A moto elétrica está cada vez mais presente no mercado. A cada momento vemos a chegada de novos modelos ou mesmo marcas no país e, em momentos de preço dos combustíveis nas alturas, a promessa de economia dessas moderninhas chama à atenção.
Mas por enquanto tudo é novidade e poucas pessoas tiveram a oportunidade de adquirir ou até mesmo pilotar uma elétrica. Assim, é natura que surjam dúvidas sobre sua construção e funcionamento… e estamos aqui para mostrar que há muitas diferenças com os modelos a combustão.
1 Motor da moto elétrica é diferente
Geralmente, uma moto elétrica tem motor pequeno e localizado junto a balança traseira. Às vezes, fica preso na própria roda! Bem diferente da moto a combustão, que costuma ter o motor sob o tanque, no meio do chassi.
Então o que é aquilo ‘no lugar do motor’ das elétricas? Geralmente, as baterias. Grandes e pesadas, elas precisam de muito espaço, por isso ficam situadas na dianteira. Também há vezes que o motor está ali, mas são exceções.
Outra diferença está na falta de vibração das elétricas, já que ela é provocada justamente pelos movimentos dos cilindros – ausentes nos motores eletrificados. De quebra, os motores são mais silenciosos.
2 Potência
Outra dúvida comum é sobre a potência de uma moto elétrica. Ela pode variar de acordo com o projeto, tal qual nas motos a combustão. Assim, existem motos esportivas elétricas que podem passar dos 200 km/h.
Porém, os modelos mais comuns do mercado ainda são bem modestos. Scooters e streets elétricas não rendem mais que as já conhecidas concorrentes a gasolina – ficam para trás, na maioria dos casos. Por exemplo: uma Honda CG 160 tem 14,5 cv de potência, enquanto uma Voltz EVS trabalha em 3 kW (4 cv) e tem pico de força em 7 kw (9,5 cv).
3 Autonomia da moto elétrica ainda é baixa
A capacidade de armazenamento das baterias de motos elétricas ainda é um item em evolução. Muito se tem feito para aumentar a vida útil e também a autonomia – inclusive, matérias primas como o nióbio têm sido cotadas como alternativa para essas novas metas.
Vamos pegar como o exemplo nosso mercado atual. Hoje, as elétricas à venda no Brasil tem autonomia para rodar de 40 a 180 km, dependendo do modelo e quantia de baterias. Para maximar o resultado ainda é preciso dosar o acelarador – sem passar dos 80 km/h, por exemplo. E quando a bateria acaba surge outro problema: ela costuma levar de 4 a 6 horas para recarregar.
4 Moto elétrica ‘abastece’ na tomada
Mas nem tudo é dor de cabeça quanto o assunto são baterias. Por mais que sua capacidade esteja ainda devendo frente ao velho tanque de combustível fóssil, elas ainda têm pontos positivos ao proprietário. Rodando na cidade é possível monitorar o nível da bateria com tranquilidade para abastecimento.
Na hora de carregar, nada como a praticidade de poder plugar sua moto em uma tomada de casa. Além disso, novamente, fabricantes como a Voltz prometem recargas completas com duração de até 5 horas, com gasto de energia que gira em torno de 1 a 3 reais!
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5 Manutenção da moto elétrica
A moto elétrica quer mais que lhe libertar dos postos de gasolina. Ela promete o fim da preocupação com com troca de óleo, de velas de ignição e de filtros, por exemplo. Como seu motor é muito mais simples, nada disso é necessário, então as revisões podem ser mais espassadas e baratas.
6 Preço da moto elétrica
Já que estamos falando de manutenção, vamos pensar em preços. Mesmo que as motos elétricas tenham rotina menos extensa na mecânica, suas peças podem custar mais caro que das motos tradicionais a combustão.
Isso acontece devido a disponibilidade de itens e demanda das elétricas, que é ainda pequena. Uma bateria elétrica, por exemplo, pode custar na casa dos 3 a 4 mil reais – e costuma ser descartada após mil ciclos. Mas e quanto ao preço dessas motos e seu valor no mercado? Já vamos chegar lá.
7 Mercado
Apesar de num ritmo menor que no mundo desenvolvido, o mercado de motos elétricas no Brasil está crescendo rapidamente. Atualmente temos motos, scooters e ciclomotores à disposição, em sua imensa maioria importados da China e vendidos por marcas nacionais – como a Voltz.
De forma geral, o mercado nacional está absorvendo agora a primeira grande leva de modelos elétricos. Então a frota dessas motos ainda é relativamente nova. Só o tempo dirá se veremos uma variedade de elétricas usadas em condições de uso, e se seus respectivos valores de mercado se mantiveram estáveis.