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Por Eugênio Campos

Sou mecânico de motos e outro dia de manhã dei uma esticada até Vila Velha (ES) para buscar o estator de Falcon, que havia deixado para recondicionar. Na verdade pegar o estator era apenas o ápice da saída, pois tinha um trilhão de coisas para fazer pelo caminho.

Garota "marinheira de primeira viagem" colocando-se em risco no trânsito pesado

Garota "marinheira de primeira viagem" colocando-se em risco no trânsito pesado

Logo que entrei na BR 101, vi um “bolo” de motos e carros mais à frente. Como aquele trecho está cheio de “pardais” espiões (radares), a galera reduz um pouco a velocidade por ali. Mas na verdade o motivo do “bolo” era uma mulher pilotando uma CG 150, com toda pinta de “marinheira de primeira viagem”, moto recém-comprada, segurando o trânsito.

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A cidadã ia pela faixa da esquerda (são duas faixas naquele local), a 60 km/h e às vezes menos. O espelho retrovisor dela era daquele tipo inútil, que só mostra os ombros de quem pilota. Seria melhor ficar sem. Nos pés uma sandália, calça justaça e camisa mais justa ainda. Mesmo que não estivesse rodando devagar, de qualquer maneira estaria parando o trânsito.

Já me preparava para chegar junto, com todo respeito (sou um cara casado, seus mentes poluídas), para pedir que ela mudasse para a faixa da direita liberando assim o fluxo, e também para recomendar a compra de outros retrovisores (eu tinha certeza de que ela não enxergava nada que vinha atrás), quando um manézão de CB 300 veio acelerando e, percebendo tratar-se de uma mulher, jogou a moto para cima da garota, tirando uma fina, fazendo graça.

Só que na hora a garota resolveu mudar de faixa, sei lá, balançou a moto, e a fina que o cabra pretendia tirar QUASE virou uma grossa. Os dois tomaram um susto da “moléstia” e faltou pouco, muito pouco mesmo, para que ambos comprassem um terreno em plena BR 101. Os guidões quase tiraram tinta um do outro, coisa que não se faz em hipótese alguma com outro irmão motociclista.

Deu vontade de repetir a “brincadeira” com o idiota. Grudar nele com a XT 660 e fazer o cabra suar e berrar antes do abate. Mas…, lembrei que hoje sou um Old Biker e não um Bad Biker como nos anos 70/80. E deixei o trouxa seguir o seu rumo.

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Fica a dica: Se você é um desses “meia pataca”, que acha divertido tirar onda com outros e outras motociclistas pelo trânsito, lembre-se que logo atrás de você pode vir um Velho Biker que goste de se divertir com bobocas que pensam que sabem tudo.