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Setor de duas rodas sofre retração em Janeiro e vê com cautela o cenário futuro

O cenário econômico-financeiro mundial e a consequente dificuldade de crédito ao consumidor fez com que as indústrias de motocicletas ajustassem seus estoques à nova demanda. As vendas no primeiro mês de 2009 apresentaram redução de 2,5%

De acordo com os dados da Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – 74.295 unidades foram produzidas em janeiro, o que representa uma redução de 60,3% em relação ao mesmo mês de 2008. Se comparado aos dados de dezembro, a retração foi de 38,7%.

O principal motivo deste déficit é a diminuição de estoques nas fábricas e concessionárias , que se acumularam em função dos modelos 2008 e das quedas de vendas no ultimo trimestre.

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Acompanhando a mesma tendência, 96.794 unidades foram comercializadas em janeiro, o que significa diminuição de 2,5% em comparação a dezembro. No entanto, quando confrontados com os números de janeiro de 2008, a retração é de 43,9%.

Segundo a entidade do setor isto se deve à restrição do crédito aos consumidores. “Acreditamos que este panorama seja passageiro, principalmente porque estamos estudando medidas junto ao Governo para agilizar o sistema de crédito. Além disso, em momentos como este, as motocicletas se afirmam ainda mais como solução racional no transporte individual de baixo custo”, afirma Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo.

O setor acredita que as projeções de produção para este ano, ficarão mais visíveis depois do carnaval.

Exportações
Em janeiro 5.192 motocicletas foram comercializadas para o mercado externo. Isso significa um decréscimo de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e queda de 48,6% se comparado a dezembro de 2008, quando foram exportadas 10.109 unidades.

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Inspeção Ambiental Veicular
Em 2009, a inspeção ambiental veicular deverá ser feita em 2,6 milhões de veículos, incluindo as 770 mil motos registradas na cidade de São Paulo. A vistoria – obrigatória para todas as motocicletas, exceto as de motor dois tempos, – testa e analisa as condições e a quantidade de gases emitidos.

A Abraciclo entende que a iniciativa é válida e que a inspeção contribui para a melhoria da qualidade de vida do paulistano.

Como todo novo processo de oferta de serviço, que envolve um grande número de clientes, podem surgir problemas e imprevistos. A Abraciclo acredita que as dificuldades serão solucionadas. Além disso, a inspeção está apenas no início, e com um universo tão grande de motocicletas, qualquer avaliação neste momento poderá ser precipitada.