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Abraciclo confirma otimismo com a recuperação do mercado de duas rodas

A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) divulgou hoje os números do mercado brasileiro de motocicletas referente ao terceiro trimestre do ano.

Segundo a associação, na produção, aumento de 9% sobre o segundo, e ligeira queda, de 2,3%, nas vendas para o mercado interno.

“Atingimos um equilíbrio depois das grandes oscilações do começo do ano. Agora é retomar o crescimento, aproveitando o aporte de verbas no mercado oriundo do 13º salário e da queda no desemprego, devido aos trabalhos temporários de final de ano”, afirma o presidente da entidade Paulo Shuiti Takeuchi, que também é diretor adjunto da fábrica de motocicletas Honda.

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O executivo comentou que mesmo com a recuperação, é difícil que o crescimento do setor chegue a dois dígitos. “A crise teve um impacto importante. O efeito mais penoso foi a redução do crédito”, admite. Por outro lado, essa dificuldade alterou o perfil comercial do setor: Se em 2008, a primazia era por vendas financiadas, este ano o consórcio e as vendas à vista ganharam expressão.

Um dos aspectos positivos, na visão de Takeuchi, foi que a indústria de maneira geral foi forçada a rever seus procedimentos em busca de ganhos de produtividade e eficiência.

Setembro – Os números de setembro, quando comparados com o mês anterior, também apontam estabilidade. As vendas em atacado não tiveram variação, se mantendo na casa das 147 mil unidades comercializadas, e a produção teve leve aumento, de 2,3%, passando de 154.714 para 159.075 motocicletas fabricadas.

Com relação aos emplacamentos, o mês de setembro também tiveram ligeiro aumento, de 2%, sobre o mês anterior. Foram 139.793 novas motocicletas nas ruas, contra 136.814 em agosto.

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As vendas ao exterior não apresentaram grande alteração. Em setembro foram vendidas ao mercado externo 26% menos motocicletas do que em agosto. No comparativo com setembro do ano passado a queda é de 71,5%.

Projeções – Segundo o presidente da Abraciclo, o setor deve encerrar o ano alcançando números semelhantes aos de 2007. “Esperamos comercializar 1.670.000 unidades e produzir algo acima de 1.650.000. São números próximos ao que havíamos projetado e anunciado no início do ano”, afirma Takeuchi.

Espera-se que sejam investidos R$ 14 bilhões no mercado ainda este ano por conta do aumento de liquidez graças ao 13º salário e à maior oferta de crédito.

Apesar da estabilidade do mercado, os números de 2009 estão muito aquém dos registrados em 2008, quando a economia estava em plena ascensão. Em comparação com setembro do ano passado, as vendas caíram 21% e a produção 24%. No acumulado do ano as perdas chegam a 33%.

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