante esses tantos anos. Sua primeira moto foi a primeira fabricada no Brasil, a Yamaha RD 50.