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O piloto italiano Valentino Rossi está no Brasil e no final da tarde de ontem, 15/3, sexta-feira, conversou com jornalistas e participou de uma conturbada e concorrida atividade promocional da Yamaha para seus concessionários. O nove vezes campeão do mundo veio ao Brasil para diversos compromissos comerciais, dentre eles este, que a Yamaha aproveitou para fazer o lançamento da sua linha Factor 2ª Geração 2014.

Valentino Rossi: carisma, talento e alegria para vencer

Valentino Rossi: carisma, talento e alegria para vencer

Claro que o esforço da Yamaha em colocar a “nova” moto no foco foi ofuscado pelo brilho e carisma do piloto italiano. Até uma Factor Racing Blue #46 estava exposta, ao lado de uma R1. Também na mesa da entrevista sentaram-se o presidente da Yamaha, Shigeo Hayakawa, e o diretor comercial da Yamaha, Márcio Hegenberg Jr. Até as perguntas foram filtradas e feitas ao piloto pela assessoria de imprensa da Yamaha para poder encaixar algumas dirigidas aos executivos da empresa e não causar constrangimentos. Afinal, todos ali estavam interessados em falar com Valentino Rossi, piloto nove vezes campeão do mundo.

Factor #46: fora do foco

Factor #46: fora do foco

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O piloto da Yamaha Racing foi também na fábrica da Yamaha, em Guarulhos, onde experimentou a nova Factor. “É uma moto que se vende muito aqui no Brasil e é o volume de venda dela que permite que a Yamaha produza máquinas grandes como a R1, por exemplo”, respondeu o animado “Vale” que não deixou nenhuma pergunta sem resposta. Quer dizer, todas que foram feitas ele respondeu, mas nem todas que foram inscritas para serem feitas foram feitas. Foi o caso do Motonline. A pergunta era sobre a forte presença de pilotos espanhóis com muito talento que surgiram ultimamente e a que ele atribuía esse fenômeno. Ficamos sem a resposta do Valentino.

Sobre a possibilidade de uma etapa da MotoGP no Brasil em 2014, ele disse que conheceu a pista do Rio de Janeiro (Jacarepagua) em 2004. “É uma bela cidade mas agora precisa de uma bela pista”, brincou. Valentino disse que torce para que a FIM coloque uma etapa brasileira no calendário. “Quem sabe surge outro Alex Barros”, disse. Valentino explicou que sua volta para a Yamaha foi um pouco de vontade de voltar a brigar pelas vitórias e com o conforto de voltar para casa.

Hegenberg, Rossi e Hayakawa: sem constrangimentos

Hegenberg, Rossi e Hayakawa: sem constrangimentos

“Tive duas temporadas muito difíceis na Ducati onde eu percebi que estava perdendo o prazer de lutar e fui incapaz de levar a moto e a equipe a bons resultados. Agora na Yamaha não sei se vou vencer, mas sei que a equipe e a moto me dão as condições para lutar pelas vitórias”, disse Vale e complementou: “A M1 é muito equilibrada, fácil de pilotar e isso facilita aquele ajuste fino para melhorar e vencer”.

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Sobre esta temporada, ele disse que será uma boa briga, mas que neste momento ela acredita que Marc Marquez está um pouco adiante dos outros dois espanhóis – Lorenzo e Pedrosa. “Os testes das últimas semanas mostraram que as Honda já estão com um ajuste mais perto do ideal e que Marc é extremamente equilibrado e agressivo”, avaliou. “Ele lembra um pouco quando eu subi das categorias menores”, comparou.

Bitenca e sua tietagem: justa premiação

Bitenca e sua tietagem: justa premiação

Para finalizar, Valentino falou sobre sua expectativa com a M1 Yamaha para esta temporada e sobre o resultado dos primeiros testes. “Os testes nos dão uma boa noção das dificuldades que teremos para encontrar aquele ajuste fino para a moto e para cada pista. No meu caso, em algumas condições já estamos bem próximos deste ajuste, mas em outros não e isso indica que vamos precisar trabalhar mais para diminuir a diferença.”

Ele exemplificou este ajuste ainda na forma como cada piloto realiza cada ação na moto em condições de corrida. “Eu aciono o freio dianteiro de forma diferente ao Lorenzo, mas os freios são idênticos. Então, os engenheiros tem que encontrar uma forma para que a eficiência da frenagem seja a mesma, apesar das diferenças”, explicou.

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No fim, o animado e disposto piloto ainda foi cercado pelos fotógrafos e jornalistas para uma seção de tietagem, como fotos pessoais e autógrafos encomendados. O consultor técnico do Motonline conseguiu o seu momento de glória com a assinatura de Valentino Rossi na jaqueta HLX que nunca mais será lavada.