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A iniciativa da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) com a realização do 1° Workshop Duas Rodas na semana passada deve se repetir muitas vezes.

O caminho para tornar a convivência entre todos os agentes do trânsito mais harmoniosa é a educação. E a Abraciclo acerta ao começar por “arrumar a própria casa”, ao começar pela imprensa especializada e pelas entidades que atuam no segmento de motocicletas, direta ou indiretamente.

Com a participação de mais de 60 pessoas – entre jornalistas, representantes de fabricantes e de entidades – o 1º Workshop Duas Rodas apresentou temas pertinentes ao segmento que estão em evidência na mídia e que muitas vezes são abordados de forma equivocada, colaborando para confundir ainda mais a sociedade sobre os assuntos relativos à motocicleta.

Alfredo Peres, diretor geral do DENATRAN, abriu o evento e abordou a atual situação do trânsito nacional, ressaltou o grande crescimento da presença da motocicleta na frota brasileira e a necessidade de projetos visando melhorar a relação entre motoristas e motociclistas.

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Gilberto Santos, presidente do Sindimoto-SP, trouxe de forma direta e simples a atual situação dos motofretistas. “Na periferia os jovens completam 18 anos e tiram a carteira de habilitação para em seguida comprar uma moto e conquistar sua independência de transporte e financeira”, enfatizou Gilberto e apontou como prioridade para 2011 a regulamentação dos mais de 20 mil profissionais existentes nas ruas atualmente e a necessidade de serem firmadas parcerias com entidades do setor e órgãos públicos.

Paulo Macedo, coordenador de Resíduos e Emissões do IBAMA, falou sobre as fases do PROMOT – Programa de Emissões para motocicletas – e parabenizou a indústria brasileira por ter conseguido adequar o veículo duas rodas às exigências atuais de emissões em um curto espaço de tempo, o que deixou a motocicleta igualada aos automóveis no quesito emissões.

O palestrante Ricardo Bock, coordenador do curso de Engenharia Automotiva da FEI, afirmou durante sua apresentação que a motocicleta elétrica é mais viável para o sistema brasileiro, do ponto de vista mecânico, do que o carro elétrico e Marcelo Araújo, assessor jurídico de trânsito, esclareceu dúvidas sobre legislação de trânsito e afirmou que uma eventual proibição da circulação da motocicleta entre veículos pode ser extremamente prejudicial ao trânsito.

Por último, J. Pedro Corrêa, especialista em segurança no trânsito, propôs ações para sanar o problema do caos no tráfego, partindo de um sistema com mais autonomia e autoridade. Corrêa também ressaltou a importância de se adotar uma cultura de segurança, não apenas nas ruas como também no cotidiano brasileiro, e destacou o fato de que a próxima década terá, através de plano da ONU, a segurança no trânsito como foco em projetos desenvolvidos mundialmente.

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“Os palestrantes foram claros e didáticos. Além disso, foi de suma importância que uma entidade como a Abraciclo, que possui uma grande credibilidade no setor, proporcionasse este tipo de reunião para esclarecimentos e apresentação de novidades. Tanto as entidades relacionadas como os fabricantes e a imprensa puderam trocar informações e obter dados sobre especialidades diversas envolvendo o setor, o que foi muito construtivo”, conclui Moacyr.