A Yamaha confirma sua entrada no concorrido e crescente segmento de scooters no Brasil com a apresentação do novo N-Max, scooter equipado com motor de 160 cc e 15,1 cv. A escolha do novo modelo para a estreia foi estratégica e mirou no sucesso do Honda PCX que logo que chegou, em maio de 2013, assumiu a liderança do segmento de scooter no Brasil e não perdeu mais.
O N-Max segue a mesma receita e no rápido test-ride que pudemos realizar na pista do autódromo Vello Cittá, no interior de São Paulo, o novo scooter mostra que tem boas condições de brigar com o PCX e conquistar espaço significativo para a Yamaha. Dentre os diferenciais destacados pela marca na apresentação do produto estão o bom desempenho do motor de 15,1 cv de potência, que traz o inédito sistema VVA (Abertura de Válvulas Variável), que empurra a moto mais rápido até alcançar a potência máxima e oferece mais economia de combutível.
Outro destaque do modelo que merece elogios foi a adoção do ABS nos freios como equipamento de série, o que seguramente é um ponto a favor do N-Max em relação aos concorrentes. A Yamaha ainda chama a atenção para o espaço sob o bando com capacidade para 25 litros, o que na prática significa uma área para um grande capacete integral e mais alguns pequeno objetos, e a iluminação em LED na traseira e na dianteira do scooter.
Novo presidente
Utilizando o slogan “N-Max, existem N motivos para você ter a sua”, o scooter representa a estreia também do novo presidente da empresa, Itaru Otani, executivo que tem a missão de manter a empresa ativa no atual momento econômico ruim onde as vendas continuam em queda e a perspectiva de melhora ainda não é clara no futuro próximo. “Nossa decisão é não ficar parado e queremos dizer ao mercado que a Yamaha não está dormindo e segue buscando ampliar seu espaço nos diversos segmentos do mercado brasileiro de motocicletas”, anunciou o japonês em bom português.
O motor do N-Max é de um cilindro com 160 cc de capacidade cúbica, com quatro válvulas, arrefecimento líquido que desenvolve potência de 15,1 cv a 8.000 rpm e torque máximo de 1,47 kgf a 6.000 rpm. Ele é o primeiro motor de uma nova geração de motores Yamaha, mais compactos e eficientes com maior economia de combustível e dentro dos mais exigentes parâmetros de emissão de poluentes. A área de engenharia da Yamaha concentrou-se em soluções para reduzir as perdas de potência e na diminuição de peso total da moto. Assim, o N-Max possui o radiador de água na lateral para que fosse possível um melhor controle na temperatura de funcionamento do motor, mantendo a temperatura da câmara de combustão mais constante (em torno de 800 graus) e assim tornar mais eficiente a queima da mistura ar/combustível, o que no final melhora o torque e a potência do motor.
Outra novidade é a posição do injetor de combustível, próximo da válvula de admissão, o que reduz a carbonização e melhora a homogeneização da mistura ar/ combustível. Junto com o inédito (num scooter) sistema VVA (Variable Valve Actuation), que comanda a abertura de válvulas, o desempenho do N-Max fica otimizado tanto na rapidez com que ele ganha velocidade quanto na economia de combustível. Segundo informações da fábrica, o N-Max atingiu em testes da fábrica marcas superiores a 40 km/litro de gasolina.
Sistema VVA
O sistema VVA determina o momento que as válvulas abrem e fecham, o quanto abrem, e o tempo que permanecem abertas e acaba por determinar toda a característica de funcionamento do motor. Normalmente o comando de válvulas é projetado para escolher uma das alternativas: obter potência em altas rotações ou melhorar o torque em baixas rotações. No caso da N-Max a solução vai nos dois sentidos. O sistema VVA comanda o momento de abertura e fechamento das válvulas e altera isso conforme a rotação do motor e a carga sobre o motor, tudo controlado através de uma unidade eletrônica. Dessa forma é possível obter as duas características diferentes na mesma motocicleta.
Outra característica técnica que a N-Max tem é a mesma utilizada nos motores da família MT e na YZF-R3. O centro do cilindro é deslocado, o que minimiza as perdas por atrito entre o pistão e a parede do cilindro, além da tecnologia DiASil (Die cast Aluminum silicon) no cilindro, que melhora a dissipação de calor gerado pela queima da mistura Ar/combustível, proporcionando melhor eficiência e durabilidade. Esta tecnologia usa uma nova composição de material utilizado na produção do cilindro, composto por uma liga de alumínio com 20% de silício, deixando o componente mais leve e com ótima capacidade de dissipação térmica e resistência mecânica, o que reduz o desgaste do cilindro e aumenta a vida útil do motor.
