Depois de muitos rumores e indícios, a Suzuki deixou claro seu objetivo de sair da MotoGP. Nesta quinta-feira, 12 de maio, a empresa azul emitiu um comunicado oficial dando fim às polêmicas que pairavam sobre o assunto. Ela dirá adeus ao Mundial de Motovelocidade já no fim da temporada 2022, algo que está negociando com a Dorna, organizadora do evento.
Suzuki deixa a MotoGP: veja 5 momentos históricos
Mas não podemos deixar a Suzuki ir embora da MotoGP assim, sem uma homenagem. Por isso relembramos 5 momentos incríveis da empresa de Hamamatsu nas pistas da maior competição de motos do mundo. Esperamos que você volte em breve (mais uma vez), Suzuki.
1 – Suzuki sai e volta, volta e sai da MotoGP
Tá achando que esta é a primeira vez em que a Suzuki deixa a MotoGP? A empresa teve muitas idas e vindas no Mundial, inclusive quando ainda se chamava 500cc. Vamos relembrar algumas.
Embalado pelo sucesso de pilotos idependentes, o time oficial entrou na competição em 1974… mas saiu apenas dois anos depois, deixando o comando do trabalho a um importador britânico. Nos anos 1980 ele deixa a cena novamente, saindo em 1984 e retornando em 87. Nos anos 2000, outra movimentação. A Suzuki retira-se em 2011, quando representada apenas por um piloto (Álvaro Bautista), por motivos financeiros ligados à crise internacional.
Então, a redenção. Ela desenvolve uma moto inteiramente do zero, a GSX-RR, contrata o chefe de equipe Davide Brivio e escala os pilotos Aleix Espargaró e Maverick Viñales, para seu retorno em 2015. O time faz um ótimo trabalho, é campeão em 2020 (com Joan Mir) e abandona o mundial apenas 2 anos depois.
2 – Começou como equipe independente
A estreia de uma moto Suzuki no Mundial não aconteceu por intermédio da própria marca, mas sim por equipes independentes. Em 1971 o piloto Jack Findlay e o parceiro Daniele Fontana compraram uma Suzuki T 500 e a prepararam para acelerar nas pistas, na classe principal. Deu tão certo que faturatam bons resultados, venceram uma corrida (na Irlanda) e motivaram a fábrica a criar seu time oficial. Assim, a Suzuki entrou de vez no Mundial em 1974, com pilotos os Barry Sheene e Findlay.
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3 – Entrou novato, saiu campeão
Às vezes, um piloto recém-chegado de outra categoria ou equipe é campeão na classe máxima. É raro, mas aconteceu com nomes como Valentio Rossi em 2004 (quando saiu da Honda, onde era campeão, e foi para a Yamaha, onde venceu também) e com Marc Márquez, que veio da Moto2 e foi campeão logo em sua primeira temporada pela Honda na MotoGP, em 2013.
E também rolou com a Suzuki, 30 anos antes. Em 1982, a equipe de fábrica precisava de alguém para substituir o então campeão Marco Lucchinelli e notou um jovem talentoso, chamado Franco Uncini. O italiano já corria de Suzuki independente e foi convidado para acelerar uma moto oficial. Não deu outra, foram cinco vitórias e o título Mundial.
4 – Primeira vitória de Alex Barros
O principal nome da motovelocidade brasileira, Alex Barros, viveu bons momentos com a Suzuki. Foi a bordo da RGV500 e representando o time de fábrica que o então jovem de 23 anos faturou sua primeira vitória no Mundial de Motovelocidade. Foi em sua temporada de estreia pelo time, em 1993, no circuito espanhol de Jarama. Aliás, naquele mesmo ano o colega de equipe Kevin Schwantz iria faturar o título, acelerando a tradicional Suzuki Lucky Strike – que até hoje inspira customizadores.
5 – Quebrou um domínio Honda-Yamaha de 12 anos!
Anote aí: a Suzuki foi campeã Mundial por pilotos em 1976 e 77 (com Barry Sheene), 1981 (Marco Lucchinelli), 1982 (Franco Uncini), 1993 (Kevin Schwantz), 2000 (Kenny Roberts Junior) e 2020 (Joan Mir). Ou seja, em 7 ocasiões. E o último título veio recheado de significados.
Primeiramente, porque foi o primeiro troféu da Suzuki na era MotoGP, com motores de 4 tempos. Assim, mostrou a capacidade de produzir motos modernas de altíssimo desempenho. Que bebra, interrompeu um longo domínio das rivais Honda e Yamaha, que se revezavam no lugar mais alto do pódio desde por 12 anos – desde 2008!