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Foto: Savage equipada

Foto: Savage equipada

Para atender pedidos de v rios leitores, aqui est  o teste da Suzuki LS 650 Savage, publicado originalmente em 1998. Um tanto defasada a Suzuki 650 Savage foi lan‡ada na Europa em 1986, ela tem como principal atrativo as dimensäes reduzidas e o pre‡o. Desde que as customs chegaram por aqui o mercado tem recebido modelos em todas as faixas de motoriza‡Æo. Tem as bicil¡ndricas, as quatro cilindros. em configura‡äes que variam do tradicional V ao inusual boxer. Mas s¢ agora chegou uma m‚dia cilindrada monocil¡ndrica.

Com a Suzuki LS 650 Savage o mercado ter  contato com a custom de maior motor monocil¡ndrico. Este motor ‚ o que primeiro chama aten‡Æo. NÆo s¢ pela dimensÆo. mas pelo aspecto incomum. As medidas internas sÆo 94 x 94 mm para diƒmetro e curso. o que ‚ conhecido tecnicamente como quadrado (mesmos valores para diƒmetro e curso). As aletas de arrefecimento aumentam ainda mais o cilindro. Em suma, ‚ um grande motor!

O estilo tem um ar de retr“. nÆo apenas pela moda custom ser assim mesmo, mas tamb‚m porque ele ‚ bem antiguinho. Pela idade do projeto (20 anos) ‚ compreens¡vel tantos componentes de metal cromado. Numa ‚poca ditada pelo uso do pl stico, chega a ser nost lgico ver tantas pe‡as de metal, como a tampa do compartimento de ferramentas. A explica‡Æo pode estar na pouca preocupa‡Æo com o peso, uma vez que o motor mono faz da LS 650 a mais leve de sua categoria, com 160 kg (seco) contra 200 kg da Honda Shadow 600.

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Foto: VersÆo amarela, mais rara

Foto: VersÆo amarela, mais rara

Pelas suas caracteristicas de boa dirigibilidade, a Savage se adapta muito bem ao uso urbano. Quer dizer, seria muito mais f cil se (novamente) o projeto fosse atualizado. Por exemplo, a suspensÆo traseira com dois amortecedores, mesmo na regulagem mais macia, ‚ dura como dois tocos de madeira. Parece exagero, mas ‚ realmente dura e a suspensÆo dianteira acompanha a rigidez. Est  certo que os donos de motos custom precisam se acostumar a esta caracter¡stica, faz parte do modo selvagem e custom de ser, mas a Suzuki chegou a um extremo com a Savage, fazendo com que cada buraco se transforme num golpe para a coluna.

A altura do banco ao solo (690 mm) ‚ uma das menores entre as custorns e representa uma vantagem para os motociclistas de baixa estatura, ou os que se sentem mais seguros colocando os p‚s bem plantados no chÆo. As pedaleiras, como de costume, ficam … frente, mantendo o piloto numa posi‡Æo c“moda.

No trƒnsito urbano ela se desvencilha facilmente entre os carros, passando com .
o guidÆo por cima dos espelhos. O baixo peso e a pequena altura tomam a Savage numa custom muito mais cidadÆ do que estradeira. Como se nÆo bastassem estas qualidades, o motor mono traz a agrad vel vantagem de responder prontamente desde as baixas rota‡äes

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Os sinais do tempo estÆo presentes em mais dois itens: as pedaleiras do garupa presas ao quadro el stico e o freio traseiro a tambor acionado por cabo. No primeiro caso, quem paga o pato ‚ aquele indiv¡duo cada vez mais esquecido pelos projetistas, o excelent¡ssimo garupa. Seja amigo, amiga, namorada, esposa, mÆe, filha, qualquer grau de parentesco ou amizade, seu relacionamento poder  ficar seriamente comprometido se convidar para um passeio num percurso com muitos buracos.

O que salva o garupa ‚ o encosto, que ajuda a melhorar a fixa‡Æo do corpo, mas as pedaleiras na balan‡a traseira fazem os p‚s saltitarem e at‚ escapar perigosamente.  um item que merecia um acess¢rio opcional. At‚ as pequenas 125 custom tˆm pedais do garupa presos ao quadro fixo.

