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A Honda apresentou as novas CB 650R e CBR 650R ontem, 8 de julho, através de uma live. O evento estava previsto para março, quando as primeiras unidades dos modelos chegaram às lojas, mas teve de ser adiado (e modificado) em virtude da pandemia do coronavírus.

Ao longo da exibição das principais características das duas motos, alguns números nos chamaram a atenção. Assim, eles se referem especialmente às médias de consumo: 21,8 km/litro na CBR e 20,9 km/litro na CB, considerando um misto de cidade e estrada. Nada mau para uma quatro cilindros.

Visual da CBR 650R remete à mais rápida esportiva da Honda, a CBR 1000RR Fireblade

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Os números são do Instituto Mauá de Tecnologia – IMT. Além disso, a entidade também aferiu a velocidade máxima dos dois modelos. Dessa forma, registrou 205,6 km/h na sport e 199,9 km/h na naked, dados que podem variar de acordo com o piso, piloto, clima e demais fatores.

CB 650R e CBR 650R têm reajuste de preços

Como sabemos, o mundo não é mais o mesmo de março para cá. Com as nuances do mercado, flutuações do dólar e demais fatores, o preço das CB 650R e CBR 650R também teve de ser reajustado. Para cima.

CB 650R adota o visual Neo Sports Café, também presente na CB 1000R. Além disso, está mais leve, com novos recursos eletrônicos e com motor mais vigoroso

CB 650R adota o visual Neo Sports Café, também presente na CB 1000R. Além disso, está mais leve, com novos recursos eletrônicos e com motor mais vigoroso

Assim, o valor sugerido pela CB passou dos R$ 37.900 em março para R$ 39.416, enquanto o da CBR foi reajustado R$ 39.500 para R$ 41.080. Ou seja, acréscimos abaixo de 5% sobre o valor total.

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Honda CB 650R: aposta para ampliar presença da marca entre as motos premium

Honda CB 650R foi apresentada no Salão Duas Rodas como aposta para ampliar presença da marca entre as motos premium

Esqueça as antigas. Essas são novas motos

Vale lembrar: as irmãs 650 foram o principal lançamento da Honda no Salão Duas Rodas 2019 e chegaram às lojas em março. Como são um modelo global, a naked até participou de um concurso europeu de customização – relembre aqui.

Só pra lembrar: essa era a antiga geração da CB 650

Voltando, esqueça as antecessoras e atente às siglas. As irmãs ‘R’ substituem as 650 ‘F’, vendidas por aqui de 2015 a 2019, mas vão além de uma simples atualizações das antecessoras. A naked, CB, adota o mesmo conceito New Sports Café empregado na nova geração da CB 1000R, de quem herda o design, enquanto a esportiva CBR tem linhas inspiradas diretamente na CBR 1000RR Fireblade.

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Novas CBR e CB 650R com outras suspensões e chassi

As mudanças não se limitam ao visual. O chassi tubular de aço com arquitetura tipo Diamond (com motor compondo sua estrutura) é novo e contribuiu para a redução de 4 kg em relação à sua antecessora. Os freios ABS são assinados pela Nissin e a posição de pilotagem está mais esportiva, com as pedaleiras levemente recuadas.

Já as suspensões dianteiras são Showa, up-side down e com a tecnologia SFF – Separated Function Fork, que separa as funções entre as bengalas, na qual uma age como amortecedor de dupla ação e outra como mola. Assim, dependendo do movimento do garfo, automaticamente o percurso do óleo pode ser pela válvula de maior ou menor diâmetro ou menor, favorecendo conforto em piso liso e esportividade em curvas de alta velocidade.

Motor mais vigoroso

O motor, por sua vez, segue o mesmo de quatro cilindros em linha, DOHC, de 649 cm³ e arrefecimento líquido. Porém, recebeu novo comando de válvulas e admite mais ar, enriquecendo a mistura com o combustível. Além disso, a taxa de compressão também subiu, de 11.4 para 11.6.

Assim, segundo a Honda, está mais vigoroso em baixas e médias rotações, especialmente de 3.000 a 7.000 rpm. Apesar disso, os números de potência praticamente não foram alterados. Desse modo, as novas CB 650R e CBR 650R geram 88,4 cv (a 11.500 rpm) e 6,13 kgf.m de torque (8.000 rpm). A antecessora produzia 87 cv e 6,4 kgf.m.

Sim, em alguns países do exterior ele produz 95 cv e 6,5 kfg.m de torque. Entretanto, as limitações impostas pelo Promot4 acabaram reduzindo os números do modelo nacional.

Breve síntese sobre as principais novidades da CBR ‘R’ em relação à antecessora, CBR ‘F’

Por sua vez, o câmbio de 6 marchas trabalha em conjunto com a embreagem assistida deslizante. Todo a configuração preza pela segurança e controle, seguindo o conceito que a marca tem adotado em outros modelos de alta cilindrada (como a Fireblade) chamado de ‘Total Control’. Na eletrônica, os modelos adotam o controle de tração Honda Selectable Torque Control – HSTC, que pode ser desligado numa pilotagem esportiva.

Síntese das novidades da CB 650R 2020

Visual inspirado na CB 1000R e Fireblade

Na CB, a iluminação full LED destaca o novo grupo ótico dianteiro, circular. O painel de instrumentos é do tipo blackout lcd e inclui indicador de marchas engatadas e luz-alerta “shift-up”, que avisa o momento ideal para troca de marchas. Assim, lembra o da CB 1000R.

A CB 1000R foi a primeira a adotar o conceito New Sports Cafe

Já CBR possui dois faróis com extremidades voltadas para o alto, remetendo à Fireblade. O tanque apresenta formas estudadas para o necessário contato físico que requer a pilotagem esportiva, enquanto o conjunto formado pelo assento em dois níveis e rabeta compacta complementa a silhueta, que valoriza a centralização de massas.

Fireblade serviu de ‘inspiração’ para visual da CBR 650R

Cores e garantia

As CB 650R e CBR 650R possuem garantia de três anos, sem limite de quilometragem, além do Honda Assistance (Assistência 24 horas) durante todo este período. A CB está disponível em Azul perolizado, Vermelho e Prata metálico, enquanto a CBR pode ser encontrada nas lojas nas cores Vermelho e Cinza metálico.

Bônus: CBR 650R terá copa monomarca no SBK Brasil

Não podemos encerrar a reportagem sem dar uma boa notícia aos fãs (e pilotos) da motovelocidade. Assim, a temporada 2020 do SuperBike Brasil contará com a Copa Pró Honda CBR 650R, categoria monomarca com o modelo recém-lançado.

CBR 650R mostrará todo seu potencial esportivo em categoria monomarca no SuperBike Brasil. Objetivo é ter grid lotado, com até 40 motos por prova

Desse modo, a classe acompanhará todo o calendário do SBK nacional e suas motos utilizadas na pista terão alterações bastante limitadas em relação às motos à venda nas concessionárias. Ainda, são esperados cerca de 40 competidores por etapa, lotando o grid. Além disso, a categoria terá acompanhamento do experiente (e campeão do Pikes Peak) Rafael Paschoalin.

Rafael Paschoalin, primeiro brasileiro campeão do Pikes Peak (foto) e a correr no TT Isle de Man, será embaixador da Copa Pro Honda CBR 650R

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza