Comentários:
Tenho uma DR800 há 10 anos (2015), já rodei milhares de km em diversas circunstâncias e tipos de pistas (Brasil e América do Sul), de forma solo ou com garupa e, as vezes dependendo da viagem, com muiiitaaa bagagem. ela N U N C A me deixou na mão, sempre me levou e trouxe com segurança, alegria e muita satisfação na pilotagem. Minha esposa nunca me permitiu desfazer-se dela e me exige cuidados e manutenções adequados e contínuos pois sempre que pôde viajou comigo e com a gorducha.
Prós:
- Satisfação - adoro a moto
- Design - simplesmente lindo, inclusive considerando que nasceu na segunda metade da década de 80. e hoje em dia, ainda chama atenção nas ruas.
- Cores - creio que bem adequadas para a proposta da moto.
- Peças em geral - para uma moto com mais de 20 anos de lançamento e cerca de 15 anos com produção interrompida, as principais peças são encontradas com pequena dificuldade, no entanto, algumas voltadas ao acabamento e acessórios não se encontram mais peças novas.
- Motor muito forte - 779cc produzidos por um mono-cilindro (o maior do mundo para motocicletas).
- Velocidade - o arranque desta moto é fantástico, este é um de seus grandes diferenciais, vai-se do Zero a 100km/h em 4,8 segundos, no entanto, à medida que se sobem as marchas ela vai perdendo performance de velocidade.
- Suspensão - robusta e durável, feita para não quebrar e adaptável em qualquer terreno.
- Ciclística - perfeita para pilotagem urbana, estrada ou off road - guidões altos e largos, postura mais ereta total controle
- Estabilidade - proporciona grande segurança até por volta de 145km/h, no uso normal é excelente em curvas. Mesmo com frenagem forte ela "não foge".
- Conforto (de pilotagem) - detalhado na somatória dos itens ciclística e estabilidade.
- Conforto (de bancos) - para pilotagem solo o banco original é muito bom - para uso com garupa é melhor o "banco sela".
- Carburação - com dois corpos Mikuni BST 33 interligados proporciona fácil regulagem enquanto os componentes internos estão íntegros, à medida do desgaste as regulagens vão aumentando a dificuldade e insatisfação (normal em qualquer moto carburada - mas muito mais "sentida" nas DR800).
- Parte elétrica - sistema de carga com dimensionamento bem junto para a proposta inicial do projeto, com a modernidade, os usuários desejam incrementá-las com alguns acessórios e o resultado não em sido tão bom. Com o advento dos "leds", algumas práticas ficaram mais acessíveis.
- Rodas e Pneus - Aro 21(D) e 17(T) respectivamente com pneus 90x90x21 e 130x80x17... este é a melhor proposta para esta bigbigtrai. alguns usuários optam por usar pneus traseiros com 140 ou, até, 150, mas apesar de mais atraentes, aumentam bastante o coeficiente de atrito e o consumo de combustível também altera.
- Manutenção Geral - muito simples porém com algumas "ranhetices" da gorducha facilmente superadas com conhecimento e prática.
- Custo-benefício - considerando a proposta da moto e com boa disciplina e planejamento em manutenções preventivas, considero excelente este item. O problema é que muitos usuários recém adquirentes desta moto se vêem na situação de "terem que levantar" a moto, ai o bolso destes tem chorado um pouco mais. Superada esta fase, é só alegria.
Contras:
Na verdade não consideraria como "Contras" e sim como precauções dadas as características do projeto da moto.
- Carenagem - o "bico de pato" hoje (2015) já tem grande dificuldade em ser encontrado para reposição, mesmo usado, pois o novo praticamente não existe.
- Velocidade - quando muito bem regulada pode-se atingir próximos 170km/h não mais que isto --> mas este item não tem a menor importância pra mim.
- Estabilidade - a partir de 150km/h a frente da moto vai perdendo peso e transmitindo uma sensação de pilotagem não tão boa...
- Freios - para maior eficiência e segurança carecem da instalação de um para de mangueiras com malha de aço (conhecida como Aerokip).
- Painel - de novo, para a proposta do projeto esta na medida, porém para uso urbano ou tráfego noturno, deixa muito a desejar. A leitura melhora consideravelmente se a ele for adaptado iluminação por leds. Quanto às informações, seria muito bom se tivesse o indicativo do combustível no tanque.
- Farol e sinaleiras - o sistema ótico desta moto é muito precário para uso noturno convencional e, pior ainda, em estradas isto devido ao bloco do farol ter pouca profundidade e na possuir o formato convexo. Pouco adianta colocar lâmpadas mais fortes. Em caso de uso de faróis auxiliares, o problema esta no consumo pois a moto não produz o suficiente para dar conta da carga exigida por estes acessórios. Na atualidade (2015) existem opções de leds que melhoram bastante a eficiência da iluminação noturna, porém tem um custo ainda salgado. As sinaleiras são grandes e eficientes.
Bateria - não adianta inovar colocando uma bateria inferior ao especificado, você correrá o risco de ficar sem partida. A especificação correta é YTX14-BS (no Brasil as melhores opções são as marcas YUASA ou ROUTE).
- Vibração - por ser uma monocilíndrica, vibra muito (até demais da conta, hehehe) - por isto recomenda-se a cada 500 kms verificar a fixação dos parafusos visíveis externos. Também devido a isto os protetores de carenagem vivem trincando. Para a pilotagem, é necessário de ter pesinhos de chumbo nas extremidades do guidão.
- Consumo de combustível - é claro que o projeto não contempla ser uma moto econômica (veja seu tanque com 24 litros). Conforme meu uso e relato de dezenas de clientes que atendi ela, bem regulada, na cidade tem uma média de 12,5 a 16,0 km / litro. Na estrada, este consumo varia de 13,5 a 19,0 km/litro. Há quem bata o pé e diz que faz (ou já fez) 20 ou até 21 km/litro, mas estes são exemplos isolados, fora da curva gráfica de consumo.
- Consumo de óleo de motor - é frequente dizer que a DR800 baixa óleo, isto deve-se a uma série de fatores que variam de moto para moto e estilo de pilotagem. Por ser uma monocilíndrica, ela aquece sobremaneira em condições severas de calor e em altas velocidade, por conta disto, dada a dilatação das partes internas haverá sim uma perda de óleo, chegando até a 200 ml por 1000 km rodado. Além desta quantidade é recomendável fazer uma avaliação mais pormenorizada, por exemplo quanto a anéis cansados ou retentores de válvula com problemas.
- Corrente do Balanceiro - deve ser verificada a cada 15 mil km e substituída sempre que não houver mais regulagem, normalmente por volta de 60.000 km.
- Corrente do Comando - idem balanceiro porém esta não tem regulagem, se apresentar barulho deve ser substituída e sempre que possível ter a guia e o tensor da guia avaliados pois fragmentam-se colocando em risco a vida útil do motor, normalmente também se troca esta corrente perto dos 60.000 km. Embora em ambos os casos há relatos que esta quilometragem foi mais elástica.
- Embreagem - submersa é banhada pelo mesmo óleo do motor, tem durabilidade extensa mas é rapidamente consumida se o usuário trafegar com menos óleo do que o recomendado no motor, ou tiver o hábito de andar com os dedos descansando no manete de embreagem (também válido para o manete do freio dianteiro, com relação à durabilidade das pastilhas).
Condições do Teste:
Tempo de uso:
Mais de um ano
Terreno Testado:
Urbano, Terra, Estrada
Manutenção:
Dentro do esperado
Custo de Mantenção:
Normal