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Alessandro e a KTM: 5 mil km e apenas um pedágio de 1 dólar

Alessandro e a KTM: 5 mil km e apenas um pedágio de 1 dólar

Depois de oito anos de planejamento, o administrador de empresas, Alessandro Fabrício alcançou na última terça-feira (19), o topo máximo de sua expedição. A bordo de uma KTM 990 Adventure, o motociclista chegou ao Alasca (EUA). Por lá, visitou a capital Juneau e as cidades de Skagway, Haines, Haines Junction e Fairbanks (que é o maior e mais importante município do lugar).

Hoje, completam-se 21 dias de viagem, com mais da metade dos 25 mil quilômetros previstos já percorridos, e algumas revisões na moto, que chama muito a atenção pelas estradas americanas. “A KTM é pouco conhecida nos EUA. A frase que mais escuto é: Nice bike! What is? Inclusive o dono de uma das oficinas onde fiz a revisão da moto, nunca havia visto uma 990 Adventure”, contou.

A aventura começou no dia 01 de julho, com partida de Miami, Sul dos Estados Unidos. Disposição, resistência, coragem e equilíbrio são ingredientes necessários para enfrentar muito sol, calor, frio, chuvas e ventos fortes. Fabrício já sentiu os dois extremos nesta “caminhada” que tem previsão para acabar, no dia 02 de agosto.

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Paisagens deslumbrantes, frio, calor, chuva e tempestades acompanham o viajante

Paisagens deslumbrantes, frio, calor, chuva e tempestades acompanham o viajante

Durante a ida, Fabrício registrou paisagens como o Monument Valley, uma área situada na reserva dos índios Navajos, entre os Estados de Utah e Arizona. “Há tempos planejava passar por lá”, enfatizou ele. O local já serviu de cenário para os filmes Telma & Louise, Forrest Gump, Easy Rider, entre outros. “Depois, peguei o caminho para Flagstaff. Havia sinal de chuva pesada e começaram ventos fortes na descida da serra, que jogavam a moto para o lado direito, no sentindo do acostamento. O problema é que a moto está pesada, com duas malas laterais, barraca e saco de dormir, ferramentas, peças etc”, detalhou.

O aventureiro impressionou-se com o comportamento dos americanos na estrada e no trânsito nas cidades. Desde que saiu de Miami, não houve qualquer susto ou situação que apresentasse perigo. Uma curiosidade da viagem é que neste percurso houve apenas um pedágio de U$ 1,00 em mais de 5 mil quilômetros. “Por esse valor, as pessoas usufruem de estradas seguras, totalmente sinalizadas e com asfalto da melhor qualidade. A cada 500 milhas existe um centro de descanso, com banheiros limpos, policiamento e máquinas que vendem de tudo. É… o Brasil tem bastante o que aprender”, desabafou.

A subida rumo ao Norte, ao Alasca, começou no sétimo dia. “Realmente, é muito bom tirar férias e fazer o que se gosta. Andar de moto todos os dias, acelerando com segurança por cerca de 12 horas, por estradas e paisagens maravilhosas, não tem preço”, reconheceu.

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Devido a algumas variações climáticas (como frio intenso e fortes chuvas), o roteiro inicial foi modificado. Fabrício não passou mais pelo Canadá e pegou uma embarcação (Ferry Boat) no décimo sexto dia de expedição, na cidade de Bellingham, em Washington. Foram quatro dias de balsa, distante de qualquer conexão com o mundo. A viagem de volta já começou. Neste momento, o motociclista está no Norte dos EUA. “Quero estar dia 02 de agosto, em Miami”, afirmou.

Acompanhem pelo http://alascahighway.zip.net, e siga-o pelo http://share.findmespot.com/shared/faces/viewspots.jsp?glId=0qFgR3qQ3P4chEjdnedq6dGIhU5xFCG3c.

Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.