Nesta semana, rumores deram conta de que o time oficial da Suzuki iria deixar a MotoGP. Conforme veiculado no meio especializado, a equipe poderia bater em retirada ao final temporada de 2022. No entanto, os organizadores do campeonato mundial negaram qualquer saída. Vamos então entender melhor o que está acontecendo.
Suzuki vai sair da MotoGP?
A Suzuki foi uma das fabricantes precursoras do mundial de motos. Ainda durante a época das máquinas movidas a 2 tempos de 500cc, conquistou títulos mundiais com pilotos como Barry Sheene, Marco Lucchinelli, Franco Uncini, Kevin Schwantz e Kenny Roberts Jr.
Os japoneses continuaram presentes quando a categoria virou a MotoGP e mudou para os motores de quatro tempos. No entanto, fez sua primeira saída no final da temporada de 2011, alegando dificuldades financeiras.
Pouco tempo mais tarde, a marca reconstruiu o projeto e fez seu retorno integral à classe em 2015. Mas foi somente no ano atípico de início da pandemia, em 2020, que a Suzuki ganhou seu primeiro título mundial em 20 anos, conquistado por Joan Mir.
Agora, apenas sete anos depois do retorno, rumores dão conta de que o time oficial pode sair novamente. Segundo especulado, chefes da equipe reuniram os membros do grupo na MotoGP para comunicar a decisão, ainda na segunda-feira (2).
No entanto, um anuncio oficial da Suzuki ainda não surgiu. Especula-se que questões financeiras tenham motivado tal decisão ventilada. Nos últimos anos, a referida pandemia mexeu não somente com o calendário do campeonato, mas também com a receita financeira dos times participantes.
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Decisão pode ter sido ‘freada’
Tão logo os rumores ganharam volume na mídia, a Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais da MotoGP, divulgou um comunicado. Segundo os organizadores, a fabricante tem contrato ainda vigente e que não permite que essa decisão seja tomada “unilateralmente”, apenas por opção da Suzuki.
Os japoneses, assim como todas as outras marcas participantes da MotoGP, têm um contrato com a Dorna até o fim de 2026. Em acordo de cinco anos, assinado ainda no ano passado e que passou a valer em 2022.
Com esse anúncio oficial, pode ser que um comunicado da Suzuki tenha sido suspenso por hora. No entanto, a Dorna afirma que decidirá o tamanho do grid para 2023, caso a Suzuki de fato saia da categoria.
O que acontece agora?
Atualmente, o grid da MotoGP está limitado a 24 motos. No momento, a Ducati possui oito protótipos correndo, um time oficial e dois satélites. Enquanto a Yamaha, a Honda e a KTM têm quatro máquinas, equipe de fábrica e cliente.
A Suzuki e os italianos da Aprilia contam somente com seus times de oficiais, com apenas duas motos cada. Mas segundo a Dorna, o cenário desejado seria de seis montadoras no grid com quatro pilotos cada. Os rumores porém, agora colocam o futuro do atual grid em dúvida.
Parece cedo ainda para imaginar como será em 2023. Quanto aos pilotos da Suzuki, o campeão mundial de 2020 Mir e Alex Rins, já existe um cenário hipotético. Mir poderia mudar para a Honda e alinhar ao lado de Marc Márquez em 2022. Já o futuro de Rins permanece incerto, assim como seu time atual.