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Decidir a troca de moto não é fácil, sobretudo quando há um fator sentimental sobre o objeto em questão. Mas após 7 anos e 115 mil km de muitas alegrias e histórias, a necessidade falou mais alto. Já era hora de trocar minha Suzuki Intruder 125. Depois de ler, discutir muito com os amigos e botar na ponta do lápis tudo sobre a troca da moto – quais as opções, melhor custo-benefício (seja lá o que isso significa), nova ou usada, peças de reposição, revisões, seguro ou rastreador, gosto pessoal – veio a parte mais difícil. Qual seria a moto?

Decidi compartilhar esta experiência aqui no Motonline, já que para muitos pode ser até corriqueira essa decisão de troca de moto, mas creio que para a maioria de nós nunca é assim tão simples, como não foi simples para mim. São muitos pontos a serem considerados, diferentes possibilidades e inúmeras variáveis antes de tomar a decisão final. E claro, ninguém quer tomar susto nenhum no meio do caminho ou arrepender-se lá no final, quando nada mais pode ser mudado.

A Suzuki Intruder com a qual rodei 115 mil km; decisão difícil para a troca da moto

A Suzuki Intruder com a qual rodei 115 mil km; decisão difícil para a troca da moto

Eu me deixei levar pelo sentimento que tinha pela minha suzukinha e, de fato, não tinha urgência em adquirir outra moto. Assim, adiei a decisão o máximo possível. Até o dia que aconteceu a quebra da velhinha (a moto) e fiquei mais de um mês a pé. Sabe como é moto velha e muito usada, ao consertar uma coisa quebra outra. Eu estava literalmente de caso com o mecânico. Ficava com ela um dia e o mecânico ficava com ela uma semana. Isso me consumiu dinheiro, tempo e paciência.

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Então resolvemos (eu e a patroa) trocar de moto. Tudo bem, mas como? Ou melhor, com que dinheiro? Então começamos uma peregrinação para levantar a verba, dar um tapa na velhinha (na moto) e deixá-la vendável para ajudar nesse caminho! Decidimos então por uma moto zero km pois era o mais correto a fazer no momento e a tal da relação custo-benefício era razoável. Levantamos o dinheiro e fomos comprar a moto. Mas não foi assim fácil e rápido como parece.

A velha e a nova moto: sem arrependimento

A velha e a nova moto: sem arrependimento

A burocracia envolvida nisso é exaustiva. Vende a velhinha (a moto), vai à loja, acerta a papelada, vai ao banco, transfere a verba, volta na loja, pega a papelada, uma semana para sair a nota fiscal e como não poderia deixar de ser, a mesma vai parar em outra cidade, a moto nova chegou quatro dias antes da nota. Bom, finalmente tudo certinho e por motivos óbvios de economia, resolvi eu mesmo dar entrada na documentação para fazer o primeiro licenciamento. Sem trauma, porque é tudo relativamente rápido e fácil, desde que você tenha uma paciência de Jó, os bancos não estejam em greve e você saiba preencher a papelada sem errar nem uma vírgula. Claro, eu só cumpri o primeiro requisito. Mas o que é preciso para fazer o primeiro emplacamento da moto?

A moto não existia no cadastro; culpa do sistema

A moto não existia no cadastro; culpa do sistema

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Nesse link do site do Detran.SP são fornecidas todas as informações necessárias, lembrando que é preciso ir ao Banco do Brasil pois é só lá que podem gerar e pagar as primeiras taxas de emplacamento e ao Detran/Ciretran ao menos 2 vezes, pagar as taxas e apresentar as mesmas ao órgão. No meu caso houve um agravante que era a falta de cadastro da moto no sistema. Então demorou o dia todo a peregrinação (das 9:00 às 16:00), passando por um despachante e um chefe de departamento no Ciretran que não sabiam como resolver o caso da falta de cadastro da moto no sistema da secretaria da fazenda.

Mas um simples telefonema resolveu. Como a moto não constava no sistema ao preencher as informações no site IPVA fazenda na área de Marca, bastaria clicar em “N”. Identificado o Modelo, clicar em Veiculo Nacional Não Cadastrado. Bom, após três viagens ao banco, porque o mesmo estava em greve, consegui pagar todas as taxas e a moto já existia para o maravilhoso sistema de impostos do nosso País. Seu nome? Yamaha XTZ Crosser 150.

Nesse meio tempo, cotei seguro e rastreador, pois queria saber qual era o mais viável para o meu perfil. Aliás, fazer isso pela Internet é prático e fácil. É só preencher um cadastro em algum site de rastreadores que logo eles entram em contato com você. Se preferir, procure um corretor de seguros conhecido ou indicado por alguém. No meu caso, optei pelo rastreador que “coube” no meu bolso. Aí foi só esperar…esperar…e ….. aguardar mais um pouco. A ansiedade era grande. Peguei a moto finalmente. Devo confessar que depois de tanto tempo com a suzukinha Intruder, achei que não me acostumaria e nem gostaria de outra moto. Estava redondamente enganado. Após 1300 km com a Crosser, não me vejo pilotando outra moto tão cedo.

Ela me surpreendeu pois seu motor mesmo em fase de amaciamento oferece respostas rápidas quando solicitado, seu design esguio e mais alto facilita muito a ultrapassagem em espaços livres e a passagem pelos corredores em São Paulo e o fato do seu motor ser Flex – bicombustível – também me chamou a atenção. Veja mais sobre minha avaliação desta moto no link do Guia de Motos da Comunidade Motonline. Por enquanto é isso. Quem se interessar em acompanhar como se sai a Yamaha Crosser pode acessar o tópico Relatório da XTZ Crosser com informações que os donos da moto podem postar e quem mais quiser pode tirar dúvidas. Até a próxima….. moto!

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Patriarca
Enfermeiro socorrista por profissão, mecânico por esporte e motociclista por paixão, Patriarca é moderador do Fórum e também pauteiro (não confundir com "paupiteiro") da redação do Motonline.