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Mistura de estilos da própria marca - VFR 1200 e CBR 1000RR - a nova moto chega importada da Tailândia e quer dominar o segmento das esportivas de entrada

Mistura de estilos da própria marca - VFR 1200 e CBR 1000RR - a nova moto chega importada da Tailândia e quer dominar o segmento das esportivas de entrada

Seis meses após ter sido apresentada no Salão Duas Rodas, a Honda mostra ao mercado brasileiro a CBR 250R. A chegada da moto marca o início de uma nova estratégia da marca para manter – e talvez até ampliar – sua liderança no mercado brasileiro.

“Nosso line-up hoje tem 26 motos e vamos apresentar, além desta, mais 6 novas motos este ano, além de versões novas das já existentes”, falou o supervisor de relações públicas da Honda, Alfredo Guedes. Essa afirmação é emblemática e mostra que a Honda não cogita perder parte de sua gigantesca participação de mercado no Brasil que beira 80%. “A Honda vai preencher os vários espaços onde ainda não atua, inclusive em nichos bem específicos para ampliar ainda mais nossa linha de motocicletas”, complementou Guedes.

Se por um lado essa nova postura pode trazer preocupação aos concorrentes da Honda, por outro lado o benefício é inegável para o consumidor e para o mercado brasileiro pois deixa claro que a concorrência fez a líder se mexer, apesar de sua liderança absoluta não estar sob qualquer ameaça. Ao consumidor, uma simples conta matemática: até o início deste ano só haviam duas motos esportivas no segmento das 250cc e agora tem quatro. E é isso que interessa.

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Panorama deixa a pergunta: se a Honda confirmar a previsão, as outras continuarão vendendo o mesmo volume?

Panorama deixa a pergunta: se a Honda confirmar a previsão, as outras continuarão vendendo o mesmo volume?

Dentre as motos de marcas tradicionais, a Honda CBR 250R é a primeira de baixa cilindrada importada, exceção feita às motos especiais de competição.  A CBR 250R é fabricada na Tailândia, uma das duas fábricas onde a moto é produzida – a outra é na India – para abastecer todos os mercados mundiais. “Os únicos itens brasileiros que a CBR 250R tem são os adesivos em português”, mostrou Guedes.

Esta condição encareceu a moto e seu preço pode vir a ser um problema para atingir a meta* de quase 900 motos por mês até o final de 2012 (veja tabela). A CBR 250R tem preço sugerido de R$15.490,00 na versão sem ABS (R$17.990,00 c/ABS) e a Honda aposta na força e confiabilidade da marca e também nas qualidades da moto – sobretudo estilo, design, conforto e modernidade – além de uma rede de distribuição com mais de mil lojas em todo o Brasil. “Se fossemos vender uma por loja já não teríamos para entregar, mas deveremos concentrar a venda nas regiões Sul e Sudeste, onde este segmento atrai mais do que em outras regiões e ela passa a ser comercializada pela rede de concessionárias Honda em todo o Brasil a partir da próxima semana”, informou Guedes.

A Honda insere o novo modelo em sua linha na base do segmento de motos esportivas e aponta seu marketing aos consumidores brasileiros que querem uma moto esportiva de média cilindrada como opção de transporte e lazer. “Mas o apelo principal de compra deve ser o design”, indica o executivo da Honda. A CBR 250R é realmente bonita e chama a atenção pois valoriza o estilo esportivo.

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Desempenho

Esportividade com conforto: esta é a proposta da CBR 250R

Esportividade com conforto: esta é a proposta da CBR 250R

As condições oferecidas pela fábrica para um rápido test-ride foram suficientes para perceber que a nova moto segue o padrão da marca quanto ao conforto. Apesar de ser uma esportiva, a CBR 250R oferece um encaixe perfeito ao piloto e a posição de pilotagem não chega a ser muito agressiva e dá preferência ao conforto. Mas seu visual esportivo não deixa dúvidas  de que é uma super-esportiva, com o peso da esportividade que a família CBR tem.

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No curto percurso realizado na cidade a moto comporta-se quase como uma street urbana, mostrando-se precisa nas manobras e até com uma ângulo de esterçamento mais conveniente. O motor responde adequadamente e possui torque de sobra mesmo a rotações baixas, o que “economiza” trocas de marchas, oferecendo a oportunidade de se andar com bastante tranquilidade. Os motores de menor cilindrada, para ter esportividade sacrificam a facilidade de conduzir, forçando muitas trocas de marcha e a configuraçào desse motor, até por ser mono-cilindro, deve receber crítica dos mais afeitos à esportividade quando se espera performance pura. A CBR 250 R é uma moto com estilo esportivo, mas com facilidade, conforto e conveniência na condução diária. Essa é a sua proposta.

Um teste mais apurado da CBR 250R não aconteceu ainda, mas já deu para perceber que ela vai muito bem em baixas rotações e os 26,5 cv de potência empurram a moto com rapidez quando há necessidade de fazer o motor encher. A velocidade cresce rapidamente e dá para sentir que a moto tem força suficiente para manter boa velocidade de cruzeiro em rodovias sem qualquer desconforto.

