Se você quer economizar, veio ao teste da motocicleta certa. A proposta da Pop 110i é ser uma moto barata em vários aspectos, preço, manutenção e peças de reposição com preço bom e consumo baixo. E esta promessa é cumprida com maestria.
Ao pegar a Pop 110 para pilotar me senti muito grande para a moto, mesmo tendo menos de 1,80 m. No entanto, seus menos de 90 kg levaram de forma tranquila os meus 115 kg, sem muito esforço para o motor ou suspensão. E com economia, afinal na cidade cheguei à média de 61 km/h.
Apesar de simples, a Pop pode surpreender com alguns detalhes. Por exemplo, seu câmbio é diferente mas logo nos acostumamos. Aconselho a pedir instruções antes de montar pois ele tem os engates sequenciais com o neutro antes da primeira marcha, ao contrário do padrão para motocicletas.
Pop 110i: primeiro contato
Por ser pequena e leve, a Pop 110i é muito ágil no trânsito. Seus pneus grandes, aro 17 na dianteira e 14 na traseira, nos livram dos pequenos buracos do asfalto.
Contudo, sua suspensão dura bichoque, em braço oscilante de 83 mm de curso na traseira, junto com o banco desconfortável passa os solavancos para coluna, fazendo eu que estou acima do peso sofrer um pouco. É econômica para a cidade, mas não confortável.
Mas na estrada a moto de entrada da Honda foi surpreendente. Seu motor sempre esperto e o baixo peso fizeram a Pop chegar fácil aos 90 km/h e logo aos 100km/h – aí já com mais esforço, pois sua velocidade de cruzeiro fica perto dos 90 km/h. Porém, a falta de conforto nos faz querer chegar logo ao final da viagem.
Painel simples
O painel de instrumentos é bem simples de se ler e tem o velocímetro, hodômetro total, luz de neutro, seta, indicador de reserva de combustível, luz de farol alto, indicador de falha na injeção eletrônica.
No entanto, uma curiosidade do painel é que o velocímetro tem uma marcação entre as numerações de velocidade na qual facilita o momento da troca de marchas de acordo com a velocidade que você coloca na pista. Isso pode ajudar muito nas estradas.
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Sistema de frenagem da Pop 110i
O sistema de frenagem não passa confiabilidade no primeiro encontro. Os freios são combinados (CBS) e o freio a tambor está presente nas duas rodas.
Assim, quando o é pressionado, ele aciona pouco o dianteiro por meio de um cabo. Contudo, a funcionalidade ao contrário não ocorre. Mas atenção ao manter esse sistema sempre regulado pois o componente necessita desse controle, algo que poderia ser modernizado sem onerar muito o preço final.
Como controlar a Pop 110i
Os controles elétricos da moto estão todos no manete direito e de fácil alcance. Já o pedal de câmbio é acionado pela ponta do pé e calcanhar, de uso prático quando você percebe sua dinâmica de funcionamento. E o pedal de freio estando bem regulado também é fácil de acionar.
As pedaleiras são muito juntas à moto, já que a Pop é estreita, deixando os joelhos bem arqueados e quase juntos um ao outro. Dessa forma, essa posição de pilotagem é cansativa mas traz uma certa agilidade na condução urbana.
Suspensões deixam a desejar e iluminação cumpre o objetivo
A Pop 110i é equipada com suspensão dianteira de garfo telescópico, com 100 mm de curso, enquanto a traseira em braço oscilante, com 83 mm de curso. São duras, não dando final de curso em momento algum.
Porém, senti falta de uma regulagem de pré-carga nos amortecedores traseiros, pois, junto com o banco judiam um pouco da coluna.
Já a iluminação é composta de lâmpadas halogenas, com um farol que ilumina bem, mas não tem lampejador, enquanto as setas são integradas à carenagem.
Impressões finais e preço
É uma moto com um acabamento bem feito, peças de carenagem bem encaixadas, tem proteção de borracha nos cabos junto aos manetes, evitando assim entrar água e poeira.
Por fim, uma moto honesta, econômica, ágil e com preço justo cotado pela FIPE de setembro em R$ 9.117. E aí, vale o investimento para fazer médias acima dos 60 km/l?!