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Isao Koike, presidente da Yamaha Motor Company, ao lado de Severo Gomes (à direita), então Ministro da Indústria e Comércio, na inauguração da fábrica de Guarulhos, em São Paulo

Isao Koike, presidente da Yamaha Motor Company, ao lado de Severo Gomes (à direita), então Ministro da Indústria e Comércio, na inauguração da fábrica de Guarulhos, em São Paulo

Quem olha os números de produção e venda de motocicletas hoje no Brasil custa a acreditar que a Yamaha já teve quase o dobro do que tem de participação de mercado. Alguns talvez até duvidem que a marca dos três diapasões fabricou a primeira motocicleta brasileira – Yamaha RD 50 – na primeira fábrica de motocicletas do Brasil – a Yamaha Motor do Brasil em Guarulhos (SP), inaugurada em 1974.

Passados 37 anos de atividade industrial – 41 anos de operações comerciais – e mais duas fábricas depois, a Yamaha continua com sua unidade pioneira em Guarulhos praticamente como sede comercial e centro de distribuição. Há outras duas unidades da Yamaha em Manaus (AM), uma que fabrica componentes desde 2004 e a mais antiga que fabrica motocicletas desde 1985.

Linha de produção da XTZ Ténéré 250: atenção a todos os detalhes da montagem

Linha de produção da XTZ Ténéré 250: atenção a todos os detalhes da montagem

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Era o tempo de siglas hoje quase desconhecidas – RD, DT, TT, RS – a maioria motocicletas com motores dois tempos, os quais o mercado encarregou-se de sepultar para as motocicletas comerciais. Enquanto isso, a Yamaha perdeu espaço e viu sua participação ir abaixo dos 7%. Mas a reação veio com outras siglas – XT, XV, TDM, YBR. Agora, o discurso de seus executivos fala em disposição para aumentar rapidamente sua fatia no mercado brasileiro e reconquistar o espaço (e o tempo) perdido.

 

Comparativo da produção da Yamaha (azul escuro) com sua participação de mercado

Comparativo da produção da Yamaha (azul escuro) com sua participação de mercado

Esta nova postura reflete a prioridade que a matriz da Yamaha dá ao mercado brasileiro. “O Brasil passou a ser prioridade para a matriz, mas sabemos que o mercado brasileiro é complicado por exigir uma combinação perfeita entre preço e design”, fala Shigeo Hayakawa, presidente da Yamaha do Brasil.

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Recém empossado como diretor comercial, Mario Rocha, tem a missão de levar a empresa nos próximos 3 ou 4 anos a alcançar 20% de participação, que hoje está em torno de 12%. “Isso significa ocupar toda nossa capacidade instalada de produção”, explica Mario. Hayakawa acredita que no longo prazo a empresa pode atingir 45% de participação, inspirado no desempenho da Yamaha na Indonésia. “Em 10 anos eles saltaram dos 12% para 45% de participação no mercado”, explica Hayakawa.

Há na fábrica várias células de montagem para os principais componentes, como as rodas raiadas

Há na fábrica várias células de montagem para os principais componentes, como as rodas raiadas

Trocando em números, isso significa que a Yamaha brasileira terá que aumentar sua capacidade de produção das atuais 400 mil para 600 mil motocicletas. A conta é simples: o mercado brasileiro deverá alcançar a casa dos 3 milhões de unidades nos próximos anos, segundo projeções da Abraciclo – associação que reúne os fabricantes de motocicletas. Se a Yamaha quer chegar a 20% dos 3 milhões, o número que a Yamaha precisará alcançar é 600 mil motocicletas em 2013 ou 2014.

Mario Rocha informou também que a Yamaha adotará uma postura mais agressiva, procurando mostrar a grandiosidade da marca no mundo e com ênfase nos serviços pós-venda. “Nenhuma motocicleta Yamaha deve ficar parada mais de um dia em uma concessionária por falta de peças”, promete Rocha.

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Teste final: todas as unidades produzidas passam por ele

Teste final: todas as unidades produzidas passam por ele

Na visita que MOTONLINE fez à fábrica da Yamaha em Manaus em meados de fevereiro a direção da empresa comentou que existe a possibilidade de aumento da capacidade produtiva da fábrica e que o terreno ainda tem muito espaço disponível para ampliação. Além disso, todos os executivos da empresa esforçaram-se para demonstrar na prática como será possível alcançar os resultados previstos pelo diretor comercial e pelo presidente.

A Yamaha escancarou as portas e expôs suas operações e tudo o que está por trás de cada motocicleta Yamaha que chega a cada uma das concessionárias da marca espalhadas por todo o Brasil. Usinagem, tratamento térmico, prensa, solda, pintura, montagem, teste final e embalagem. Esta são algumas das muitas etapas pelas quais cada parte de uma motocicleta Yamaha passa até ficar em condições de se tornar o sonho de milhares de motociclistas. Acompanhe no vídeo e faça uma rápida visita à fábrica da Yamaha em Manaus.

Confira a Yamaha no Brasil em números

  • Funcionários: 2.941
  • Área total: 420.000 m²
  • Área construída: 125.000 m²
  • Turnos de trabalho: 3
  • Capacidade de produção: 400 mil unidades / ano

Cronologia

  • 1970 – Fundada a Yamaha Motor do Brasil
  • 1974 – Inauguração da fábrica em Guarulhos (SP) / Início da produção da RD 50
  • 1985 – Inaugurada a Yamaha Motor da Amazônia em Manaus (AM)
  • 2004 – Inaugurada a Yamaha Componentes da Amazônia em Manaus (AM)

Obs.: Para facilitar a discussão sobre esse assunto, criamos um tópico no fórum para os motonliners. Clique aqui para acessar o tópico.

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