Frequentemente, vemos que as fabricantes de motos anunciaram a montagem em formato CKD. A sigla é utilizada para designar qual o tipo de processo que será utilizado. Então: as fábricas de motos não ‘fabricam’ seus produtos aqui no Brasil? Entenda o que é o CKD.
Entenda o que é o CKD
A fabricação de motocicletas é composta por diversas etapas e pode ter diferentes formas, variando entre cada unidade fabril. Desta forma, cada marca opta por opções que sejam a mais ideal, para cada região em que o produto será localizado no mercado.
Em resumo, frequentemente aqui no Brasil vemos as marcas utilizando a sigla em inglês CKD (Completely Knock-Down) – “completamente desmontado” em tradução. Trata-se de um processo de montagem de kits.
Então, quando a marca indica que tem no país uma operação CKD significa que, na prática, ela recebe os kits (peças da moto) e realiza a montagem da motocicleta. Contudo, cada etapa, desde o recebimento até o final da montagem, pode variar entre a necessidade de cada marca. Além disso, alguns componentes e processos podem ser nacionalizados, como pneus fabricados no Brasil e pintura na fábrica local.
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Quem utiliza CKD no Brasil?
A utilização do modelo CKD para montagem de motos é utilizada por várias marcas no Brasil. Na verdade, por praticamente todas. Algumas possuem “fábricas” próprias por aqui, outras têm apenas uma linha de montagem em parceria com uma unidade nacional.
De forma resumida, todas as empresas, como a Royal Enfield, Harley-Davidson, Triumph, Ducati, Kawasaki, Suzuki, Haojue, BMW e KTM utilizam este formato por aqui. A exceção fica apenas para as duas gigantes, a Honda e a Yamaha. Lá, entram chapas de metal numa porta, enquanto motos prontas saem pela outra.
Contudo, apesar de terem unidades fabris com capacidade para cobrir todas etapas de fabricação, Honda e Yamaha também podem se valer do intercâmbio de peças. Por exemplo, a Honda da Argentina pode enviar e também receber peças da unidade em Manaus (AM). Além disso, modelos de alta cilindrada (como Africa Twin, CB 1000R e NC 750X), além de algumas scooter, também chegam ao Brasil em kits.
Falando em Manaus, todas as fabricantes e montadoras em formato CKD estão baseadas no polo industrial da cidade amazonense. Isso ocorre em função de isenções tributárias específicas dadas pelo Governo para empresas estabelecidas no local, o que resulta em um custo de fabricação mais competitivo.
Contudo, uma exceção a esta regra é a chinesa Shineray, que não monta suas motos em Manaus. A marca concentra sua operação no Complexo de Suape, nas proximidades de Recife (PE). Também no regime CKD.