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Todo motociclista sonha em fazer aquela viagem especial com uma moto grande, sem restrição de caminho ou de distância. Todos certamente pensam fazer isso com uma moto de grande cilindrada, confortável, forte e com aquele espírito de aventura. Pois é de olho neste imenso potencial que todas as grande marcas tem suas grandes máquinas nos segmentos Bigtrail ou Supertouring.

Versys 1000 GT - A Kawasaki bigtrail para viagens e turismo

Versys 1000 GT – A Kawasaki bigtrail para viagens e turismo

As motos para esse tipo de aventura estão se multiplicando e até as menores, a partir de 250 cc encaram boas viagens e aventuras, mas são as grandes, acima de 600 cc que dão melhor conta dessa tarefa e povoam os sonhos de 10 entre 10 motociclistas. Motos para qualquer terreno e qualquer distância, para viagens por vários países ou até mesmo intercontinentais, por algumas semanas ou até por vários meses ou anos. Quantos relatos apaixonantes de viagens assim você já leu? E quantas vezes você já se colocou no lugar do feliz motociclista aventureiro?

Versys 1000 Grand Tourer da Kawasaki define uma classe à parte. Turismo com conforto e performance para as estradas de asfalto. Ela é uma destas novidades que pode entrar na lista de viagem de qualquer motociclista que está planejando sua própria viagem, sem medo de errar. Grande, potente, confortável e pronta para encarar qualquer distância e terreno….. quer dizer, qualquer terreno não exatamente. Se seu roteiro incluir algumas estradas de terra sem grande obstáculos, tudo bem. A Versys 1000 Grand Tourer não é uma bigtrail por definição. Mas a tecnologia está lá para ajudar a compensar algumas limitações.

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Na terra ela foi melhor do que esperado, restrição de potência e todo controle de tração para minimizar os riscos

Na terra ela foi melhor do que esperado, restrição de potência e todo controle de tração para minimizar os riscos

Em termos de projeto ela se aproxima muito das bigtrail legítimas e isso lhe proporciona uma capacidade de trafegar por ruas e estradas não tão perfeitas, como há no Brasil. Até um pouco de terra batida ela dá conta, com os pneus de asfalto e rodas aro 17″, desde que não encontre muito barro. Nessa hora você vai fazer uso do modo 3 do KTRC (controle de tração) e a posição “Low” para limitar a potência a 75% dos 118 cv em 9.000 rpm (e torque de 10,4 kgf·m a 7.700 rpm). Como você pode perceber, vai precisar.

Motor de 1043 cm3 proporciona mais torque e facilidade de conduzir na Versys 1000 do que na Z1000

Motor de 1043 cm³ proporciona mais torque e facilidade de conduzir na Versys 1000 do que na Z1000

A moto foi feita para ser uma bigtrail que preserva bem características estradeiras e se apronta facilmente a enfrentar desafios com uma receita simples. Pega-se o motor e chassi consagrados e à prova de tudo da Z 1000, adiciona-se suspensão de curso longo, um tanque de 21 litros e um banco confortável. O resultado é a Kawasaki Versys 1000 GT.

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Claro que outros detalhes foram mexidos para adequar ao tipo de uso mais versátil, como o próprio nome sugere. No motor por exemplo, a compressão foi diminuída de 11,8:1 para 10,3:1 e o perfil dos comandos de válvulas foram alterados para diminuir a altura e o tempo de permanência da abertura das válvulas. No câmbio, a relação foi alterada para maior facilidade em baixas rotações e poder trafegar em uma gama maior de velocidades. As duas primeiras marchas foram reduzidas e as quatro últimas alongadas para alcançar esse efeito. Resulta em maior controle nas baixas velocidades e maior economia e alcance com o mesmo tanque de gasolina. No nosso teste ela conseguiu fazer 17,4 km/litro, o que garante uma autonomia de 365 km, nada mau.

Versys 1000 GT, boas curvas pode-se fazer com ela e com muito conforto e segurança

Versys 1000 GT, boas curvas pode-se fazer com ela e com muito conforto e segurança

Botão de ajuste da pré carga da mola traseira

Botão de ajuste da pré carga da mola traseira, facilita regular a suspensão quando se adiciona carga

A suspensão foi toda reprogramada para o uso touring de longo curso. Oferece conforto e controle nas mais diversas situações. A frente invertida pode ser ajustada no retorno hidráulico e na pré carga das molas. Na traseira o ajuste também é no retorno do amortecedor e da pré carga que pode ser feito sem a necessidade de ferramentas, ajudando bastante a readequação da ciclística quando se adicionam malas, carga e passageiro.

