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Lá fora, principalmente na Europa, há sistemas de marchas para bicicleta que pouco conhecemos por aqui. Nós somos muito influenciados pelo mercado americano e o mountain bike.

A maioria das nossas bicicletas tem câmbio com uma relação de 3 coroas na frente e 7 atrás, portanto 21 marchas acionadas por dois câmbios (descarrilhadores) externos, um dianteiro e outro traseiro. O próprio mercado americano está redescobrindo outras opções que a muito ficaram esquecidas por lá, mas não no mercado de bicicletas urbanas europeu.

Como a bicicleta nunca deixou de ser usada para transporte na Europa, o câmbio embutido no cubo da roda traseira continuou sendo o mais usado porque é mais resistente e dá menos manutenção. Como bicicleta para transporte normalmente é usada em terrenos mais planos e distâncias curtas, a opção de ter somente 3 marchas é sensata. Mais ainda; a corrente pode trabalhar completamente coberta, o que alonga muito a vida útil dela e de todo sistema. Estes câmbios, a maioria com freio contra-pedal, acabaram se transformando em referência de simplicidade, eficiência, durabilidade, principalmente os clássicos e quase indestrutíveis Sturmey-Archer.

Hoje há várias opções com um número de marchas maior, algumas até com 14 marchas, como o Rohloff, usado inclusive por alguns polícias de bicicleta da Holanda. A Shimano tem o Nexus com até 8 machas, mas já ouvi sobre um de 11 marchas. Nexus oferece a opção de freio embutido no cubo com acionamento manual que foi o freio mais preciso e agradável que experimentei. Ofereceram também um sistema com acionamento das marchas eletrônico – tipo câmbio automático de carro – que era uma maravilha, mas triste e infelizmente não decolou no mercado. Há opções de acionamento das marchas.

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Para mudar as marchas num câmbio de cubo o ciclista tem que parar de pedalar, ou girar os pedais sem fazer pressão. Alguns cubos modernos trocam a marcha de qualquer forma, mas a verdade é que em qualquer troca de marchas o ideal é aliviar a pedalada, principalmente no uso do câmbio dianteiro.

Pedalar com um câmbio de cubo com 12 marchas é mágico, porque os engates são perfeitos e a relação de marchas é perfeitamente escalonado. Sabendo usar a cadência das pernas fica perfeita.