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A venda de motocicletas em fevereiro totalizou 120.832 unidades (emplacamentos), uma queda de 0,57% em relação a janeiro. Porém, o número é 13,2% maior que o de fevereiro do ano passado. Os números, divulgados hoje pela Fenabrave (Federação Nacional das Distribuidores de Veículos Automotores) continuam mostrando a dificuldade do consumidor em adquirir financiamento para compra de motocicletas, apesar da liberação pelo Governo Federal no final do ano passado de verbas para financiamento exclusivamente para ajudar o setor de motocicletas a sair da crise.

Sergio Reze, presidente da Fenabrave, se queixou das exigências das instituições financeiras na liberação de empréstimos para motocicletas. “Os bancos não podem colocar exigências que não têm condições de ser cumpridas pelo tomador”, disse Reze. Ele informou também que, em conjunto com representantes do Sindicato de Motofretistas de São Paulo, solicitou ao ministro do trabalho, Carlos Lupi, que este pedisse à Caixa Economica Federal a flexibilização nos critérios para a concessão de empréstimo aos motociclistas.

Ele justificou o pedido com o fato de que a CEF controla recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). “Mas a Caixa acabou dizendo que teria de cumprir as mesmas exigências pois banco não faz caridade”, explicou Reze. O resultado está nas ruas. As vendas de veículos batem recorde e a indústria abre mão de benefícios, como enfatizou hoje o presidente da Fenabrave: “Não acredito que seja necessário manter o IPI reduzido (para automóveis) já que o desconto se esgotou em função do crescimento vigoroso da economia”, afirmou.

Só que os números mostram que o vigor no crescimento da economia ainda não refletiu no setor de motocicletas. Ou a motocicleta no Brasil custa muito ou a renda do comprador brasileiro é baixa.

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