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O protótipo campeão: movido a álcool e com toda tecnologia disponível

O protótipo campeão: movido a álcool e com toda tecnologia disponível

Pela quinta vez os estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) conquistaram o primeiro lugar na 8ª Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, que aconteceu no último final de semana no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba, SP. A equipe Fórmula FEI obteve 915,92 pontos na classificação das provas dinâmicas e estáticas. Com a vitória, a FEI ganhou o direito de representar o Brasil em maio de 2012 na Fórmula SAE Michigan.

Durante a competição, que começou na sexta-feira (18), a equipe da FEI também recebeu homenagens nas avaliações feitas pelos juízes. Foram analisados oito quesitos e a FEI foi melhor em três: Autocross, Custos de Manufatura e no Enduro de Resistência, esta a prova mais difícil, em que os carros são experimentados contra o relógio e no limite, não podem perder um parafuso sequer ou vazar uma gota de líquido sob o risco de serem desclassificados.

A equipe campeã: quinto título para a FEI

A equipe campeã: quinto título para a FEI

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“Esta foi uma competição muito difícil, porque muitas equipes estavam fortes e levaram bons projetos de veículo. Nossa equipe, que estava em desvantagem no sábado, conseguiu se igualar às primeiras colocadas e conseguimos administrar bem a prova de enduro”, destaca o capitão da equipe e um dos pilotos, Lucas Kira.

Campeã na competição em 2006, 2008, 2009 e 2010, a FEI levou este ano para a pista do ECPA o RS6, um protótipo mais compacto e leve em relação ao antecessor, o RS5. O Fórmula FEI conta com altos níveis de desempenho, dirigibilidade, estética, ergonomia, confiabilidade, além de fácil manutenção. Para isso, os estudantes investiram no uso de materiais leves e resistentes em diversas partes do veículo. Empregaram materiais como aço, alumínio, fibra de carbono, fibra de vidro e policarbonato.

O veículo tem suspensões duplo A, rodas aro 10″, pneus com composto supermacio, freios com pinças, discos e pastilhas projetadas pela equipe, motor monocilíndrico de 450 cc, com alterações para usar álcool, injeção eletrônica programável, controle de tração para aceleração e troca de marchas em plena carga. Com esse novo conceito na transmissão, o piloto pode trocar a marcha sem tirar o pé do acelerador, o que contribui para a redução do tempo de aceleração.

O carro também possui sistema de telemetria desenvolvido pela equipe, que permite a transmissão de informações sobre o funcionamento do carro durante o enduro entre box e veículo. Por meio do sistema, a equipe que está fora da pista recebe informações do carro, como velocidades das rodas dianteiras e traseiras em tempo real, e orienta o piloto por meio de rádio sobre a regulagem de balanço do freio, que pode variar durante uma prova e pode ser regulado pelo piloto durante a prova. Outras informações transmitidas das pistas para os boxes pelo sistema de telemetria são sobre rotação e temperatura do motor e do ar.

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A equipe da FEI é formada por 20 estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica e Elétrica. O projeto é extracurricular e os estudantes trabalham há três meses no carro. Em Piracicaba, todos os carros foram avaliados nos quesitos técnicos (projeto, relatórios de engenharia e inspeção técnica dos veículos) e provas dinâmicas, que incluem testes de aceleração, frenagem, manobrabilidade e desempenho em pista durante o enduro de resistência de 22 km.

Na segunda colocação da 8ª Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, ficou a F-SAE-Unicamp, da Universidade Estadual de Campinas, seguida pela equipe V8 Racing, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). A competição reuniu 20 equipes de um total de 22 inscritas, que representaram instituições de ensino também do Sul e Nordeste.