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As duas motos que aparecem neste teste comparativo estão num segmento dos mais importantes do mercado brasileiro e representam, juntas, quase 4% das vendas de motos no Brasil. Degrau natural para quem sai da base do mercado (motos até 160 cm³) e busca mais versatilidade para uso urbano, viagens e até para encarar alguma aventura off-road, as trail Honda XRE 300 e Yamaha Lander 250 protagonizam hoje uma disputa intensa por consumidores. A Yamaha mantém desempenho de mercado melhor e vem ganhando espaço no segmento em 2019, enquanto que nessa briga pelos mesmos consumidores entram Royal Enfield Himalayan, BMW G 310 GS e Kawasaki Versys-X 300, apesar destas últimas três estarem em patamar superior.

Confira o vídeo deste comparativo

Vai encarar? Vai! Nesse teste comparativo, elas se mostraram tão semelhantes que as poucas diferenças ficaram em segundo plano

Vai encarar? Vai! Nesse teste comparativo, elas se mostraram tão semelhantes que as poucas diferenças ficaram em segundo plano

Queríamos ter tido a oportunidade de colocar todas elas juntas no mesmo comparativo, mas ficou impossível tê-las simultaneamente. Então fizemos avaliações individuais para cada uma. Confira nos links:

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"Bando" de pilotos

"Bando" de pilotos

O "Bando do Macaco" (parte dele) que participou do teste comparativo

Preparadas

Preparadas

As duas "feras" estão sempre prontas para encarar os desafios

Semelhantes

Semelhantes

Olhe bem, retire os adesivos e será difícil identificar, exceto pela cor

Multiuso

Multiuso

Elas enfrentaram estradas e trilhas com muita lama e poeira

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Escolha

Escolha

Opinião dos vários pilotos: muito parecidas em tudo

Versatilidade

Versatilidade

Foram 594 km de teste, com quase 200 km off-road

Diversão

Diversão

As duas motos se comportam de forma irrepreensível no off-road

XRE 300 x Lander 250

XRE 300 x Lander 250

E no final, continuam se encarando: duas feras prontas para todos os caminhos

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Colocamos as duas motos para percorrerem juntas um circuito misto e por diferentes pilotos. Até procuramos grandes diferenças, mas foram tantas semelhanças nos resultados de desempenho e na opinião dos pilotos sobre cada uma que ficamos surpresos. Até o consumo ficou muito parecido no comparativo e pode ser considerado bom para as duas motos. É claro que cada uma delas tem algo a ser destacado em relação à outra, como por exemplo, o conjunto de suspensões e o conforto da Honda XRE 300 se destacam frente à concorrente, mas a agilidade do conjunto ciclístico da Lander 250 faz diferença. Do outro lado, o excesso de vibração na Yamaha e a exigência de mais giro no motor para manter a XRE 300 esperta são igualmente perceptíveis.

Olhando assim de longe, difícil identificar

Olhando assim de longe, difícil identificar

Esclarecemos que os números mostrados na tabela foram obtidos após um percurso de 594 km, onde cerca de 170 foram percorridos no off-road. Veja na tabela os principais pontos analisados:

Comparativo prático

Item

Honda XRE 300

Yamaha Lander 250

Cidade É sensível o maior conforto da XRE 300 em função do banco mais macio, das suspensões com mais curso e da altura do banco menor A Lander 250 se mostra mais esperta nas manobras lentas e em baixas rotações, além de menor consumo de combustível
Estrada A pequena diferença de potência é percebida na estrada, onde a XRE 300 cresce mais rápido e sustenta melhor velocidades altas Em alta rotação e velocidade mais alta a vibração excessiva incomoda um pouco. Dá a impressão que falta uma 6ª marcha
Off-road Esta nova geração da XRE 300 parece ter sido feita para este ambiente, ela até facilita o trabalho para pilotos sem afinidade com o assunto. A falta de torque em baixas rotações aqui também prejudica um pouco o trabalho, exigindo mais trocas de marcha em subidas e retomadas Os doze anos de mercado da Lander 250 nunca deixaram dúvida de que ela sempre foi mais “off” do que “on” road. E sua vocação se confirma na geração 2019, que oferece desempenho irretocável e ainda com a grande vantagem de não ter o ABS na roda traseira – o ideal seria ter, mas poder desligá-lo
Garupa Não é o cenário ideal, mas levar garupa na XRE 300 é melhor do que na Lander 250, seja pelos poucos cavalos a mais ou pelo banco mais macio e confortável
Consumo Urbano: 28,3 km/litro | Estrada: 30,9 km/litro | Off-road: 26,3 km/litro    Média: 30,1 km/litro Urbano: 30,2 km/litro | Estrada: 31,9 km/litro | Off-road: 28,3 km/litro    Média: 31,7 km/litro
Estilo É inegável que a XRE 300 melhorou muito seu visual nesta nova geração, ao diminuir o bico do mosquito da dengue, mas ele continua lá A Yamaha quis imitar a rival e tirou a identidade da Lander como uma trail raiz, adotando também o para-lama baixo e o inútil bico
Tecnologia Iluminação full LED, rodas e balança de alumínio colocam a XRE 300 um passo adiante A Yamaha optou por manter custo baixo com uma moto ainda competitiva e fica atrás da rival
Manutenção 3 anos de garantia + óleo grátis da 4ª à 10ª revisões obrigatórias 4 anos de garantia + revisões com preço fixo
Painel Totalmente digital, traz velocímetro, hodômetro total e um parcial, marcador de nível de combustível, conta-giros, relógio e luzes-espia Totalmente digital, traz velocímetro, hodômetro total e dois parciais, marcador de nível de combustível, conta-giros, relógio e luzes-espia, além dos indicadores de consumo médio e instantâneo