O design do N-Max segue o padrão da família “Max”, que alia esportividade com praticidade e conforto para uso urbano. Assim, N-Max traz um desenho ao mesmo tempo clássico, mas com razoável dose de esportividade, com ângulos vivos, recortes e linhas retas, que lhe dão um ar agressivo e que transmite uma sensação de robustez. O formato aerodinâmico da carenagem lateral tem o desenho de um bumerangue e representa a identidade visual da família Max.
O chassi tem uma estrutura tubular com grande resistência e equilíbrio. O layout com o formato em delta na parte superior, acoplado ao tubo central, auxilia na distribuição das forças físicas aplicadas no chassi quando o scooter está em movimento. O acoplamento do motor ao chassi é feito por um suporte “link” fixado por coxins de borracha para eliminar as vibrações do motor no chassi. Essa estrutura oferece de fato grande agilidade ao N-Max, que obedece rápida e fielmente aos comandos do piloto quanto a movimentação e mudanças de direção.
Freios ABS
Equipado com freios ABS de série, os dois discos (dianteiro e traseiro) dão conta de forma exemplar na função de parar o N-Max, mesmo em frenagens de emergência. Combinado com as suspensões padrão para a categoria – garfo telescópico na dianteira e dois amortecedores na traseira -, e as rodas de 13 polegadas forjadas em liga de alumínio calçadas com pneus sem câmara, o conforto e a segurança são outro destaque positivo do novo Yamaha N-Max.
Apesar da presença do túnel central que elimina a plataforma reta para os pés, o espaço para os pés do piloto no N-Max é muito bom, permitindo variadas posições para esticar as pernas. Há também o bom espaço sob o banco, que abre girando a chave no sentido contrário da ignição e um porta-objetos no escudo frontal, muito útil para colocar objetos como um telefone celular ou mesmo uma garrafa d’água.
O painel de instrumentos em LCD é de fácil leitura, com retro iluminação em LED e acabamento especial da lente que elimina reflexos. O componente exibe além da velocidade, informações do computador de bordo e indicadores de pilotagem econômica ECO, de consumo instantâneo e de nível de combustível no tanque. Possui também dois hodômetros parciais, relógio e avisos importantes, como o momento de troca do óleo lubrificante e da troca da correia do sistema CVT. Localizado no túnel central, o tanque de combustível possui capacidade para 6,6 litros com 1,4 litro na reserva.
A Yamaha anunciou que o N-Max terá as revisões com preço fixo, mas não mostrou os valores. Apresentado em três versões de cores – cinza fosco, vermelho perolizado e branco perolizado, o N-Max estará disponível ao mercado em maio de 2016 pelo preço público sugerido de R$ 11.390,00.
FICHA TÉCNICA YAMAHA N-MAX |
|
Motor……………………………………………….. | Um cilindro, 4 tempos, SOHC, 4 válvulas, refrigeração líquida |
Capacidade cúbica……………………………… | 155,09 cm³ |
Diâmetro X curso………………………………… | 58,0 x 58,7 mm |
Taxa de compressão…………………………… | 10,5 : 1 |
Sistema de partida……………………………… | Elétrica |
Bateria……………………………………………… | 12V – 6 Ah |
Sistema de Ignição…………………………….. | TCI (Transistor controlled ignition) |
Tipo de combustível……………………………. | Gasolina |
Capacidade do tanque de combustível…… | 6,6 litros (1,4 litro reserva) |
Alimentação……………………………………….. | Injeção Eletrônica |
Torque máximo…………………………………… | 1,469 kgf.m a 6.000 rpm |
Potência máxima………………………………… | 15,1 cv a 8.000 rpm |
Capacidade de óleo no motor………………. | 1 litro |
Sistema de lubrificação……………………….. | Cárter úmido |
Transmissão………………………………………. | Tipo CVT |
Embreagem………………………………………… | Seca, sapata centrífuga |
Ângulo de Cáster / Trail……………………….. | 26 graus / 92 mm |
Tipo de chassi…………………………………….. | Underbone |
Pneu dianteiro…………………………………….. | 110/70-13M/C 48P |
Pneu traseiro………………………………………. | 130/70-13M/C 63P |
Freio dianteiro……………………………………. | Disco simples 230 mm |
Freio traseiro……………………………………… | Disco simples 230 mm |
Comprimento total……………………………… | 1.955 mm |
Largura total………………………………………. | 740 mm |
Altura total…………………………………………. | 1.115 mm |
Altura do assento………………………………… | 765 mm |
Altura mínima do solo………………………….. | 135 mm |
Peso seco…………………………………………… | 120 kg |
Distância entre eixos…………………………… | 1.350 mm |
Raio mínimo de giro……………………………. | 2.000 mm |
Suspensão dianteira……………………………. | Garfo telescópico / 100 mm na roda |
Suspensão traseira……………………………… | Dois amortecedores / 90 mm na roda |