J  o acionamento do freio traseiro por cabo era muito visto nas motos de corrida dos anos 70. Este sistema nÆo consegue apresentar uma s¢ vantagem funcional sobre a velha e boa vareta. O cabo ainda est  sujeito a quebras por desgaste, enquanto a vareta ‚ praticamente inquebr vel.

Por outro lado, o sistema de transmissÆo por correia dentada da Savage ‚ tÆo superior … corrente tradicional que deveria ser utilizado em larga escala em todos os modelos custom. Veja s¢ as vantagens deste tipo de transmissÆo: ‚ mais silencioso, mais limpo, dura mais e custo equivalente … corrente. Explica-se: uma correia custa cerca de R$ 500, enquanto uma corrente custa cerca de R$ 130. Mas a correia dura at‚ quatro vezes mais que uma corrente. E ainda exige pouqu¡ssima manuten‡Æo.

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Um bom programa ‚ viajar com a LS 650 Savage. Uma estrada bem lisa ‚ pr¢pria para se desfrutar o motor el stico que apresenta o torque m ximo (4,7 kgf.m a 3.400 rpm) em baixa, fazendo com que o cƒmbio de cinco marchas quase nÆo seja solicitado. O guidÆo largo e alto permite relaxar, mas nÆo muito, porque ‚ preciso aten‡Æo nas curvas para nÆo raspar as pedaleiras no chÆo.

Os comandos sÆo b sicos de custom, com punhos de liga leve polidos. As alavancas de freio e embreagem sÆo macias e de boa ergonomia. Tamb‚m os freios seguem a receita b sica das customs com disco simples na frente (260 mm) de pin‡a de pistÆo simples e tambor atr s (160 mm), suficientes para garantir a tranqilidade dos motociclistas. Em termos de frenagem, a Savage fica totalmente dentro da m‚dia, percorrendo 38 metros para imobilizar-se a partir da velocidade de 100 km/h.

Seguindo outra tradi‡Æo desta categoria, o painel limita-se ao veloc¡metro, colocado embutido no tanque de gasolina (com capacidade para 11 litros). Mesmo pequeno, o tanque oferece uma boa autonomia, porque a Savage tem como uma das principais qualidades o reduzido consumo de gasolina. A m‚dia foi de 18,5 km/litro, mas passa facilmente dos 22 km/litro, moderando o acelerador e abusando das vantagens do mono cilindro el stico. Este motor de exatos 652 cm3 conta com eixo balanceador para reduzir as vibra‡äes.

Em teoria deveria funcionar, mas na pr tica percebe-se logo ao ligar que as vibra‡äes sÆo bem sens¡veis. Funcionamento liso nunca foi a principal caracteristica de um motor monocilindro. O desempenho fica aqu‚m das concorrentes. Ela acelera de O a 100 km/h em 9,9 segundos e atinge a velocidade m xima de 150 km/h.

De estilo e tecnologia um pouco superados, … Savage resta as vantagens do pre‡o competitivo, motor simples e transmissÆo silenciosa. Pode ser uma boa op‡Æo para quem gostou da Suzuki Intruder 250 e quer continuar neste segmento, porque ambas tˆm muitas semelhan‡as.

FICHA TCNICA
MOTOR – 4 tempos, monocilindro, 652cc (94 x 94 mm), 31 CV a 5.400 rpm, 4,7 kgf.m a 3.400 rpm; OHC, 4 v lvulas, arrefecido a ar. Taxa de compressÆo: 8,5: 1. Carburador Mikuni 40mm; C rter £mido. Igni‡Æo eletr“nica. Sistema el‚trico 12V – 14Ah. Partida el‚frica. Trans. Prim ria por engrenagens. TrnasmissÆo Final correia dentada. Embreagem multidisco em ¢leo; Cƒmbio 5 marchas.

QUADRO: ber‡o simples de a‡o; Susp.diant. garfo telesc¢pico (140 mm de curso); Susp. Tr s. dois amortecedores (80 mm de curso). PNEUS Radiais com cƒmera: Diant. 100/90-19; Tr s. 140/80-15. Freio Diant. um disco (260mm); Freio Tr s. tambor (l60 mm). Peso (a seco) 160 kg.

Dimensäes: Com. 2.180mm; Larg. 775 mm; Alt. 1.150 mm; Entre-eixos 1.480 mm; Alt. banco 690 mm; Dist. M¡n. Solo 135mm; Tanque 11 litros).