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Foto: Cardan no Dakar - Divulgação BMW

Foto: Cardan no Dakar - Divulgação BMW

A pergunta que irei fazer é uma dúvida que surge nos fóruns de difícil resposta Em motocicletas em que sua aplicação é desenvolvida para utilização em off-road a transmissão secundária deve ser por corrente? Um exemplo é por que a KTM 990 Adventure não utiliza um outro tipo de transmissão secundária que ofereça menos manutenção? Marcelo, 31, Chapecó, SC

R: De fato Marcelo, as motos off-road exigem muito das transmissões mas não há outra restrição ao uso do eixo cardan, a não ser o peso do conjunto, o custo de fabricação e as perdas de energia. As BMW boxer que competiam no Dakar, muitas vezes vitoriosas usavam a transmissão desse tipo, como nas GS, opção tradicional da marca. A configuração mais usual de motor transversal com embreagem na carcaça lateral do motor e acoplamento do câmbio à roda por meio de corrente permite perdas menores pois mantém todos os eixos paralelos, sem ter que mudar o eixo de rotação. Um sistema de coroa e pinhão ou semi-rosca-sem-fim provoca perdas por meio de atrito que numa moto de competição não é desejável.
Os eixos transversais também trazem vantagens na ciclística da moto pois o momento de torque sempre pode ser utilizado como um fator de correção de trajetória e equilíbrio. Tantos experimentos fazem as fábricas no sentido de
otimizar o veículo, veja a BMW G450 X que tem o sentido de rotação do motor ao contrário para forçar a frente para baixo nas acelerações e o eixo do pinhão no mesmo centro do eixo do movimento da balança para neutralizar as forças parasitas do chassi. Também a nova Yamaha YZ 450 F que mesmo tendo o motor girando no sentido normal, tem o cilindro virado para trás, concentrando as massas para melhor maneabilidade.
As BMW e as Guzzi de cardan, têm todos os eixos virando no mesmo eixo, mas é longitudinal e apenas uma coroa e pinhão faz a conversão necessária ao movimento da roda motriz. Outras configurações de motor transversal e eixo cardan podem exigir mais de um sistema de coroa e pinhão que custa caro em termos energéticos, se não de processo de fabricação. Mesmo assim, hoje são bastante utilizados nas custom principalmente, por exigirem menos manutenção e por manterem a moto mais limpa. Abraços


Tenho tido proplemas com o retificador da boulevar c-1500, alem de ser uma peça cara ,muitas vezes ja vem com defeito, sera que algum colega nao sabe se de outra moto da certo ou conheçe alguem que recondicione corretamente, abraços. Frederick, 50, Blumenau, SC.

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Foto: Embreagem Cesta e cubo gastos - Bitenca

Foto: Embreagem Cesta e cubo gastos - Bitenca

R: Frederick, seu problema deve estar além do retificador. Ele é punido se houver alguma outra coisa errada no circuito da sua moto. Uma bateria
defeituosa, um consumo excessivo por causa de acessórios mal dimensionados ou no próprio gerador podem fazer com que ele não dê conta do serviço e queime. Pela especificação elétrica dele você pode escolher de outra moto sim. Verifique a corrente de serviço dele (em amperes) que seja igual ao seu. Vai ser equivalente se o gerador tiver a mesma capacidade também. (em Watts). Mas tenha certeza que não há outra causa para a queima do regulador. A corrente de carga da bateria deve ser suficiente, você deve verificar uma corrente de carga de 150 a 500 mA quando a voltagem dela estiver um pouco abaixo de 12V. Se estiver com defeito, (resistência interna da bateria muito alta) a corrente de carga cai bastante e o regulador sofre por tentar empurrar a energia. Você repara que os conectores ou os fios dele esquentam muito porque a corrente flui entre o gerador e o regulador somente, então troque a bateria. Com o motor funcionando meça a voltagem da bateria (perto de 5000 rpm) que
deve estar entre 13,5 e 15,5 volts. Caso contrário verifique o gerador e retificador. No manual de serviço da sua moto há tabelas de resistência
entre os terminais dos dois componentes para fazer essa verificação. Se os acessórios consumirem um excesso de corrente a conseqüência é a mesma, o regulador tem que empurrar muita corrente para repor a energia consumida e ele pode não agüentar. Tenha certeza que a potência dos acessórios não exceda o que especifica no manual. Abraços.

Ok, obrigado, o que esta acontecendo na realidade é que coloquei outro no lugar apos colocar varios e o retificador fica tao quente que mal da para segurar na mao alem dos fios e para bateria so vai 11.6 de carga, muito pouco, ando com ela e quando vejo a bateria ja esta quaze sem carga, agora vou pegar um retificador de outra que esta funcionando bem e ver se acontece de aquecer e nao mandar carga, ja que o estator e todas as peças foram testadas e estao perfeitas, isso ja tirou o sono de muito mecanico a qui na cidade, ser der tudo certo lhe aviso, desde ja muito obrigado

R: Pois é, essa medida de 11,6 volts na bateria em carga, se todo o resto está bem, é uma indicação de que a resistência interna da bateria está muito alta e o retificador esquenta porque tem que dissipar toda energia que a bateria não aceita. Faça a troca que tudo se resolve.

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Ola galera do motonline!!! Colegas estou com uma duvida,não me deixou dormi essa noite, comprei um kit de embreagem original completa mas minha moto ficou a mesma coisa queria uns toques para saber se o cara que colocou mesmo a enbreagem nova na minha moto? tem como eu saber isso? valeu galera ficarei no aguardo!!! David, 28, São Paulo, SP.

R: É possível sim, David. Ao se desgastarem os discos de embreagem perdem a espessura ideal, fazendo com que ao serem empilhados a altura total fica menor e assim as molas não atingem a pressão ideal para cessar o deslizamento do conjunto. Quando você troca apenas os discos a dimensão ideal é reestabelecida mas só isso pode não ser suficiente. Esses discos, tanto os de fibra como os de aço (ou alumínio, dependendo da moto) batem nas laterais das abas da campana e do cubo interno, onde são encaixados os de metal. Com o tempo, a superfície dessas peças ficam amassadas pela ação dessas batidas, de tal forma que em movimento, mesmo com a embreagem acionada ela continua agarrando, não soltam totalmente, porque os discos ficam presos na depressão na superfície de contato, tanto na cesta externa quanto nas estrias do cubo. No momento em que você quer que ela prenda, essas depressões podem também impedir o travamento pelo mesmo motivo. Os discos ficam deslizando porque ao receber a tração eles se abrem porque a força lateral é transformada em vertical por causa do ângulo da deformação das peças, você até sente o manete duro e/ou pulsando no acionamento por causa disso. Em algumas motos, de competição ou mais potentes e caras há um tratamento de superfície nas peças de alumínio que são anodizadas para ficarem mais duras mas essa camada também pode ser desgastada e então o que se pode fazer é desbastar as garras da cesta da campana e as estrias do cubo para ficarem lisas. É um paliativo porque sem a camada protetora o desgaste vai ser mais rápido, mas fica mais barato do que trocar as peças toda vez que forem trocados os discos. Porém nas motos mais baratas não há esse tratamento e o desbaste fica mais fácil. Mande verificar essas peças da sua moto, não costuma-se trocar junto com o kit de discos mas devem estar marcadas e é isso que impede o seu funcionamento perfeito. Abraços.