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O segundo mês de 2013 apresentou nova queda no saldo de crédito para financiamento de veículos. A expectativa da ANEF – Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras – é de que o mais recente anúncio da prorrogação do IPI reduzido na atual taxa, até o final de 2013, dê maior fôlego ao mercado e reaqueça não só as vendas de veículos, mas também o setor de financiamentos.

Escassez de financiamento para motos novas faz com que o mercado de usados permaneça em alta

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Este otimismo indicado pelos números da ANEF se explica em parte pelo crescimento discreto nas vendas de veículos durante o primeiro trimestre deste ano e, também, pela adoção destas medidas logo no início do ano. “Assim, será possível que o saldo de financiamentos apresente uma reação mais rápida em 2013”, avalia Décio Carbonari, presidente da ANEF. Além desses fatores, há também a necessidade inadiável de que obras de infraestrutura movimentem o setor de veículos comerciais. “As concessões de portos e aeroportos, além da proximidade de grandes eventos, geram uma necessidade emergencial por caminhões, ônibus e carros para frotas”, completa o executivo.

Décio Carbonari, presidente da ANEF

Décio Carbonari, presidente da ANEF

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A queda registrada de janeiro para fevereiro foi de 0,9 % no saldo das carteiras de financiamento para a aquisição de veículos, passando de R$ 240,6 bilhões em janeiro (CDC e Leasing para pessoas física e jurídica) para R$ 238,4 bilhões em fevereiro de 2013. Na comparação com o mesmo período de 2012 (saldo de 245,3 bilhões) a redução foi de 2,8%.

Durante os dois primeiros meses, a liberação de recursos para financiamento foi de R$ 16.804 milhões, sendo R$ 16,374 milhões por CDC e R$ 430 milhões designados ao leasing. Dos recursos liberados por CDC, R$ 13,712 milhões foram para Pessoa Física e R$ 2,662 milhões para Pessoa Jurídica.

Durante fevereiro as taxas médias de juros praticadas pelos associados da ANEF seguiram estáveis, mantidas desde dezembro de 2012 em 1,25% a.m. e 16,08% a.a. Enquanto isto, a ponderação média das taxas praticadas pelo mercado (bancos de varejo) no financiamento de veículos seguiu em 1,57% a.m. e 20,5% a.a, no CDC para pessoa física e 1,21% a.m. e 15,5% a.a., no CDC para pessoa jurídica. A taxa Selic também se mostrou estável, ficando em 0,58% a.m e 7,25% a.a.

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Enquanto as financeiras não acenarem com mais crédito, será difícil a recuperação do setor das motocicletas

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Planos e prazos de pagamento
Os planos máximos disponibilizados pelos bancos aos consumidores seguiram em 60 meses, durante os primeiros dois meses deste ano, no entanto, o prazo médio das concessões foi de 43 meses. No mesmo período de 2012, este prazo médio era de 46 meses. Se comparado ao primeiro mês do ano, o prazo médio não apresentou oscilação.

Inadimplência
A falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC) acima de 90 dias, no caso de Pessoa Física, manteve-se estável em fevereiro, ficando em 6,4% nos contratos de CDC para Pessoa Física. Na comparação com fevereiro de 2012 (6,6%), a inadimplência deste público apresentou queda de 0,2 pontos percentuais.

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