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Aos 25 anos de idade o italiano Valentino Rossi venceu o quarto t¡tulo mundial consecutivo na categoria m xima do motociclismo de velocidade e deu um t¡tulo para a Yamaha ap¢s 12 anos de jejum. “Que espet culo”. Com esta frase estampada em sua camiseta, Valentino Rossi traduziu exatamente o que todo mundo pensou depois da estrondosa vit¢ria no GP da Austr lia. Rossi deu um espet culo na primeira e na £ltima voltas, ingressando de forma magistral no olimpo reservado aos maiores gˆnios da velocidade, compar vel ao seu compatriota Giacomo Agostini ou ao alemÆo Michael Schumacher.

A corrida foi um show sem precedentes. Rossi largou na primeira fila mas chegou caiu para quarto lugar. Enfileirou as Ducati de Troy Bayliss e Loris Capirossi, chegou a sair da pista, mas cruzou a primeira volta em segundo, atr s de Gibernau. Na £ltima volta os dois duelaram como h  muitos anos nÆo se via e Rossi conseguiu 0s98 de vantagem.

Alex Barros ficou boa parte da corrida brigando com Capirossi e chegou a bater duas vezes seguida o recorde da pista, mas teve problemas de aderˆncia e na £ltima volta foi superado por Colin Edwards para finalizar em quinto. Segundo o brasileiro, “quarto ou quinto nÆo importa, eu acho que tenho condi‡äes de chegar bem mais … frente e vou lutar para isso”.

Ap¢s a corrida Rossi deu uma entrevista falando da temporada e elogiou muito o trabalho da equipe Yamaha. No final do ano passado ele e o mecƒnico chefe Jeremy Burgess sa¡ram da Honda e aceitaram o desafio de fazer a Yamaha conquistar um t¡tulo. Desde 1992 que a Yamaha nÆo fazia um campeÆo mundial na categoria e isso levou a marca a empreender um esfor‡o descomunal. Aceitaram todas as exigˆncias e mudan‡as propostas pela dupla Rossi-Burgess, incluindo usar um motor menos potente mas mais d¢cil, coisa que Alexandre Barros nÆo conseguiu em um ano correndo pela marca.

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Valentino esperava ter uma moto competitiva apenas na metade da temporada, para brigar pelo t¡tulo de 2005. Mas logo na primeira etapa, em Welkom, mostrou ao mundo que nÆo era campeÆo por acaso ou por obra de uma Honda excepcional, mas o fator humano conta muito. Segundo ele, “motos sÆo feitas por engenheiros, mas pilotadas por pessoas e eu fui mais veloz”. Sem mod‚stia alguma, o italiano afirmou que lutou sozinho contra toda esquadra Honda, mas nunca perdeu o foco da persegui‡Æo a Gibernau. O golpe fatal veio nas 3 vit¢rias consecutivas na It lia, Espanha e Holanda que deram a Valentino a certeza de que poderia terminar o ano como o terceiro piloto da hist¢ria a conquistar um t¡tulo no ano seguinte ao trocar de marca. O primeiro foi Giacomo Agostini, quando saiu da MV Agusta e foi campeÆo pela Yamaha. Depois foi Eddie Lawson, que saiu da Yamaha para ser campeÆo pela Honda.

Agora a imprensa mundial fala em Valentino na F1. Pode ser poss¡vel, mas nÆo em 2006, como dizem. Ele ainda vai dar muito espet culo nas motos antes de embacar em um carro de corrida.