Quem nunca viu aquela moto usada incrível, com a aparência novinha, no precinho e pensou: eu queria muito ter uma dessas… Mas você sabe que é um modelo “comprou-casou” pois não tem bom mercado, as peças são muitos caras e as vezes tem problemas crônicos. Pois bem, esse é o conceito de moto ‘lasanha’.
Geralmente essas motos tem uma coisa em comum: são muito divertidas de pilotar e extremamente estilosas. Muitas vezes tem um motor potente, empolgante, tecnologia à frente de seu tempo e um estilo único. Se você é um apaixonado por essas ‘lasanhas’, aqui vai 5 motos, com todos esses atributos, para você conhecer.
Ducati 1098
Imagine conseguir comprar uma Ducati 1098 (2008) por R$ 35.713, é uma proposta tentadora para a maioria dos motociclistas, até para aqueles que não são fãs de motos esportivas. Suas linhas agressivas e acabamento premium são realmente tentadores, pode-se dizer que é uma ‘lasanha refinada’.
Lançada aqui no Brasil em 2007, com motor de 1099 cc, capaz de gerar 160 cv de potência a 9.750 rpm e torque máximo de 12,5 kgf.m a 8.000 rpm essa italiana é adrenalina na veia. Porém tem que ter muito cuidado com a sua manutenção, que não é nada acessível (financeiramente e fisicamente). Tirando isso, é só seguir a paixão e pilotar essa belíssima máquina.
Kasinski Comet 650
Essa moto é bastante controversa: uns amam, outros odeiam. Feita pela sul-coreana Hyosung, a Comet 650 foi trazida pela Kasinski durante os anos de 2005 até 2013, essa moto foi no mínimo polêmica. Muitos são apaixonados por ela por conta do seu visual robusto e desempenho empolgante. Se você quer um “casamento”, por R$ 17.682 você pode ser feliz com ela.
Uma ‘lasanha’ de 647 cc, com motor bicilíndrico em V, gera impressionantes 89,6 cavalos a 9.250 rpm de potência máxima e torque máximo de 6,9 kgf.m a 7.250 rpm. Quando se olha os números dá muita vontade de colocar seu dinheiro nela. Se for o sonho de consumo, vai em frente, mas saiba que ela tem alguns problemas crônicos, como seu chicote elétrico, que costuma estragar.
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Agrale Dakar 30.0
Para os saudosistas dos motores 2 tempos, a Agrale é uma ‘lasanha’ de respeito. Ela fez muito sucesso na década de 90, muito por conta da sua robustez, versatilidade, boa capacidade off-road e renome na construção (parceria com a italiana Cagiva). Ela rende 30 cv de potência a 8.250 rpm e 2,25 kgf.m de torque a 7.750 rpm. Bastante para uma moto de 190 cc.
De acordo com a Fipe, o preço médio dessa moto é de R$ 1.839 e se você encontrar nesse preço, compre imediatamente, pois o valor que costumam cobrar na Dakar 30.0 costuma partir de R$ 10 mil. Mas como a maioria das motos nesse ramo, tudo depende do estado de conservação e não é fácil achar uma que esteja muito nova.
Suzuki Savage 650
Uma custom de 650 cc, com motor monociclíndrico… Curioso não? Diferente de uma Honda Shadow 600, Yamaha Virago 535 e a maioria de suas concorrentes, que apostam no tradicional e amado motor V2, a Suzuki apostou em outro conceito de motor, que fez da Savage uma ‘lasanha’ muito peculiar, e até ágil para sua categoria.
Ela mantém o visual estradeiro, com muitos cromados, garfo alongado e pedaleiras bem avançadas. Seu propulsor entrega 31 cv de potência e 4,7 kgf.m de torque, nada muito impressionante, mas é uma motocicleta bem robusta e confortável. Segundo a Fipe o preço médio praticado para essa moto é de R$ 17.811, mas isso vai variar bastante do estado de conservação.
Continental GT 535
Para o público mais novo, que já considera uma moto de 10 anos de uso uma lasanha, tem opção tambem. Antes de ser a Royal Enfield que conhecemos hoje, com cerca de 10 modelos e diferentes motorizações, an indiana chegou tímida no Brasil com apenas 3 modelos importados, e a Continental GT 535 é um deles. Essa opção pode não ser antiga, mas não é fácil achar uma, e tem todo os outros requisitos para ser uma moto lasanha.
Apesar de ter ser a mais nova dessa lista (e já está batendo uma década), já existe uma versão mais atualizada dessa moto, podendo até ser considerada uma ‘lasanha moderna’. O preço praticado para a 535 é de R$ 19.369 para uma 2016.
Com estilo café racer, a Continental utiliza um motor monicilíndrico de 535 cc, que entregava 29,1 cv de potência e 4,49 kgf.m de torque, acoplada ao câmbio de 5 marchas. Pra se ter uma ideia, ela utiliza tanto partida a pedal, quanto elétrica. Ela ficou aqui de 2014 até 2018, quando foi substituída pelo novo modelo de 650 cc, então pode ser complicado arranjar peças, mão de obra e até uma em bom estado.