Estilo

Mistura de estilos deu à CBR 250R personalidade própria e um bonito perfil

Mistura de estilos deu à CBR 250R personalidade própria e um bonito perfil

A Honda informa que a principal razão da compra dessa motocicleta é o design. Por isso nela se juntam características da VFR 1200, como a rabeta e o escapamento, com o DNA das superesportivas da família CBR. E esta mistura deu à nova moto um estilo próprio que não deixa dúvida quanto à sua esportividade, mas ela não se mostra tão leve e com ciclística rápida quanto seria de se esperar, gerando dúvida sobre o seu verdadeiro tamanho. Ela parece maior do que realmente é, ao menos visualmente. A Honda fez questão de informar que trata-se de um modelo global da Honda, vendido aqui exatamente igual a moto vendida na Europa, Japão e outros mercados importantes.

O painel completo segue o estilo das esportivas

O painel completo segue o estilo das esportivas e os semi-guidãos, por cima da mesa da suspensão dá boa posição na coluna, não muito inclinada

A parte dianteira traz conjunto óptico com o farol multi-refletivo. A carenagem integral é inspirada na VFR 1200F e suas fixações não são visíveis. O painel de instrumentos é bem interessante, com apenas o tacômetro (conta-giros) analógico maior posicionado bem ao centro e o visor de LCD pequeno abaixo, como os modelos esportivos. É de fácil visualização e traz todas as informações necessárias: velocidade, rotação e temperatura do motor. Além disso, possui relógio digital, luzes indicadoras de combustível e sinalização, bem como hodômetro (total e parcial).

O escape da CBR 250 R lembra muito o da VFR 1200

O escape da CBR 250 R lembra muito o da VFR 1200

O assento bipartido coloca o garupa em posição mais alta e até que confortável e a rabeta conta com alças em alumínio pintadas de preto. A ponteira do escape é de aço inox com desenho triangular e os dois semi-guidões sobre a mesa e as pedaleiras levemente recuadas completam o conjunto da nova Honda CBR 250R.

Como foi pensado o design da CBR 250R

Como foi pensado o design da CBR 250R

Motor

 

O modelo é equipado com o novo motor monocilíndrico de 249,6 cm3, DOHC (Double Over Head Camshaft), 4 válvulas e com injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection), arrefecido a líquido, que desenvolve potência de 26,4 cv a 8.500 rpm, e torque de 2,34 kgf.m a 7.000 rpm. Este é o primeiro motor DOHC no mundo à utilizar balancins roletados, que asseguram baixo atrito, menor vibração e maior eficiência. De fato, quase não se percebe vibrações.

Aliado a Unidade de Controle Eletrônica (ECU) que possui 7 sensores para determinar a melhor condição de alimentação do motor, a motocicleta possui grande autonomia, segundo informações da Honda. O tanque tem capacidade para 13 litros (3,5 litros na reserva).

O chassi da CBR 250R tem uma clara influência italiana, com uso de treliça; os braços que se fixam ao motor seguem a lógica da linha das esportivas da Honda atuais

O chassi da CBR 250R tem uma clara influência italiana, com uso de treliça; os braços que se fixam ao motor seguem a lógica da linha das esportivas da Honda atuais

Ciclística

O chassi da CBR 250R é do tipo Diamond Frame, com o motor fazendo parte da estrutura, com perfil tubular. As suspensões seguem padrão da marca com soluções sempre utilizando o que há de mais adequado para o segmento da motocicleta. A dianteira é composta por garfo telescópio com curso de 130 mm e a traseira leva o mono-amortecimento Pro-Link com 104 mm de curso e cinco regulagens de compressão na pré carga da mola.

O sistema de freio recebe disco único de 296 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo na dianteira. Já a traseira, o disco de 220 mm de diâmetro é acionado por pinça de pistão simples. A versão com freios Combined ABS (C-ABS), apresenta o sistema que reúne os benefícios do ABS (Anti-lock Brake System) e do CBS (Combined Brake System). Enquanto o primeiro evita o travamento das rodas em frenagens bruscas, facilitando o controle do veículo, o segundo distribui a força de frenagem entre as rodas dianteira e traseira. A parte dianteira é composta por disco único de 296 mm de diâmetro com pinça de três pistões.

O amortecedor traseiro tem regulagem na pré-carga da mola

O amortecedor traseiro tem regulagem na pré-carga da mola

A CBR 250R é equipada com rodas de liga leve de 17’’, além de pneus esportivos sem câmera. Na dianteira, tem configuração de 110/70 e na traseira utiliza pneu 140/70, o mais largo da categoria e segmento.

Disponível nas cores preta e azul (versão C-ABS está disponível apenas na cor azul), a nova CBR 250R está disponível em toda a rede de concessionárias Honda do Brasil e a garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.

 

Ficha Técnica Honda CBR 250R

Ficha Técnica Honda CBR 250R

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