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Texto : Carlos (Bitenca) Bittencourt

Combustível, tanto faz.

Modelo importante pois é o primeiro que agrega a tecnologia bi combustível no mundo on-off road. O motor consagrado de 150 cc é o mesmo de antes, no qual foi introduzida a injeção eletrônica com modificações para aceitar qualquer proporção de álcool junto com a gasolina, mas há algumas limitações. Em certas condições de temperatura o sistema avisa que necessita de mais gasolina na mistura acendendo uma luz no painel.

Acabamento impecável

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A estética dela é extremamente moderna e lembra os modelos de motocross da marca, mas também com vários toques angulosos que inspiram movimentos, um belo trabalho digno de um artista plástico. Andando com ela na rua verificamos como chama atenção. O acabamento padrão da marca é irrepreensível.

Moto que recebeu o primeiro cubo cônico de freio dianteiro da Honda em 1972

Porque testamos o modelo ES? Vamos explicar. Claro que o mais caro e desenvolvido vem equipado com freio a disco, o modelo ED, mas achamos importante dar um testemunho desse freio a tambor que equipa várias das pequenas Hondas. Ele surgiu equipando a XL250 Motorsport em 1972 e foi referência no off road por muitos anos pois resolvia o que era um problema na época, os freios a tambor molhavam a lona em pequenas poças de água e perdiam eficiência por causa da poeira que ficava presa por dentro, mas esse que equipava a XL não. Até o surgimento dos discos compatíveis ao todo terreno esse foi a referência na indústria, o cubo cônico. A aplicação em motos mais leves que aquela original traz mais vantagens ainda, pois ele funciona com folgas. A manutenção é necessária, como em todo freio a tambor, pois ele tem que ser mantido limpo e lubrificado, mas nesse caso fica bastante reduzida e com certeza o custo do produto fica melhorado podendo ser oferecido um preço final mais vantajoso para o mercado também. Explicadoo freio vamos ao resto do teste.

O Motor, já equipa outras motos da marca e é bastante conhecido. Tem resposta muito linear e quase não se nota diferença no desempenho, quando se usa apenas álcool. Para verificar a compatibilidade insistimos, mesmo recebendo os avisos para completar com gasolina, com uma alta concentração de álcool e a moto pegou bem pela manhã, em temperatura na ordem de 19° C. E o câmbio, realiza as trocas rápidas e precisas aproveitando bem a elasticidade do motor. Em baixas rotações pode-se usar marcha relativamente alta que o motor acelera com suavidade até o fim da rotação máxima. Como não tem conta-giros um mapeamento da marcha ideal impresso no velocímetro seria de boa ajuda para manter o motor na sua faixa ótima de rotação, norteando o piloto qual o melhor momento para troca, tanto para cima quanto para baixo.

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O chassi oferece muita segurança em curvas rápidas e mesmo em terreno bastante acidentado contorna as curvas, com bastante agilidade. A posição do piloto é bem relaxada permitindo bom espaço e conforto para um garupa. A ergonomia, própria para on-off road favorece bem a posição sentada mas ainda assim permite boa manobra de balanço, em pé nas pedaleiras, para melhor absorção dos impactos em trajetos mais acidentados. Falta o protetor de cárter que numa trail é essencial e uma peça plástica faria o serviço sem encarecer demais o produto.

Amortecedor conectado diretamente na balança

A suspensão dá uma segurança a mais na pilotagem porque proporciona um bom amortecimento, sem provocar reações indesejadas no chassi, dentro de suas limitações. Mas a conexão direta do amortecedor com a balança, sem o sistema pro-link® e com a utilização de um amortecedor linear, faz com que não haja progressividade adequada e a traseira responde com um pouco de rispidez, principalmente no início do curso. Com garupa esse efeito não é percebido. No geral se mostrou uma motocicleta muito competente, de estilo moderno que agrada bastante.

Filtro de ar de fácil substituição poderia ser de espuma lavável.

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Econômica, com o sistema Mix pode ser de mais valor ainda para a natureza, que com certeza agradece.

No geral se mostrou uma motocicleta muito competente, de estilo moderno que agrada bastante. Econômica, com o sistema Mix pode ser de mais valor ainda para a natureza, que com certeza agradece.

Nesse teste fizemos uma avaliação inédita no mercado de motos Flex. Para cada motor há uma taxa de eficiência termodinâmica que envolve vários aspectos. Adicionando a variável do tipo de mistura Alcool-Gasolina, temos um grande desafio para resolver qual será essa mistura ideal para maior economia. Diz-se que a partir de um valor do álcool 30% mais baixo do que o da gasolina, o uso do álcool compensa. Mas isso não é o bastante porque há infinitas graduações ou concentrações dessa mistura, álcool-gasolina possíveis e além disso a Bros Mix não aceita bem o álcool puro. Aquela luz no painel acende solicitando que se adicione gasolina.

Consumo Mix:

Ficha Técnica:

Avaliações:

Bitenca
Pioneiro no Motocross e no off-road com motos no Brasil, fundou em 1985 o TCP (Trail Clube Paulista). Desbravou trilhas em torno da capital paulista enquanto testava motos para revistas especializadas.