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Raramente um acidente ACONTECE, na grande e esmagadora maioria das vezes eles sÆo provocados. Estou pegando no p‚ deste tema para tentar responder … pergunta do meu amigo. Ele se mostrou preocupado pelo n£mero de acidentes que aconteceram com motociclistas conhecidos. Um deles, lamentavelmente, com resultado fatal.

Bastaram algumas perguntas sobre a dinƒmica do acidente para descobrir imediatamente a causa: erro na avalia‡Æo da capacidade de pilotar. Ou seja, um erro unicamente humano. Os departamentos de trƒnsito do mundo todo apontam que mais e 80% dos acidentes sÆo provocados por falhas humanas. Raramente a culpa recai sobre problemas nas vias ou defeitos nos ve¡culos.

Encabe‡ando a lista de falhas humanas estÆo o excesso de velocidade, a ultrapassagem inadequada e a ingestÆo de bebidas alco¢licas. Como nÆo h  uma estat¡stica espec¡fica para motociclistas, eu ouso afirmar que as causas podem ser divididas conforme o usu rio. Entre os motofretes, os acidentes sÆo provocados por falta de manuten‡Æo das motos e excesso de velocidade.

No caso dos acidentes em estradas, com motos esportivas ou custom, o principal motivo de quedas ‚ o erro de avalia‡Æo das limita‡äes do piloto. O acidente descrito pelo meu amigo ‚ um caso t¡pico. Em uma turma de motociclistas, alguns se destacam na frente do pelotÆo e quando os outros tentam acompanhar algu‚m acaba caindo. Em SÆo Paulo este tipo de “passeio” deixou muitos ¢rfÆos e vi£vas.

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O primeiro passo para entender um acidente ‚ procurar o conjunto de fatores contribuintes. No caso do acidente relatado, a velocidade foi uma questÆo relativa, porque um motociclista pode se sentir seguro fazendo uma curva a 150 km/h e outro simplesmente nÆo consegue nem a 90 km/h. A manuten‡Æo das motos tamb‚m nÆo foram relevantes, pois eram novas e bem conservdas. A estrada era bem pavimentada e com acostamento.

O perfil do motociclista acidentado revelou uma pessoa equilibrada, acima de 50 anos, n¡vel superior e interessado na seguran‡a. EntÆo quais foram os fatores contribuintes? O primeiro foi o erro de julgamento. Muitos motociclistas nÆo conseguem avaliar a pr¢pria capacidade de pilotar e s¢ se dÆo conta disso quando j  estÆo no meio de uma curva. O segundo fator contribuinte foi a coloca‡Æo de uma cerca pr¢xima da estrada. Ao sair da pista o motociclista bateu em um mourÆo. As empreiteiras que projetam e constroem as estradas “esquecem” da existˆncia das motos e instalam guard-rails muito altos, postes de sinaliza‡Æo sem prote‡Æo ou permitem que moradores instalem cercas muito pr¢ximas das vias.  necess rio manter uma boa margem para funcionar como  rea de escape tanto para carros quanto para motos.

Mesmo assim tenho de afirmar que o principal fator contribuinte foi de origem humana, quando o motociclista tentou ir al‚m dos seus pr¢prios limites. Por isso, h  mais de 20 anos insisto na mesma tecla: acidentes nÆo acontecem, eles sÆo provocados.