Ela é toda inglesa, traz várias das características e sofisticações das melhores marcas tradicionais da indústria de veículos britânicos. A última fábrica, ainda nas mãos de proprietários ingleses, mostra ao mercado brasileiro toda classe e nobreza de uma moto que não deve nada a qualquer outra da sua categoria. Luxo, tecnologia e conforto se aliam à performance dessa moto, a Triumph Trophy se coloca entre as melhores escolhas que a indústria de motocicletas pode oferecer, ao preço sugerido de 79,9 mil reais.
Quando três é mais – As Triumph têm sido caracterizadas pela adoção do motor três cilindros em linha transversal.
Essa concepção não é nova e foi inicialmente utilizada pela Triumph/BSA com a Trident/Rocket III 750. Ela tinha um motor OHV arrefecido a ar, fabricado ainda em Meriden, antes do “renascimento” da fábrica em Hinkley. A partir dai, os motores modulares utilizados nas motos de então, compartilhavam três ou quatro cilindros iguais, de 250cc ou 300cc apenas variando o curso, que era de 55mm para os 250cc e 65mm para os 300cc.
Começaram a ser produzidas em 1990 e apresentadas no salão se Colônia naquele ano. Os modelos Trophy 1200 e 900 tinham quatro ou três desses cilindros de 300cc com pistões de 76mm de diâmetro e 65mm de curso. Porém, em 1997 as “four” começaram a ceder espaço para as “triples” que faziam mais sucesso em toda linha e desde 2004 apenas dois e três cilindros são utilizados nos motores das motos Triumph.
A disposição em três cilindros em linha oferece a oportunidade de se aproveitar as dimensões reduzidas em largura, importante para uma motocicleta, aliando o grande potencial de torque oferecido pelo tipo de angulação na distribuição dos pulsos propulsores no virabrequim. Essas qualidades acabaram por fazer com que descontinuassem as de quatro cilindros.
Apenas no ano de 2013 a Trophy 1200 voltou, com três cilindros e transmissão por cardan. Com a mesma construção mecânica da Tiger Explorer, ela conta com uma roupagem Turismo, com toda eletrônica embarcada que essa configuração merece, desde o monitoramento da pressão dos pneus até o piloto automático, ou sistema de suspensão ativa. Ela evoluiu de uma Esporte turismo para uma moto Turismo de luxo, com boa dose de esportividade.
Para merecer esse título ela vem com itens que proporcionam conforto para piloto e garupa, praticidade em aplicações de muita tecnologia. Ela permitiu determinar intervalos maiores entre as revisões, tanto que toda tecnologia disponível na empresa foi colocada nesse modelo.
O motor, compartilhado com a Tiger Explorer recebeu modificações importantes para se adequar às características da Touring. O acelerador “ride by wire” (acelerdaor eletrônico) tem uma curva de aceleração distinta e a injeção um mapeamento diferente para uma curva de torque mais distribuida nas rotações importantes, logo acima da marcha lenta, até o limite em 9.500 rpm. Resulta em grande facilidade na condução.
O sistema “ride by wire” oferece uma pronta resposta do motor que se mostra mais adaptado às condições de pilotagem e do percurso. Mais economia e controle das emissões e um intervalo de 30 mil quilômetros entre as regulagens de válvulas.
Todo painel foi elaborado para oferecer conforto e o máximo de facilidade na operação da motocicleta. Todos os comandos estão à mão e as opções de configuração facilmente identificadas no display.
Botões dos punhos fazem as mudanças nos controles.
Para a suspensão há o sistema eletrônico (TES) que sobre três condições de pilotagem: conforto, normal e esportiva, você pode configurar três outras condições de carga. Piloto somente, piloto com carga e piloto com garupa, com ou sem carga, fazendo um total de nove opções.
Além disso, você pode ajustar a altura do para brisa e do farol, eletricamente. Ao desligar a moto ele volta para a posição mais baixa e ao ligar novamente ele retorna à posição ajustada anteriormente. De acordo com as suas preferências, você pode salvar todas as suas escolhas dos diversos sistemas em duas memórias distintas, para acesso rápido. Quando sua condição mudar, simplesmente selecione a segunda memória, sem necessidade de reprogramar tudo.
Uma fixação engenhosa foi feita para as malas laterais, a TDLS (Triumph Dynamic Load System). Nelas há liberdade de movimentação para que a massa, (10 Kg ou 31 litros em cada mala que usa a mesma chave da moto) ou o peso da bagagem não interfira demais na pilotagem. Ao jogar a moto de um lado para o outro as malas permanecem imóveis, no limite de 5 graus, até que a moto se estabilize novamente. Simples mas muito efetivo, apenas com cinco graus de liberdade a pilotagem promete ser muito mais leve, mesmo com toda carga sobre as malas. Os pneus são de 190mm de largura na traseira e 120 na dianteira, e 51% de todo peso da motocicleta recai sobre essa roda. Grande capacidade de carga (a maior da categoria, segundo a fábrica), completam as características essenciais para uma boa viagem, mesmo carregada e com garupa.
Freios de quatro pistões em discos duplos na dianteira são acompanhados de um freio simples na traseira, combinados hidraulicamente e com ABS.
Ao aplicar o freio dianteiro a pinça dianteira esquerda recebe pressão nos dois pistãos mas a direita recebe pressão em apenas um dos pistões. O segundo funciona parcialmente, ao receber pressão sobre o pedal traseiro. Quanto maior a pressão sobre esse pedal maior será a pressão transferida para a dianteira, sendo que o aumento da pressão sobre a pinça traseira é menor do que o aumento sobre a pinça dianteira. Há uma válvula que divide a proporcionalidade dessas funções, sem adição de qualquer componente elétrico.
Sistema de audio completo com conexão para vários sistemas, dois canais de bluetooth, com controle dinâmico de volume e curva de resposta, provisão para montagem de sistema de GPS