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Para dar conta dessa suspensão e do uso mais repleto de impactos, o chassi recebeu reforços na estrutura que suporta o eixo da balança traseira e duas barras adicionais nas laterais do motor que além de reforçar a estrutura, já oferecida pelo motor, também oferece proteção contra impactos.

Na terra evite excessos, lidando bem com o peso e potência da moto a suspensão faz bem o seu papel

Na terra evite excessos, lidando bem com o peso e potência da moto a suspensão faz bem o seu papel

O rake foi diminuido e o sub chassi traseiro tem uma estrutura de tubos de aço treliçada para dar conta de toda bagagem que a Versys 1000 pode carregar. A moto tem capacidade de levar um total de carga útil de 220 kg e com o kit de malas há espaço suficiente para bastante bagagem.

Geometria próxima de uma pura estradeira proporciona confiança na pilotagem nas variadas situações

Geometria próxima de uma pura estradeira proporciona confiança na pilotagem em variadas situações

O chassi original da Z1000 recebeu modificações importantes para se adequar à nova finalidade

O chassi original da Z1000 recebeu modificações importantes para se adequar à nova finalidade

E em termos de geometria essa moto responde com um comportamento muito próximo de uma pura touring. O design inspirado em aventura se manifesta também com um desempenho coerente com o inesperado. Boas respostas aos comandos de direcionamento, mesmo com bastante carga e em piso irregular, mas sem comprometer o conforto e performance nas estradas sinuosas. A moto faz curvas e gosta de ser levada a extremos. Para isso ela conta com a opção de desligar todo controle de tração e inclusive o ABS. O modo “Full” de potência, com todos os 118cv, com boa parte deles já disponíveis em baixas rotações garantem diversão nos trechos mais sinuosos.

Controles à mão do piloto aumentam a segurança facilitando o acesso - O aquecedor de manoplas é eficiente para viagens mais frias

Controles à mão do piloto aumentam a segurança facilitando o acesso – O aquecedor de manoplas é eficiente para viagens mais frias

Uma boa instrumentação coloca todos esses recursos bem à mão do piloto. O botão de seleção das funções no punho esquerdo é providencial para garantir a versatilidade e no painel, o tacômetro analógico com a tela de cristal líquido providencia as informações de velocidade instantânea, nível de combustível, odômetro, dois medidores de “trip”, consumo instantâneo e médio, autonomia (range) e temperatura do ar externo. No painel todas essas informações são bem visíveis.

A posição de pilotar a Versys 1000 GT é bem natural, permitindo conforto tanto pela altura do banco em relação às pedaleiras quanto em relação à própria altura do assento. Uma pessoa de estatura média tem bom apoio no chão (altura do banco 845mm) até por causa da sua frente, bastante estreita. O guidão tem boa largura e o para brisa de altura regulável oferece a proteção importante para enfrentar grandes viagens com tempo ruim. Para um garupa, também o assento é muito confortável e permite bom posicionamento, apto a longas viagens.

Esta moto compete num segmento de peso onde a concorrência é fortíssima: BMW R 1200 GS, Yamaha XTZ 1200 Super Ténéré, Triumph Explorer XC, Ducati Multistrada, Honda VFR 1200X, só pra mencionar as com mais de 1000 cc, pois muitos consideram as “menores” como boas opções. Mas ela mostra que pode competir com boa chance de conquistar alguns consumidores. Se a opção for por uma aventura predominantemente por asfalto bom e ruim, sem necessidade de grande performance off-road, tudo com muito conforto para piloto e para garupa, com muito espaço para bagagem, a Kawasaki Versys 1000 GT é uma moto a se considerar.

Se você tem uma Kawasaki Versys 1000 Grand Tourer, opine sobre ela!
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Bitenca
Pioneiro no Motocross e no off-road com motos no Brasil, fundou em 1985 o TCP (Trail Clube Paulista). Desbravou trilhas em torno da capital paulista enquanto testava motos para revistas especializadas.