Publicidade

Aerodinâmica caseira funciona

Mike Turner é um maluco por aerodinâmica mas, como a maioria de nós, não tem acesso direto a túneis de vento e outras coisinhas do gênero.

Assim mesmo, resolveu passar a mão num seu velho Honda Civic de 17 anos e 560 mil quilômetros e ver se melhorava seu coeficiente de arrasto, que de fábrica é de 0,34.

Aos poucos, gastando quatrocentos dólares em materiais, colocou um (segundo) painel de piso para deixar lisa a parte de baixo do carro, fechou as entradas de ar dianteiras para radiador e freios, fez saídas específicas para o ar que ainda assim passava pelo radiador e escoava pelas caixas de rodas e arrancou os espelhos retrovisores laterais. Depois, ao estender seus testes a saídas noturnas, descobriu que os faróis puxavam muita energia e substituiu-os por lâmpadas LED.

Publicidade

Conversou com um pessoal que trabalha num túnel de vento e conseguiu que verificassem seu novo Cx. Acreditem, apesar de painéis externos nada lisos, chegou a 0,17 – virtualmente o mesmo de Civics aerodinâmicos experimentais de fábrica.

Claro, esses últimos são muito mais bonitos, com painéis externos lisos e manutenção de coisinhas como entradas e saídas de ar, espelhos retrovisores laterais e por ai vai. E ambos, os de fábrica e o do Mike, fazem mais de 40 km/h a 100 km/h constantes.


José Luiz Vieira, Diretor, engenheiro automotivo e jornalista. Foi editor do caderno de veículos do jornal O Estado de S. Paulo; dirigiu durante oito anos a revista Motor3, atuou como consultor de empresas como a Translor e Scania. É editor do site: www.techtalk.com.br e www.classiccars.com.br; diretor de redação da revista Carga & Transporte.