Como se percebe claramente neste comparativo, há vários detalhes positivos ou negativos em uma e noutra moto. Mas consideramos todos tão pouco decisivos que ousamos concluir que as duas motos tem suas diferenças, mas ambas entregam desempenho praticamente igual. Até as diferenças mais importantes não são tão sensíveis no uso prático do dia-a-dia. E se você olhar as fichas técnicas de ambas, vai perceber até que muitos dados técnicos se equivalem, colocando-as como duas ótimas opções, apesar da diferença de R$1.000,00 no preço.

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Comparativo Ficha Técnica

Item

Honda XRE 300

Yamaha Lander 250

Motor Um cilindro, DOHC, 4 tempos, arrefecido a ar Um cilindro, SOHC, 4 tempos, arrefecido a ar
Capacidade cúbica 291,6 cm³ 249,5 cm³
Diâmetro X curso 79,0 mm x 59,5 mm 74 x 58 mm
Taxa de compressão 9,0 : 1 9,8 : 1
Partida Elétrica Elétrica
Bateria 12 V – 6 Ah 12V – 6 Ah
Sistema de Ignição Eletrônica TCI
Tipo de combustível Gasolina / Etanol Gasolina / Etanol
Capacidade do tanque de combustível 13,8 litros (3,9 litros na reserva) 13,6 litros (4,1 litros na reserva)
Alimentação Injeção eletrônica PGM-FI Injeção Eletrônica Blueflex
Torque máximo 2,7 kgf.m (gas) e 2,8 kgf.m (etanol) a 6000 rpm 2,1 kgf.m a 6500 rpm (gas ou etanol)
Potência máxima 25,4  cv (gas) e 25,6 cv (etanol) a 7500 rpm 20,7 cv (gas) e 20,9 cv (etanol) a 8000 rpm
Capacidade de óleo no motor 2,0 litros 1,55 litros
Sistema de lubrificação Cárter úmido, forçada por bomba trocoidal Cárter úmido, forçada por bomba trocoidal
Câmbio 5 velocidades 5 velocidades
Embreagem Multidisco em banho de óleo Multidisco em banho de óleo
Transmissão secundária Corrente (coroa 39 e pinhão 13 dentes) Corrente (coroa 40 e pinhão 13 dentes)
Tipo de chassi Berço semi duplo em tubos de aço Berço semi duplo em tubos de aço
Pneu dianteiro 90/90 – 21R 80/90 – 21M/C 48S
Pneu traseiro 120/80 – 18R 120/80 – 18 M/C 62S
Suspensão dianteira Garfo telescópico c/ 245 mm de curso Garfo telescópico c/ 220 mm de curso
Suspensão traseira Monoamortecida Pro-Link c/ 225 mm de curso Monocross com link c/ 204 mm de curso
Freio dianteiro Disco de 256 mm de diâmetro com ABS Disco de 245 mm de diâmetro com ABS
Freio traseiro Disco de 220 mm de diâmetro com ABS Disco de 203 mm de diâmetro
Comprimento total 2.195 mm 2.150 mm
Largura total 838 mm 815 mm
Altura total 1.215 mm 1.210 mm
Distância entre eixos 1.417 mm 1.385 mm
Altura do assento 860 mm 875 mm
Altura mínima do solo 259 mm 270 mm
Caster 26º 26,5º
Trail 109 mm 103 mm
Peso seco 148 kg 143 kg
Preço praticado (Tabela FIPE) R$ 18.806 R$ 17.830

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.