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Motos: cenário estável, mas em patamar baixo

Motos: cenário estável, mas em patamar baixo

Se o cenário já não era bom para o setor de motocicletas, os acontecimentos das últimas semanas podem piorar ainda mais a situação. Os dados divulgados pela Fenabrave – Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, mostram que o setor de motos continua perdendo espaço, enquanto o de automóveis vai muito bem.

No mês de junho foram vendidas (emplacadas) 125.002 motocicletas, número 3,99% menor ao ser comparado a maio (130.199 unidades) e 0,84% maior em relação a  junho de 2012. No acumulado, o segmento de motos caiu 9,79%, registrando vendas de 748.252 motocicletas em 2013, ante 848.607 nos seis primeiros meses do ano passado.

De fato, a impressão que fica é que o setor já absorveu o golpe da dificuldade de crédito para os consumidores de mais baixa renda e estacionou num patamar mais baixo de venda. O gráfico dos últimos 12 meses deixa clara esta situação, com raros momentos de alguma melhora.

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Ranking de marcas segue sem grandes mudanças

Ranking de marcas segue sem grandes mudanças

“Sem crédito e com aperto das contas, o cenário para quem compra as motos dos segmentos de entrada não é nada favorável”, fala o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti. O presidente faz alusão ao retorno da inflação e à alta do dólar, dois fatores que pressionam preços e retiram poder de compra da população. “Se já estava difícil obter crédito para financiar motos pequenas, agora vai ficar ainda mais complicado”, prevê.

Para os fabricantes de motocicletas, a situação é um pouco mais estável apenas para as marcas que vendem motos “premium”, caso da Harley-Davidson, BMW, Triumph e Kawasaki. Para as marcas que concentram boa parte de suas produção e venda nos modelos pequenos, as perdas são muito grandes e a preocupação aumenta.