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O que nasceu de um sonho virou realidade para Cézar Fuchs, motociclista gaúcho. Em 1986, durante uma viagem a Buenos Aires, Cézar folheou uma revista de motos e imaginou que poderia fazer roupas de couro para motociclistas no Brasil, já que tinha bom conhecimento sobre a tecnologia para manipulação de couro.

Cézar Fuchs em Tacna, no Peru

A idéia foi tomando corpo e após alguns experimentos, com uma pequena equipe de profissionais acreditou em seu sonho e no mercado. Em 1999 se associou a BannyPel dando inicio a fabricação da linha de roupas para motociclistas. Hoje com sua marca própria – TACNAclothes for riders –, segue produzindo as roupas sob medida e personalizadas, uma característica peculiar dos motociclistas mais exigentes e do próprio mercado que permanentemente apresenta inovações tecnológicas e aprimoramento constante com o propósito de oferecer aos consumidores um produto seguro, confortável e exclusivo.

Roupa adequada e sob medida propicia completa liberdade de movimentos e segurançaFuchs explica que optou por personalizar as roupas e não produzi-las em série por uma razão muito simples. “O brasileiro é uma mistura de raças e assim o motociclista com tamanha variação antropométrica poderá sentir-se desconfortável com uma roupa de tamanho padronizado”. A idéia de Fuchs é que a roupa seja uma segunda pele com objetos e proteções que estejam ajustadas ao corpo do motociclista e que cumpra sua finalidade em eventuais acidentes.

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Para se ter uma idéia do nível de aprimoramento na confecção de um conjunto para o motociclista, a TACNA obtém 18 ou mais medidas no corpo do (a) motociclista, as quais podem ser feitas pelo próprio cliente com as indicações contidas no site da empresa. Curiosamente, na confecção de um conjunto utiliza-se em média “um boi e meio”, ou seja, seis metros quadrados de couro Vacum. E desde 1998, a empresa confeccionou apenas duas roupas com as mesmas medidas, comprovando assim a diversificação do motociclista brasileiro.

André Garcia e seu macacão feito nas medidas exatas: conforto

O que garante, também, a satisfação do cliente é o atendimento diferenciado, ou seja, além da preocupação com as medidas a ele pertinentes, pequenos detalhes como o bordado de seu nome e outras inscrições aplicadas na roupa fazem a diferença, como exemplo a etiqueta interna com a inscrição: “Feito especialmente para…”. Nenhum produto criado pela empresa é feito sem ser testado pelo proprietário. “Quero sentir o que meu cliente vai sentir”, afirma Cézar.

Após o "amaciamento", ajuste gratuito no macacãoO nome TACNA tem um significado indígena: Águia Dourada. É também o nome de uma cidade peruana fronteiriça com o Chile, a qual Cézar conheceu em uma das viagens de moto a Machu Picchu no Peru. Além de empresário, Cézar viaja de motocicleta em média 30.000 km por ano e já realizou várias viagens ao exterior. Com sede em Igrejinha (RS), além de roupas a TACNA também oferece underwear e diversos acessórios como malas de tanque, protetores de coluna, botas, luvas e alforjes. Os projetos futuros incluem o desenvolvimento do colete de alta visibilidade para motociclistas profissionais, aguardando homologação no Inmetro.

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Porque escolhi equipamento sob medida

Antes, quero relatar um acidente que sofri e que deixa clara a importância de utilizar equipamento adequado para andar de motocicleta. Se eu não os tivesse usando, talvez não estivesse aqui para contar esta história.

Luva: um dos equipamentos indispensáveis

Era um dia quente e o asfalto estava escaldante. Vinha de São José dos Campos pela Rodovia Ayrton Senna e decidi pegar um caminho mais agradável e curto pela Rodovia Índio Tibiriça, sentido São Bernardo do Campo, onde residia. Neste trecho, estava a 80Km/h e um cachorro saiu do mato, já que não tinha acostamento, avançando na rodovia. Eu acelerei e um outro cachorro pulou na rodovia. O cachorro tinha o tamanho de um labrador e eu o acertei bem no meio. Perdi o controle da moto, caí e arrastei alguns metros. O choque foi tão forte que entortou o chassi da moto. Bota, luva, jaqueta, calça deu PT. A luva é mantida guardada para mostrar que o protetor impediu que eu quebrasse o pulso.

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Em conversa com meu amigo Laner Azevedo, jornalista especializado em assuntos motociclisticos, comentei a vontade que tinha em adquirir um macacão de couro para pilotar em autódromos ou mesmo viajar. Foi quando ele me indicou a Tacna. Mesmo conhecendo o perfil exigente do Laner e confiando em sua indicação, preferi fazer minha própria investigação e fui pesquisar os produtos da Tacna.

A luva recuperada: exemplo para não esquecer

Consegui manusear um macacão e uma jaqueta, ainda com a marca antiga, e percebi que realmente o produto estava dentro das minhas exigências e nada devia para os macacões feitos em série ou produção de marcas famosas.

Gordo, magro, atlético, não importa o seu tamanho ou formato. É muito importante o equipamento que será utilizado em peça única ou duas peças ser sob medida. Basta fazer um passeio nos “points” de final de semana para ver a quantidade de gente que utiliza macacão de couro erroneamente, com sobras, dobras indesejáveis ou mesmo um pouco justo, tirando a liberdade de movimento do usuário.

Apesar de os pilotos de MotoGP utilizarem macacão de marca famosa, todos eles, sem exceção, utilizam macacão sob medida. Então, qual a vantagem de se comprar o macacão da Tacna em relação a todas as outras marcas? A principal vantagem é que será feito exatamente para o seu corpo.

A Tacna utiliza um padrão de qualidade para materiais, costura/acabamento, construção e segurança que não fica atrás de qualquer outra marca conhecida do mercado. Outra vantagem: o couro tende à lacear um pouco. Quando isso acontecer, basta você enviar seu macacão para a Tacna ajustá-lo, sem qualquer custo a mais por isso.

Finalmente, confiei no produto Tacna porque ele é feito e supervisionado por um motociclista que conhece – Cézar Fuchs. Ou seja, roupa de motociclista produzida por motociclista.

 

Obs.: Para facilitar a discussão sobre esse assunto, além da área de comentários abaixo, criamos um tópico no fórum para os motonliners que preferem este formato. Clique aqui para acessar o tópico.

Fotos: Acervo Tacna e arquivo particular do André e C. Cordiolli.